A GreenLeaf #3

O Início de uma Guerra

Bard cavalgou em direção a Thranduil, que o aguardava na entrada de Valle.

- Ele não nos dará nada - Bard disse - Aerin tentou convencê-lo, mas Thorin não aceita.

- Aerin está lá? - Thranduil parecia levemente surpreso - Ela realmente chegou bem longe. Pensei que não passaria da cidade do lago. Bom, isso não importa. É uma pena, mas você tentou.

Bard achou melhor não mencionar que por sua causa Aerin tinha chegado até onde chegou.

- Eu não entendo... Por que ele entraria em guerra?

- É infrutífero dialogar com eles. Anões só entendem uma coisa - Ele disse, desembainhando sua espada, e a examinando. - Atacaremos pela manhã. Estão conosco?

E com isso, o rei elfo virou sua montaria, e voltou para Valle. Bard suspirou, olhou uma última vez para a montanha, e o seguiu.

Durante o resto do dia, os homens se prepararam. Reuniram armaduras, e as melhores armas que puderam encontrar. Todo o povo da cidade do lago se juntou, para se preparar para a guerra.

...

Na montanha, os anões faziam exatamente o mesmo. Eles vestiam armaduras, e carregavam espadas e machados pesados. Nenhum deles no entanto, parecia feliz com isso.

Eu continuei como estava. Se eu precisasse lutar, ficaria mais leve como estava. Mas eu não desejava lutar contra os anões. Muito menos contra Bard, e os elfos. Tinha que ter outra maneira.

Bilbo observava de longe, e parecia igualmente insatisfeito. De repente, ele ouviu a voz de Thorin o chamando.

- Senhor Bolseiro, venha cá.

Bilbo foi até ele, com passos hesitantes. Ao chegar perto do anão, percebeu que ele segurava algo. Parecia uma camisa, mas era feita de algo prateado e brilhante, que pareciam várias correntes entrelaçadas.

- Você vai precisar disso - Thorin disse, a oferecendo para Bilbo. - Pode vestir.

Bilbo tirou seu casaco. Thorin ergueu a peça.

- Essa veste é feita de aço prateado. Mithril, como foi chamado pelos meus ancestrais. Nenhuma arma pode perfurá-la.

Bilbo a pegou hesitante, e vestiu.

- Eu estou ridículo - Ele disse - Eu não sou um guerreiro, sou um Hobbit.

- É um presente - Thorin continuou - Um símbolo da nossa amizade. Verdadeiros amigos são difíceis de achar.

Então ele olhou em volta, e vendo que ninguém prestava atenção neles, puxou Bilbo para um canto.

- Eu estava cego - Ele disse, mais baixo agora - Mas agora comecei a ver. Eu fui traído.

- Traído? - Bilbo disse, com a voz meio trêmula.

- A pedra Arken. - Thorin explicou - Um deles a levou. Um deles é um falso. E ainda há Aerin. Ela anda diferente.

- Thorin, a missão foi cumprida - Bilbo disse - Estamos na montanha, não é o suficiente?

- Existe a possibilidade de eu ter sido traído por meus próprios parentes....

- Olha, você fez uma promessa ao povo da cidade do lago. Será que esse tesouro vale mais do que a sua honra? Eu também estava lá Thorin, eu dei a minha palavra.

- E por isso, eu lhe sou grato. Uma atitude nobre, mas esse tesouro não pertence ao povo da cidade do lago. Esse ouro é nosso, e somente nosso. E pela minha vida, eu não entregarei nem uma única moeda.

...

Legolas e Tauriel passavam pelas montanhas. Estavam próximos a Gundabad, e agora tinham uma visão da fortaleza.

- Gundabad - Tauriel disse. - Legolas, o que existe lá?

- Um velho inimigo - O elfo respondeu - O antigo reino de Angmar. Essa ruína já foi uma fortaleza. Um lugar onde mantinham a armaria, e forjavam suas armas de guerra.

- Ali, uma luz, vi um movimento - Tauriel apontou para uma pequena fenda na rocha, como uma janela.

- Vamos esperar a sombra da noite. Esse é um lugar perverso. Em outra era, nosso povo travou uma guerra nessas terras. Minha mãe morreu lá. Meu pai não fala sobre isso, e a única a quem contei foi Aerin. Não existe túmulo, nem lembranças. Nada.

Os elfos continuaram observando, mas agora em silêncio. Tinham muito em que pensar.