Cheguei no aeroporto do Brasil, eu não fazia ideia de como iria pra casa, eu estava sem dinheiro nenhum, e minha casa ficava longe do aeroporto. Fiquei ali sentada chorando. Abrir minha bolsa pra pegar a carta do meu pai, e vir que tinha dinheiro ali dentro.
- Christopher
Pelo menos chegaria mais rápido em casa, peguei um taxi e fui em direção a minha casa, cerca de 40min cheguei, paguei e sair do carro.
- Mari? Mari! – era a Jessica, minha melhor amiga e vizinha, desde de pequenas nós somos como unha e carne.
- Jessica- deixei a bolsa no chão e corri pra abraça-la era tudo que eu precisava naquele momento. Chorei como nunca ali abraçada com minha amiga.
Por sorte os pais da Jessica organizaram todo o velório do meu pai, eu apenas coloquei minhas malas na casa da Jessica e formos em direção ao cemitério. Sem dúvidas aquele seria o pior dia da minha vida. Durante todo o tempo eu fiquei do lado do caixão, eu chorava o tempo todo.
- Mari, tá na hora de enterra-lo, vem comigo amiga. – eu não tinha forças pra lutar contra, eu não tinha forças pra mais nada.
Meu pai foi enterrado, pessoas batiam palmas enquanto o caixão descia, eu só consegui chorar, e chorar, até que minha vista foi escurecendo, e não tinha mais forças na minhas pernas, eu tentava me segurar mais não conseguia, cair ali no chão daquele cemitério.
- Mari você está bem, filha? – me perguntava a mãe da Jessica. Tia Marta, eu chamava os pais da Jessica de tios
- Estou sim tia, deve ter sido uma queda de pressão. – eu já estava na casa da Jessica
- Descansa ai filha, você deve está cansada.
E tava mesmo cansada de tudo, mais acabei pegando no sono rapidinho.
- Ô a bela adormecida não vai acordar não? – abrir os olhos com dificuldade, meu Pedro
- Pedrinho, Pedro? – ele se sentou do meu lado e o abrecei.
- Ah, minha Mari – ele passava a mão pelos meus cabelos. – desculpa não ter ido pro enterro do seu pai, é que eu tive uma prova na faculdade.
Ai eu me lembrei do meu sonho de me formar em medicina, da alegria de ter passado no vestibular, e da tristeza de nunca ter chegado a cursar. Mais eu agora tinha as rédeas da minha vida, eu iria recomeçar.
- Marianna, agora nós precisamos conversar. - me dizia a Jessica
- É isso mesmo Mari, como você desaparece assim do nada? E nos só ficamos sabendo de você através das revistas.
- Gente é uma história longa, mais vou contar a vocês.
Contei toda a história a eles, não escondi nada eles eram os meus melhores amigos, e eu devia uma explicação a eles.
- Como é? Esse tal Miller matou seu pai, te obrigou a casar com ele, e ainda ti estuprou? - o Pedro parecia está fora de si, ele socava a parede de raiva. Pedro foi meu primeiro amor, meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, a gente tinha acabado, e ficamos muito amigos, eu tinha um carinho muito especial por ele.
Eu só concordei com a cabeça, a Jessica chorava abraçada comigo, eu me permitir ali a chorar também, chorar pelo que minha vida tinha se tornado.
O tempo foi passando, como sempre o tempo faz tudo se acertar, tudo ir pro seu lugar, como se diz ele é o remédio de todos os males.
Comecei a trabalhar numa lojinha de roupas, o Pedro tinha conseguido esse emprego pra mim, eu estava levando uma vida normal, já ia fazer 1 mês que tinha voltado pro Brasil.
- Está tudo bem Mari? – me perguntava o Pedro, ele e a Jess tinha ido jantar lá em casa.
- Tá sim, só é mais um daqueles enjoos
- Mari, não é querendo te assustar não, mais esses seus enjoos estão ficando estranho.
Realmente a Jessica estava certa, eu estava tendo muitos enjoos desde de que cheguei aqui, até já desmaiei no trabalho.
- Mari você pode estar gravida?
- Não, tá louca? Eu gravida!
Será? Ai meu Deus, isso não podia ser verdade. Eu não poderia ter um laço que me unisse aos Miller, não sei porque mais nessa hora eu me lembrei do pesadelo que tive a meses atrás, que Christopher levava minha filha, e ainda matava meu pai.
- É melhor mudamos de assunto. – o Pedro sugeriu, realmente era melhor mesmo
- Então como anda a faculdade de vocês? – eu tratei logo de disfarça minha insegurança.
Eles começaram a contar como estava a faculdade, e assim o jantar foi passando, super agradável como tudo que eu fazia com eles.
- Gente eu to indo, que preciso acabar um trabalho.
- Tchau Jess
- Tchau amiga
Ela se despediu, e foi. Ficamos só eu e o Pedro conversando
- Eu sentir tanta falta de você Mari- ele dizia enquanto passava a mão no meu rosto
- Pedro- eu tentava adverti ele, mais estava carente
- Deixa eu cuidar de você?
Ele foi chegando perto, e encostou seus lábios no meu, ele me passava paz, segurança, era como se fosse meu porto seguro, era tudo que estava precisando nesse momento. Até que do nada me lembro do Christopher, eu vi ele ali na minha frente, eu vi que em vez de estar beijando o Pedro eu estava beijando o Christopher. Eu empurrei o Pedro.
- O que foi Mari?
- Nada, nada- eu estava nervosa- eu acho que esta tarde e é melhor você ir embora.
- Desculpa Mari, eu não queria ter feito isso. – ele tentava se desculpar.
- Não Pedro, você não tem porque pedir desculpas, o problema sou eu, eu sei é clichê isso, mais eu passei por muita coisa, e não quero me machucar e nem machucar ninguém agora.
- Eu te entendo, não deve ter sido fácil – ele disse me abraçando- é melhor eu ir indo mesmo
Ele se foi, e eu fiquei ali naquela sala, porque o Christopher me infernizava até em pensamentos?
Dormi mal, mais ainda bem que era minha folga e ficaria em casa o dia todo.
- Mari abri essa porta, logo – Jess como sempre escandalosa
- O que foi Jessica? Vai tirar quem da forca? – disse abrindo a porta
Ela foi entrando em disparada, parecia esta nervosa
- A senhorita faltou a faculdade?
- É faltei pra te ajudar!
- Me ajudar? Tá louca Jess
- Toma.
Ela me entregou uma sacola e dentro dele tinha um teste de gravidez.
- O que é isso Jess? Pra que isso?
- Eu sei que você está em dúvida, então é melhor fazer logo.
- Você está com problemas só pode, eu não estou grávida.
- Ok, então faz só pra me provar que eu estou errada
- Ta bom então, se você não acredita em mim, e precisa de uma prova eu faço.
Fui no banheiro e fiz o teste, fiquei lá esperando o resultado. Até que deu POSITIVO!
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O Casamento Forçado
RomanceA História envolvente de Marianna, que foi obrigada a se casar com o multimilionário, Pagar Uma Dívida se seu pai, e mante-lo vivo.