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Maya's pov

o pôr do sol aqui é especial. eu nunca vi um assim, em lugar algum. carina segue dizendo que o sol é o mesmo em todos os lugares, mas eu juro que é diferente por aqui! talvez por eu estar com a mulher mais incrível de todas, o que infelizmente você aí nunca vai conseguir, pois ela está comigo, e é o meu sobrenome nos documentos dela.
( ok, talvez eu ainda esteja mexida com o caso da socorrista extremamente atraente flertando com a minha carina. e só talvez eu queira etiquetar as roupas dela com meu nome para saberem que ela é casada, mas essa vontade continua no sigilo. e sim, eu faço terapia. )

o pôr do sol faz ela dizer um monte de coisas lindas, e já é a décima vez que choro ao ouvir essa mulher falar, somente nessa viagem. eu não era assim!
ela para em uma sorveteria na beira da praia, e compra os sabores de sorvete que costumava tomar quando criança, com seu irmão. e ela me pede pra dividir a última bola de sorvete, como eles faziam.
e esse pedido foi mais especial do que o pedido de casamento, para falar bem a verdade.
para mim, ver ela toda feliz com uma casquinha enorme na mão, enquanto diz que me ama mais que tudo, é a maior realização da minha vida.

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estamos voltando para o hotel, ela desistiu das trilhas, depois do que rolou pela manhã com a grávida, então colocamos nossos roupões e vamos direto para o spa

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estamos voltando para o hotel, ela desistiu das trilhas, depois do que rolou pela manhã com a grávida, então colocamos nossos roupões e vamos direto para o spa. uau! eu não sabia que precisava de uma boa massagem nos pés até receber uma. carina massageia meus pés sempre que chego da estação, o que é fofo, mas o conceito de massagem dela é bem agressivo! aquelas mãos podem quebrar um dedão facilmente.

enquanto uma simpática moça massageia meus pés divinamente, carina me olha do outro lado da sala acenando com algo na mão e perguntando se ela pode comprar. (?)

- olha amor, podemos levar isso? - ela continua longe então não consigo enxergar no que está querendo gastar mais dinheiro.
- não consigo ver, carina, vem aqui. - ela vem, e ao se aproximar vejo que está com algo grudento em seu rosto, uma espécie de máscara facial, acredito. - que isso amor? parece que passou um frango assado no rosto! - a moça ri, ( aliás me deixou com vergonha porque não sabia que ela estava entendendo o que eu dizia. ) mas carina ignora.
- olha may, essa loção aqui é a cara da sua mãe, ela iria adorar. - ela coloca o pote de perfume na minha mão. - e esse blush pra vic, porque ela disse que estava precisando de um, e...
- amor, pode levar. - a interrompo e ela parece surpresa.
- assim, fácil? sem reclamar e fazer discurso sobre consumismo compulsório?
- concordamos em não fazer conta conjunta, então o dinheiro é todo seu, linda.
- agora me sinto culpada!
- não sente nada, mentirosa.
- ok preciso me controlar, ou ficaremos sem dinheiro pra pagar o aluguel no final do mês.
- vende as suas botas e não precisamos nos preocupar com aluguel por dois anos.
- maya! - te mando um beijinho no ar, pois me recuso a beijar ela com aquele treco gosmento grudado em sua boca.

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