Capitulo - 3

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A festa realmente estava linda, luzes, musica, foi o casamento dos sonhos de qualquer menina, mais não o meu, e nem o de nenhuma outra que estivesse na minha situação, disso eu tenho certeza.

- Ah, quando o Christopher me disse que ia se casar eu não acreditei, e ainda mais em tão pouco tempo, minha querida como você é linda!- me falava mais uma dos tantos que me cumprimentaram essa noite.

- Obrigado - era a minha única resposta, minha garganta tava seca, eu precisava me manter firme, eu não poderia me permitir chorar ali, não ali! Pelo meu pai.

- Eu nem me apresentei ainda, sou a Amélia Miller, a mãe do Christopher, depois da morte da Isabella meu filho tava tão solitário, eu pensei que ele nunca mais fosse ser feliz, mais ai você chegou. - Isabella! Então era esse o nome da mulher de Christopher.

- É um prazer conhecer a Senhora.

- Olá querida, já vi que conheceu minha mãe, ela já deve está lhe enchendo. - disse Christopher interrompendo a nossa conversa, parece que ele sentia quando estava prestes a descobrir algo.

- Vovó! - a Mia vinha correndo

- Minha neta querida, como cresceu.

- A senhora vai ficar quanto tempo vovó?

- A meu amor, infelizmente amanhã á noite vou ter que voltar pra Dubai, mais hoje você vai ficar comigo, ta bem meu amor? Então vá dar tchau as suas amigas que nós já vamos. - ela só riu e saiu correndo. - Vou levar a Mia comigo pra vocês terem a casa só pras vocês na lua de mel, já que vocês não irão viajar.

Droga, mil vezes droga, que lua de mel? Eu tinha me esquecido totalmente dessa parte ou não me permitia pensar nisso, o Christopher não poderia fazer isso comigo, não mesmo. Eu tinha me guardado esse tempo todo. Pra quando eu encontrasse o amor da minha vida. Sim eu sou virgem! O desespero já tomava conta de mim. Ele não tinha o direito de acabar com minha vida como ele estava fazendo.

- Obrigado mamãe!

- Felicidades meu filho, Marianna faça meu filho feliz- eu apenas ri, e ela saiu atrás da Mia.

- Lua de mel?

- Sim querida, não é o que os casados fazem?

- Parabéns ao mais novo casal- disse Cristiny com um sorriso irônico.

- Obrigado Cristiny- ele respondeu no mesmo tom, meu sexto sentido diz que ali tinha coisa.

- Chegou a nossa hora querida, vamos nos despedir dos convidados.

Eu gelei na hora, isso tava parecendo mais um pesadelo que pelo visto eu nunca iria acabar. Fomos nos despedindo dos convidados, até chegarmos no carro o motorista deu a partida e formos direto pra casa, em 20 minutos já tínhamos chegado.

- Obrigado, você pode tirar o dia o resto do dia de folga- como já era madrugada ele falou se referindo ao dia que estava começando- resolvi dá uma folga coletiva, esteja aqui as 20h. boa noite.

- Obrigado Senhor e felicidades.

Eu não acredito nisso, ele deu folga mesmo a todos os funcionários da casa, só seria eu e ele hoje. Entramos em casa, e fui logo em direção ao meu quarto.

- Vai pra onde querida?

- Vou dormi, foi um dia agitado e estou com muita dor de cabeça.

- Mais que desculpa mais esfarrapada Sra. Miller, por acaso a senhora não está esquecendo de mais nada não?

Ele foi se aproximando de mim, eu estava em choque a beira da escada, foi ai que eu percebi o que estava preste a acontecer, e tentei sair correndo, mais foi em vão ele me segurou em seguida e me jogou no tapete da sala ao lado da lareira.

- Ah Marianna, seja uma boa garota.

Ele foi me beijar um beijo forte cheio de desejo da parte dele, por que da minha só sentia nojo, ele invadia minha boca como se aquele fosse o último minuto. Eu não tentava evitar o meu destino, mais não poderia suporta aquilo tudo, as lagrimas desciam sem controle, mais eu não me mexia continuava ali parada naquele chão, igual a uma estátua.

Ele foi rasgando meu vestido, me deixado só de calcinha e sutiã.

- Você é linda minha querida. Linda e minha, entendeu bem? Só minha!

Ele só podia ser louco, ele tirou meu sutiã e começou a sugar meus seios, aquilo tava doendo, eu não sentia nada só dor e nojo, ele ficou um bom tempo fazendo isso, até que tirou minha calcinha me deixando totalmente nua, e morrendo de vergonha, ele tirou toda sua roupa, e voltou a beijar meus seios, enquanto suas mãos estavam na minha vagina. Aquilo realmente era horrível, eu me sentia tão vulnerável, quando do nada ele me penetrou com toda a força e começou a dar bombadas em mim, nessa hora eu não conseguir mais segurar e dei um grito de dor, de raiva, de nojo, um misto de sentimentos. Eu já tentava sair de todo jeito, me debatia, o socava, mais era tudo em vão, ele me segurava com força, eu via que seu pênis estava todo surjo de sangue, eu soluçava. Aquele momento não acabava. Até que uns minutos depois ele gozou e saiu de cima de mim. Na mesma hora me levantei e corri pro quarto, concentre toda a minha energia pra chegar no quarto antes que ele me alcance novamente, entrei tranquei a porta e fui direto pro banheiro.

Eu chorei como nunca tinha chorado, como ele pode meu Deus? liguei chuveiro e com a esponja me esfreguei até minha pele ficar vermelha, eu queria tirar aquele nojo que estava sentindo, queria lavar minha alma, eu m sentia usada, um lixo. Passei quase uma hora ali sentada dentro do chuveiro. Até que me levantei, coloquei uma roupa e me deitei, e mais uma vez abraçada com o travesseiro me permitir chorar. Olhei pro relógio e já eram quase 7h da manhã.

E eu estava em um lugar escuro, e não tinha ninguém ali, e eu comecei a andar, eu já estava desesperada eu precisava saber onde eu estava, até que comecei a reconhecer aquele lugar. Eu vi uma menina linda parecida comigo sendo levada pelo mesmo homem de preto que me trouxe pra cá. Na mesma hora eu gritei e sair correndo atrás dele, mais não conseguia mais o achar ele, até que perceber que estava na frente na minha casa, eu entrei correndo e meu pai estava no chão morto.

- PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI! - eu gritava.

Do lado dele tinha um bilhete assinado pelo Christopher, dizia assim:

"Eu pedir pra você cooperar mais você não quis querida, preferiu o mais difícil. Não se preocupe nunca mais você vai me ver, e nem ver a nossa filha"

- NÃOOOOOOOOOOOOOOO!

Eu acordei suando, calma Marianna só foi um pesadelo, só um pesadelo. Daí eu me lembrei de tudo que aconteceu ontem e percebi que minha vida é que estava sendo um pesadelo. Eu chorava feito louca, o desespero tomava conta de mim, eu não conseguiria mais viver ali. Sair do quarto, e quando cheguei na beira da escada fiz a escolha mais lucida que poderia fazer naquele momento.

Me joguei escada a baixou, sair rodando até que parei só no pé da escada, minha cabeça dói, passo a mão com bastante dificuldade e percebo que sangra, o cheiro do sague já entra nas minhas narinas, minha visão começa a ficar turva, e eu só vejo uma luz muito forte que começa retratar a minha vida toda, minha infância, minha mãe, meu primeiro beijo, meu pai, meus amigos, meus sonhos, tudo que tinha deixado pra trás ali passando na minha frente, até fui perdendo a consciência lentamente.

Quem disse que a morte era difícil? Morrer é fácil, difícil é viver...


O Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora