(EM CORREÇÃO)
Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preço razoável é praticamente impossível... e Teri Grace sabe bem disso. Depois de morar por anos em um espaço que mal cabia a si mesma, ela fin...
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Sinto-me arrasada. Eu sei que o que temos, tínhamos, sei lá, não era nada sério, que estávamos apenas nos conhecendo, mas então por que dói tanto? Deve ser porque ele me fez acreditar que eu era importante para ele, que o que estávamos criando juntos era especial… Burra! Mil vezes burra! O que eu sou? Uma piada? Por que todos os homens que surgem na minha vida só me tratam mal? Eu sou tão digna de pena assim a ponto de ser usada e depois descartada?
— Teri! Teri! Espera, caramba! — Tyler consegue me alcançar, segurando-me pelo braço.
Viro-me para ele; sua expressão parece apavorada e seus olhos… eu não consigo lê-los. Talvez as lágrimas que eu insisto em prender não me deixem ver com clareza.
— Me solta — exijo com a voz carregada de ódio, mas um pouco chorosa.
— Não. Me escuta.
— Quem você pensa que é para tentar me pedir uma coisa dessas?
— Não é o que você está pensando…
Solto uma risada alta e irônica.
— "Não é o que você está pensando"... Típico! Então a minha mente simplesmente simulou aquela cena — debocho.
— Eu não a beijei — ele parece desesperado para tentar se explicar. — Ela me beijou, mas eu não retribuí. Por favor, acredita em mim.
Puxo o braço com força, e já não aguento mais segurar as lágrimas.
— Você sabia de tudo o que eu passei com o Noah, sabia o quanto eu me sentia quebrada e insegura… Eu confiei em você, Tyler.
— Teri, por favor, me escuta — suplica. — Você tem de acreditar em mim. Eu nunca seria capaz de te machucar desse jeito.
Olho nos olhos dele.
— Você já machucou.
Parece que ele acabou de levar um soco no estômago, mas me recuso a sentir pena dele agora. Aquela cena se repete na minha cabeça como um loop infinito. Eu quero tanto acreditar nele, tanto acreditar que tudo não passa de um mal entendido, mas não consigo agora. A raiva e a decepção é maior do que qualquer coisa.
Eu tentei confiar nele, mesmo sentindo algum ciúme quando aquela mulher apareceu pela primeira vez e agora no almoço. Tyler me disse que não sentia mais nada por Olivia, que queria ficar comigo, e de repente eu o encontro com ela na cozinha, beijando-a… Minha mente parece que vai explodir com tantos pensamentos embaraçados.
— Por favor, vamos conversar com calma — insiste ele.
— Eu não consigo nem olhar para você agora — choro.
— Ei… está tudo bem aqui?
Limpo as minhas lágrimas antes de olhar para dona Alana e forçar um sorriso que se parece mais com uma careta estranha. Eu nunca fui boa em disfarçar os meus sentimentos, e ela parece notar isso quando olha para mim. Seu sorriso murcha, dando lugar a uma expressão preocupada enquanto seus olhos se desviam para um ponto atrás de mim, buscando respostas no rosto do filho.
