Capítulo 7 - Revelações

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Alessandro

Escuridão... Profunda e densa escuridão, contornava a minha visão, cercando-me como se eu fosse seu mero refém. Minha mente se encontrava em total calmaria, enquanto meu corpo se movia por contra própria, quase de maneira dormente. Senti o vento frio bater contra meu peito desnudo, meus pés tocarem um plano sólido e cascalhos de pedras que geram um desconforto sob meus pés.

Eu estou em um sonho.

Estou novamente naqueles sonhos lúcidos que realmente acreditamos ser reais e papáveis, que de alguma forma esses sonhos significam alguma coisa, mas na verdade, no final, eles não nos leva a nada. Eu sou regado por esses sonhos desde criança, fazendo-me reviver os piores momentos da minha vida. A verdade, é que esses sonhos apenas me mostram o quão quebrado eu sou.

Caminho sem saber aonde estou indo por alguns minutos até me deparar com um casebre em meio a imensa escuridão. Ando em alerta a passos curtos e silenciosos. Tudo ao meu redor parece ser familiar, trazendo-me lembranças de uma vida antiga que não quero relembrar. Móveis de madeira estão jogados pelo chão, cobertos por alguns lençóis velhos e grandes camadas de poeira, sinalizando que ninguém reside a este casebre a um bom tempo.

Olhei para todos os lados no único cômodo do pequeno casebre a procura de alguém, mas o silêncio revelou que eu estava sozinho. Porém... Quando um calafrio rude desce pela minha espinha, que me faz repensar se estou realmente sozinho.

Um ardor caiu sobre meus ombros no mesmo estante que um estalar de chicote cotar o ar. Senti como se estilhaços de vidros estivessem rasgando a minha pele. Meus olhos arderam e lacrimejaram, quando tentei piscar e minhas pálpebras permaneceram imóveis, incapaz de me permitir fechar os olhos diante de tremenda dor.

— Eu deixei você ir embora com aquele velho maldito, na condição de que eu nunca mais veria você...

Viro-me em meu eixo para olhar nos olhos a pessoa que me matou várias vezes por dentro.

— Pai, por favor... — peço, sem saber exatamente o que estou pedindo.

— Não me chame assim, SUA CRIANÇA IMUNDA! — berra, se aproximando com o seu chicote em mãos. — Eu vou te dar a punição que você merecia desde que nasceu. — diz, fazendo mais um estalar de chicote cortar o ar, causando arrepios em cada parte do meu corpo.

Acordo suado e com o coração disparado, como se eu estivesse corrido uma maratona. Odeio ter esses tipos de pesadelos, odeio ter meu pai ainda me assombrando mesmo depois de ter me livrado dele. Pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade e me levanto, sentando na cama tentando controlar minha respiração e começo a sentir minha cabeça girar. Sou um homem de vinte e três anos que se transforma em um garotinho assustado a cada maldito pesadelo que tenho. Não posso deixar aquele verme desgraçado destruir a única sanidade que me restou. No dia que me encontrar com ele novamente ó farei passar pelo próprio inferno.

Selvagem Como Uma Fera  (Últimos Capítulos)Onde histórias criam vida. Descubra agora