Hoje eu aprendi uma palavra nova

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Ano novo, fic nova!

Segura ai, antes de partir pra fic tenho uns avisinhos:

— A história se passa no nordeste, em Pernambuco. Porque a mãe é pernambucana e é a referência brasileira que eu tenho. Então provavelmente terão palavras que vocês não conhecem, vou tentar mantê-las fácil de compreender sob contexto, mas caso fique confuso demais, não hesitem em me perguntar e eu explico o que significa. 

— O Pedro pode estar um pouco OC, mas bem, a única coisa que sabemos dele é que ele é um otaku fedido e que não toma café da amanhã. Então ele, assim como vários outros personagens dessa fic, vão ter características tipicas do estado. 

Por consequência, essa história vai ter MUITA palavra de baixo escalão, tanto que precisariam de uns vinte potinhos de palavrões. Pedro iria a falência, uns palavrões feio mesmo. Então se você não se sente confortável com coisas assim, recomendo que pule pra Full House.

Acho que só? Qualquer coisa, aviso no decorrer da história.

Agora sim~ Boa leitura! 

~ ʚĭɞ ~

Hinata estava vendo TV, um programa chamado "Papeiro da Cinderela". Ele não entendia bem o porquê, mas aquele homem vestido de mulher, com um vestido comicamente curto, era estranhamente engraçado. Já havia virado rotina, não perdia um programa sequer. Foi enquanto ria de mais um episódio, que Pedro passou correndo, indo até a janela, gritando para a rua:

— Ei, chupa cu de passarinho! — Hinata olhou para ele, chocado. Ele já conhecia bem os nomes dos animais em português e tinha conhecimento sobres os sinônimos para o famigerado orifício anal. No entanto, jamais pensou que ouviria aquelas duas palavras na mesma frase.

Pedro continuou.

— A tua mãe, aquela arrombada. — Ele riu, inclinando-se no parapeito da janela. — Vai jogar hoje?

Da rua, ele ouviu a resposta.

Mas claro. — Shouyou reconheceu aquela voz. Era um dos amigos de Pedro, o Rafael (cujo qual o ruivo só descobriu o nome dias depois de conhecer o garoto, já que tanto Pedro quanto os outros só o chamavam pelo apelido de Feijão). Hinata achou que tinha alguma coisa a ver com um prato típico daquele país, até entender que era por causa do tom de pele escuro de Rafael.

Ele e Pedro costumavam jogar dominó na calçada todas as noites. Na maioria das vezes Hinata se juntava a eles. Até mesmo se arriscava jogando, porém era mais divertido apenas assistir.

— Tenho que comprar outra caixa de fósforo, mainha pegou ar porque usei a dela ontem — disse Rafael.

— Tu se garantiu achando que não ia usar eles e acabou se fudendo. — Pedro riu. Ao que Hinata lembrava, eles jogavam apostando palitos de fósforos.

— Vou chamar o Igor e o Guilherme também.

— Só chama, cara.

Shouyou fez uma careta. Ele conhecia bem os amigos de Pedro, sentia-se bem no grupo, que o adotou e até mesmo o nomearam como um dos seus. No entanto, ele não ia muito com a cara de Igor.

Era um moleque gente boa, divertido até, mas ele bebia demais. Do tipo que bebia e contagiava a todos que estavam ao redor, fazendo com que todos bebessem também.

Era por causa dele que Hinata precisava cuidar de um Pedro bêbado, que ficava irritado sempre que acordava de ressaca.

— O Renato tá aí? Ele vai com a gente? — Ao ouvir "seu nome" ser citado, Hinata se ajoelhou no sofá, se apoiando nas costas do estofado. Pedro já estava olhando pra ele.

Hinata Shouyou: Made in BrazilOnde histórias criam vida. Descubra agora