Prólogo

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Não, não, não! Absolutamente, não! 

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Não, não, não! Absolutamente, não! 

Adentro o elevador, completamente nervosa. Aperto freneticamente o botão do andar solicitado, desesperada para chegar logo no apartamento. Tenho noção de que estou parecendo uma maluca, inquieta, e esse é o motivo das pessoas me olharem meio torto quando entram e saem da caixa metálica. 

Vamos logo.

Por que está demorando tanto? 

— Com licença — murmuro, tentando passar por entre as pessoas para sair do elevador. Quando finalmente consigo e as portas se fecham atrás de mim, sinto o meu estômago afundar. Avisto a porta do apartamento e aperto as alças da bolsa sobre o meu ombro. 

Respira, Teri. É apenas um terrível engano. 

Sem mais delongas, caminho até lá. Procuro pela cópia da chave que tirei recentemente dentro da bolsa e quando finalmente a encontro, enfio na fechadura e adentro a porta, alcançando o pequeno hall que leva até a sala. 

Rostos se viram ao perceber minha presença. Paro por um momento, engolindo em seco. Olho, antes de tudo, para o meu advogado que tem a expressão mais derrotada que eu já vi. Ele está usando um terno preto que se parece com a do segundo homem, com uma expressão igualmente degostosa, então deduzo que ele também seja advogado. E, por fim, olho para a única pessoa que está sentada, usando calça jeans e camisa azul marinho e um sobretudo cinza que o deixa elegante. Trocamos um olhar. Ele me olha de cima à baixo como se eu fosse algo estranhamente incomum.

Aí está o meu problema. 

— O que está acontecendo aqui? — pronuncio-me. 

— Teri, que bom que chegou — Gavin, meu advogado, anda até mim. 

— O que está acontecendo, Gavin? Por que essas pessoas estão na minha casa? — atropelo as palavras.

— Minha casa, a senhorita quis dizer — o homem que estava sentado se levanta, e só então percebo o quanto ele é alto, e não é só isso. 

Ele é forte, o que é facilmente notável. O cabelo é de um loiro escuro e os olhos têm um tom de cinza que eu nunca vi pessoalmente. É bonito. Muito bonito. Mas seus olhos são raivosos e sua postura é de quem está tentando intimidar. 

Gavin não me dá a chance de responder à altura.

— Teri, este é Tyler — meu advogado nos apresenta. — E aquele ali é Dominic, o advogado dele. 

— Olá, srta. Grace — o tal de Dominic vem me cumprimentar com um aperto de mão. 

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? — exijo depois de retribuir o gesto. 

Os advogados trocam um olhar entre si antes de Gavin tomar a frente da situação. 

— Acho melhor você se sentar, Teri. — Fico apreensiva diante do seu olhar. Ele indica o sofá. — Por favor. 

Hesito por um momento, mas vou até lá. O sr. Irritadinho também se senta, e ambos os advogados se acomodam no outro sofá à nossa frente. Arrisco olhar para o homem ao meu lado, mas o mesmo permanece de cara fechada, entretanto, consigo reparar ele me olhando pelo canto do olho. 

— Bom, Teri — começa Gavin, atraindo minha atenção. — Como já explicamos toda a situação para o sr. Hunter, eu vou ser bem rápido e objetivo. — Faz uma pausa. — Houve um problema com a documentação e o antigo proprietário acabou vendendo o apartamento para você e para o Tyler. 

Fico boquiaberta.

— Mas o que…? O que isso quer dizer? — busco no rosto dele uma explicação mais clara.

— Significa que você vai ter que sair da minha casa — intromete-se o tal de Tyler. 

Olho para ele, irritada.

— Sua casa? Esse apartamento é meu! Eu o comprei! — retruco. 

— Pois acontece que eu também o comprei — revida, igualmente irritado. 

Trocamos um olhar cheio de farpas antes de voltarmos nossa atenção para nossos advogados.

— Isso não é possível! — esbravejo. — Como o proprietário pode ter vendido o mesmo apartamento para duas pessoas diferentes? 

— Bom, ele era um senhor senil de 84 anos — argumenta Dominic. 

Gesticulo, sem saber o que fazer.

— Ele vendeu o apartamento para mim primeiro! — alego, e logo em seguida engulo em seco. — Não é?

— Essa é a questão — Gavin suspira. — Você e o Tyler assinaram uma cópia do mesmo documento na mesma data. 

— De quem é o apartamento, afinal? — questiona a razão dos meus problemas. 

— De ambos — Dominic responde. — Se levarmos o caso à justiça, metade do apartamento é seu e a outra metade da Teri. 

— Mas o que diabos isso significa? — torna a questionar.

— Não há nada que possamos fazer a respeito — lamenta Gavin. — O sr. Levine faleceu e não podemos cobrar satisfações do mesmo. Então só há uma saída.

— Que saída? — questiono. 

— Ou vocês vendem o apartamento e dividem os lucros ou… 

— Ou…? — eu e Tyler insistimos em uníssono. 

— Ou vocês terão de morar juntos — acrescenta. 

Troco um olhar com Tyler antes de, mais uma vez, dizermos ao mesmo tempo: 

— O quê?!

NOTAS DA AUTORA

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NOTAS DA AUTORA

Eita... que baita confusão, hein? 👀

Então... para quem me conhece, olá de novo! E para quem não me conhece... bom, deixa eu me apresentar. Meu nome é Thamires, mas podem me chamar apenas de Milly. Eu sou uma mulher de 19 anos que escreve desde muito cedo (talvez desde os 11 anos, mas não posso afirmar com toda certeza. Péssima memória 😂). Bom, esse é o meu terceiro livro aqui na plataforma e um dia eu ainda quero realizar o sonho de seguir carreira como escritora. Mas... um passo de cada vez, certo?

O prólogo foi curtinho, mas é a peça chave para a história a partir de agora. Espero que gostem dessa comédia romântica tanto quanto eu e eu garanto: reserva muitas surpresas!

Se você chegou até aqui, que tal ajudar essa humilde escritora deixando uma estrelinha e um comentário dando sua opinião?

Volto em breve com mais capítulos. Bjsss 😍💜

Amor à segunda vista • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora