Uma trégua com Teri é a melhor opção. Mas confesso que eu estava gostando de planejar ideias mirabolantes na minha cabeça para irritá-la. Na verdade, quando paro para pensar, percebo que este tem sido o meu passa-tempo. O trabalho tem consumido muito do meu tempo, e os preparativos para o lançamento da nova coleção de Isaac tem sido exaustivo. Ter um emprego de prestígio e uma vida social e pessoal em dia é como tentar andar com os pés e as mãos ao mesmo tempo: impossível. Além disso, minha busca pela mulher ideal continua…
As coisas com Isis não deram certo. Felizmente consegui conversar com ela e explicar o ocorrido da última vez que estivemos juntos. Tive sorte de ela ter acreditado em mim, e terminamos o que começamos àquela noite, no seu apartamento — honrando a promessa que fiz à Teri: nada de mulheres na nossa casa. Aliás, estou começando a me acostumar com o termo. Mas a questão é: eu e Isis não funcionamos juntos. E isso só se reforçou no almoço que tivemos agora a pouco… pensei que pudesse aproveitar alguma coisa da nossa relação além do sexo, mas eu estava enganado.
Como diz uma música da Ariana Grande: thank u, next. A propósito, aprendi o mantra com a Teri colocando música de manhã cedo. Mas não existe mais música; esse foi mais um dos nossos acordos. O único som que escuto pela manhã agora é do despertador. Acho que ela ainda escuta aquelas músicas pop, mas em um volume mais baixo… de qualquer forma, não me interessa.
— Então você vem mesmo para casa em novembro? — pergunta Christian, meu irmão caçula, do outro lado da linha.
— Isso mesmo. No feriado de Ações de Graça. — Aperto o botão do elevador e espero.
— Vai trazer alguma mulher?
Estranho a pergunta.
— Não… por quê?
— A mamãe está cobrando casamento e filhos e essas coisas… Como você é o mais velho, vai pegar o fardo.
Acabo rindo.
— Eu não estou namorando ninguém no momento, então… — as portas do elevador se abrem e algumas pessoas lá dentro abrem espaço para que eu possa me acomodar. — Boa tarde — cumprimento-as antes de voltar para a ligação.
— O quê?
— Não estava falando com você. Continue — digo.
— Certo… Cara, você não namora com ninguém desde a Olivia. Quanto tempo faz isso? Meses? Anos? Décadas?
Rolo os olhos.
— Eu e a Olivia terminamos alguns meses antes de eu me mudar para os Estados Unidos, Chris — informo.
— Por que vocês terminaram mesmo? Eram perfeitos um para o outro — alega.
E éramos mesmo. Olivia era uma mulher doce na medida certa, divertida e completamente cativante.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor à segunda vista • COMPLETO
Roman d'amour(EM CORREÇÃO) Conseguir um bom apartamento em Nova York com uma vista incrível, um ótímo espaço e por um preço razoável é praticamente impossível... e Teri Grace sabe bem disso. Depois de morar por anos em um espaço que mal cabia a si mesma, ela fin...