[AMOSTRA] MALDITO CLICHÊ

3. O BILIONÁRIO E EU

Oi gente, como está iniciando o livro, decidi postar um extra de boas vindas domingo a noite. kkk Venham!

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Tudo bem, eu agi imaturamente, sem pensar. Como eu aceitei ir para o outro lado do mundo com um cara que nem conhecia e que tinha uma leve porcentagem de ser um mafioso?

Nem em romances acontecia tão rápido. As mocinhas sempre faziam um bom doce.

Movida por um lapso de coragem, toquei no número que me ligou a pouco e andei pelo quarto nervosa até a mesma voz calma e grave atender.

— Eva.

— Como eu saberei que não vai me matar... ou abusar... me traficar, sei lá. Preciso ter garantias.

— Faz sentido, você nem me conhece. Fique tranquila, breve mando garantias legais para você se sentir protegida. Mais alguma pergunta?

— Não por enquanto. Vou ligar sempre nesse número se precisar de informações.

— Estarei pronto a te atender, Eva. Tenha um bom dia.

Meus pais jamais poderiam saber disso. Eu os honrava e os respeitava e seria terrível não dar a eles o orgulho que esperavam de mim.

Se bem que eles nem mesmo acreditariam; provavelmente ririam de mim. Vejam se não soa bizarro: "Pai, mãe, eu vou dar, por uma semana, para um bilionário lá nos Estados Unidos e depois ganhar meio milhão por isso.

Eu tomava café com biscoito de polvilho quando a campainha tocou. Fui atender e era um homem de terno.

— Senhorita Eva Soares?

— Isso.

— Você tem horários marcados, queira me acompanhar.

O carro que me esperava era coisa de outro mundo. Preto, vidros escuros, a lataria até brilhava como se tivesse acabado de sair da loja. Ele abriu a porta traseira para eu entrar, em seguida deu a volta e sentou-se ao volante. Eu estava com medo, porém, curiosa para saber o que aconteceria.

A primeira parada foi um spa. Fui recebida como se fosse uma princesa. E minha mente de leitora apontou: um dia de princesa com tudo pago pelo CEO bilionário, frio e calculista. Não tinha como não ser empolgante.

— O senhor Maldonado ligou e escolheu alguns tratamentos para você. — A mulher informou carregada de simpatia e até com uma pontinha de inveja. Ela me olhou de cima a baixo. Ela sabia que eu ia transar com o imperador.

Joguei meus cabelos usando desse único momento da minha vida para provocar inveja.

Tudo bem queridas? O imperador poderia ter mulheres como Anita, Isa ou Paola Oliveira, porém ele escolheu a garçonete aqui.

Me deram um roupão tão macio que eu poderia vesti-lo o dia todo.

Primeiro me colocaram em uma bacia gigante de madeira com água morna e pétalas de rosa, o famoso ofurô. Me senti um legume em banho-maria.

Depois ganhei uma massagem muito relaxante nos ombros e costas tirando toda a carga negativa que Juan jogava em mim. E enquanto isso, tinha uma coisa no meu rosto, segundo ela, uma máscara relaxante que arrancaria cravos. Fizeram minha sobrancelha e ainda me deu um potinho de creme para eu passar no rosto nos próximos três dias.

— Você tem um corpinho lindo. — Uma das mulheres comentou, deixando-me desconfortavelmente tímida. — Não precisa de muita coisa. — Levou-me para outra sala e tive um choque ao ver um pote de cera.