27 - pulando carnaval

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Carina's pov
acordo, e por incrível que pareça, eu acordo primeiro que maya. tomo um banho e desço pra preparar nosso café, encontro com andy na cozinha e ela comunica que iremos ter um almoço digno de domingo, e que eu poderia chamar a amy. concordo em seguida faço um café e torradas pra maya, e subo pra te acordar.

- bom dia! - falo deitando por cima dela e te beijando na testa.

- bom dia amor - ela diz com voz de sono e me abraça.

- vamos descer? te fiz comida - falo animada, ela sorri bobinha e me beija.

- vamos tomar banho primeiro - ela diz ainda me abraçando e distribuindo beijos no meu rosto.

- eu já tomei banho - falo mostrando o meu cabelo que ainda está úmido.

- como assim tomou banho sem mim? - diz dramaticamente, e cruza os braços, me fazendo sair de cima dela. - me sinto traída!

- quanto drama, maya - falo rindo e ela revira os olhos. - vai tomar banho logo fedida! a comida vai esfriar. - digo, te dou um selinho e vou pra cozinha ajudar andy no almoço.

andy e eu conversamos enquanto cozinhamos e maya chega ainda com o drama do banho

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andy e eu conversamos enquanto cozinhamos e maya chega ainda com o drama do banho.

- odeio tomar banho. - ela diz sentando-se no balcão da cozinha e eu te dou um tapinha em sua coxa. - é né, você não foi tomar banho comigo pra vir COZINHAR com essa bocó - ela enfatiza o "cozinhar" e andy ri ironicamente.

- o jogo virou bishop - andy diz e manda uma piscadinha.

estou cortando legumes no balcão e  maya está sentada ao lado, ela está me olhando e quando eu retribuo o olhar ela sorri e me beija rápido.
são por essas coisinhas que a fazem ser TÃO. eu consigo ter a certeza de que ela me ama só de te olhar nos olhos, entende o quão forte é isso?

o almoço está quase pronto, maya e amelia conversam na sala e nós as chamamos pra ajudar a arrumar a mesa, as duas reclamam mas acabam cedendo

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o almoço está quase pronto, maya e amelia conversam na sala e nós as chamamos pra ajudar a arrumar a mesa, as duas reclamam mas acabam cedendo.

- eu pago 50 pilas pra quem fazer a maya e a amelia pararem de reclamar - andy diz nos fazendo rir.

- ei gente deixem eu colocar uma música - falo animada.

- NÃO! - amelia e andy gritam juntas

- EU DEIXO! - maya diz quase pulando.

- a maya só gosta das musicas porque a performance pra ela é diferente! - amelia fala e andy concorda.

- vocês já viram ela dançando E cantando essas músicas sem roupas no meio dessa sala??? espero que não, aliás.

- fica quieta bambina, vem comer. - te digo afastando a cadeira pra que ela sente.

a comida está incrível, e a conversa com as meninas flui muito bem, o papo é leve e o clima também.
desde que cheguei em Seattle, as pessoas nem sempre são tão gentis comigo. o meu sotaque, a minha origem, sempre entram em pauta em assuntos que não me cabem, e eu não gosto disso, não mesmo. as pessoas me imitam, normalmente pessoas que não tenho nenhum tipo de intimidade, pessoas que não dei espaço pra invadirem a minha história.
aqui, com as três, eu me encontro em casa, acolhida. paro um pouco pra refletir nisso e logo volto o meu foco pra conversa.

- amanhã tenho uma cirurgia importantíssima, eu deveria estar no hospital fazendo pesquisas, se eu matar alguém eu coloco a culpa em vocês! - amelia diz.

- amanhã é dia de treino pesado na estação, oh maya por favor pega leve com a gente e eu digo se esperava ou não - andy diz e junta suas mãos como se estivesse realmente implorando.

- pegar leve? é pra rir? - maya fala ironicamente e andy suspira já cansada.

- e aí ca? vai pro hospital ainda hoje ou vai amanhã cedinho? - anelia questiona enquanto garfeia os últimos vestígios de comida em seu prato.

- vou amanhã bem cedo, hoje tenho outras coisinhas pra resolver. - olho pra maya e pisco, ela sorri.

agora, na sala, amelia e andy estão jogadas no chão assistindo algum programa fútil na tv, eu e maya estamos no sofá, ela acaricia minha perna com a ponta dos seus dedos, seus olhos estão fixos na televisão, mas os meus estão fixos nela.

sua mão sobe para a minha coxa, e consigo sentir meu corpo todo arrepiar. ela sabe bem o que está fazendo e nesse momento eu a odeio tanto. seu olhar ainda concentrado na tv me tira do sério, pois a conheço, sei que ela está se esforçando pra não virar o rosto e me beijar, o que eu acho completamente sem sentido, adoraria um beijo agora.

seus dedos sobem mais um pouco e tocan minha virilha, nesse momento, as borboletas no meu estômago parecem estar pulando carnaval.
seguro sua mão impedindo que ela prosseguisse, não por querer, mas ali no meio da sala, com plateia, não parecia uma boa ideia.

- para. - sussuro e ela volta sua atenção à mim.
- parar? - ela larga um sorriso de lado, como se estivesse me testando.
- odeio esse sorriso. - ela aperta a minha coxa com a mão e aumenta o sorriso.
- quer subir? - ela sugere e eu não exito.

- licença, chatas. - falo em tom mais alto para que as duas escutem, e elas nos olham maliciosamente, mas logo voltam a focar na tv.

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