10. ÁLCOOL DEPOIS DO JANTAR

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Boa noite galera!! Chegou mais um capítulo fresquinho. Vamos acompanhar essa viagem

que está deixando Eva pirada. kkk

Espero que gostem!

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Depois do jantar, Diogo colocou na cabeça que tínhamos que beber juntos. Eu argumentei que não era fã de bebidas, porém, acabou me convencendo. Me levou para o imenso jardim da casa onde também ficava a piscina. O lugar a noite tornava-se mais belo devido ás luzes da casa e do jardim. Telma trouxe um carrinho com dezenas de tipos de bebidas, pediu licença e saiu. Começamos por vinho. 

Ele me deu uma taça e se sentou em um banco de ferro com outra taça. Sobre as luzes do jardim Diogo parecia mais letal do que apenas charmoso. Eu via a imagem de um mafioso impiedoso ao fitar seus olhos verdes maliciosos.

— Qual a primeira coisa que vai fazer com o dinheiro, Eva?

— Ah... — sorri sonhadoramente pensando. — Eu acho que comprar um Kindle.

— Biblioteca eletrônica. — Ponderou e bebeu grande gole de vinho.

— Isso. Com ele eu posso levar meus livros na bolsa, para onde eu for. Sempre sonhei em ter um. Mas é caaaro. — Arrastei bastante a letra "a" dando ênfase.

— Quanto?

— De trezentos a mil reais.

— Merda! Muito caro mesmo. Nem eu conseguiria comprar parcelado. — Debochou e rimos juntos. Acho que qualquer coisa menos de mil reais era troco de bala para Diogo.

— Na verdade, eu pretendo ir em uma livraria e sair pegando todo tipo de livro sem importar com o preço. Comprar uns mil reais só de livro.

Diogo riu da minha pouca ambição.

— Essa é uma característica que gosto em você. Admiro mulheres que buscam conhecimento e que não têm medo de arriscar.

— Definitivamente, eu não tenho medo. A prova disso é que estou em outro país com um homem que nunca tinha visto na vida.

— Ah, qual é? Eu sou um nome conhecido. Passou mesmo por sua cabeça que eu poderia te fazer algo?

— Claro que sim. Eu poderia ser traficada, sei lá. O que ricos excêntricos fazem com mulheres? Eu não faço ideia.

Percebi como ele ficava descontraído ao meu lado, e como era belo vê-lo sorrir.

— E eu lá sou rico excêntrico?

— Quem foge de jatinho de uma cidade para outra e abandona as roupas no closet? — Retruquei.

— Tem razão. — Lançou-me um olhar divertido e foi pegar mais bebida. — Vira esse vinho na boca e experimente esse. — Me entregou um copo com um líquido âmbar. Engoli o vinho e segurei o novo copo. Tinha cheiro forte, uísque talvez.

— O que é?

— Beba e tente descobrir. — Incentivou. Bebi e fiz careta; senti ardor seguido de toque amadeirado. Ele riu.

— É um uísque de doze mil reais, Eva. Voltando ao assunto, que bom que decidiu vir comigo, você é o alívio agradável dos meus negócios desgastantes.

— Me desculpe perguntar, mas o que você faz da vida, mesmo?

— Soja ué. — Riu e deu de ombros. — Achei que já soubesse.

Ótimo. Ele não ia mesmo confessar a verdade. Levantei-me e fui até o carrinho escolher outra bebida. Optei por uma que parecia vodca, misturei com suco e joguei algumas pedras de gelo como via o barman fazer no restaurante.

[AMOSTRA] MALDITO CLICHÊOnde histórias criam vida. Descubra agora