Capítulo 22 - Feliz aniversário

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Surpresos? 

voltei amores e tudo que eu peço e muitos comentários 




Tusso, suor cobre minhas têmporas.

Solto um soluço enquanto meus olhos queimam. Meus cabelos caem no rosto e os arrumo para trás das minhas orelhas sentido meu peito doer a cada batida do meu maldito coração.

Tusso novamente sentindo meu estomago se apertar. Mas que porra?

Ainda vejo os traços da minha discussão com Alessandro que está me infernizando até nos meus sonhos, como se eu não tivesse merda o bastante para lidar. Mas ele estava certo, e eu me odeio ainda mais por ter que admitir isso.

Você é capaz de mudar o que você é, torna-se melhor. Mas tudo não passa de uma máscara, uma máscara criada por você para que os outros não consigam enxergar a verdade. Eu vestia essa máscara... A máscara que os demais acreditavam que eu estava bem, que eu estou sabendo lidar com tudo isso da melhor forma.

Mas isso é uma completa ilusão que eu mesma criei para os outros e para mim mesma.

O odor entope minhas narinas e enche minha garganta sentindo um gosto metálico em minha boca que faz meu estomago se revirar. Não me lembro quando eu consegui dormir mas o cansaço do trabalho deve ter me vencido.

Livrando-me das cobertas, saio da cama cambaleando, esfregando o frio dos meus braços enquanto o suor pesa na minha pele. Sinto-me como se estivesse naquele momento novamente... Naquela casa escura, fria e silenciosa. Algo que não sentia há semanas.

Eu me encosto minha testa contra a parede, sentindo meu coração palpitar. Respiro fundo e o cheiro de madeira e das árvores do lado de fora lentamente ofuscam a memória dos meus dias infernais.

Não quero sentir isso de novo.

Eu gostaria de estar nos braços de Alessandro novamente enquanto me consola. Seu abraço...

Acolhedor.

Seguro.

Confortável.

Mas eu o odiei por me fazer mostrar minhas fraquezas, eu me odiei por me deixar levar e desabar em seus braços. Fecho meus olhos com força, as lágrimas escorrem pelos meus lábios ressecados e sacudo minha cabeça.

Andando, abro a porta do meu quarto e vou para o corredor com minha minha visão embaçada enquanto passo pelos credores da casa. O ar frio atinge meus pés descalços e minhas pernas nuas, causando um alivio para meus músculos tensos.

Puxo minha camiseta mais para baixo que em meu corpo parece um vestido de tão grande. Eu deveria vestir um roupão ou um short mas não estou com cabeça para isso. Ando pela passando pela sala escura e entro para cozinha.

Abro a geladeira e pego um garrafa de cerveja, tiro a tampa e levo-o aos lábios e tomo vários goles, engolindo rapidamente varias vezes até chegar na metade da garrafa. Eu olho pela janela acima do balcão da cozinha e encosto-me na borda da bancada e olho pela janela, encarando o campo.

Inclino a minha cabeça para trás bebendo mais do liquido gelado que molha os meus lábios.

Algo como um suspiro soa a minha esquerda, e eu me assusto virando-me de costas para bancada, sentindo meu coração bate forte no peito.

Selvagem Como Uma Fera  (Últimos Capítulos)Onde histórias criam vida. Descubra agora