11. A DESPEDIDA

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Boa noite amantes do clichê. kkkk

Gentee! Esqueci do capítulo, juro. Aí saí agora a noite, cheguei agora e vi uma mensagem de alguém perguntando. 

Mas, nunca é tarde né? Venham!

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Era o próprio paraíso ter Diogo pelado em cima de mim. Que homem era esse, minha nossa...? Arrastando seus lábios pelo meu queixo, pescoço e enfim seios. A sensação do seu pau acomodado entre minhas pernas, o peso de seu corpo e a dureza dos músculos rígidos. Eu poderia morar na cama com ele. Tivemos uma noite espetacular, que foi o equivalente a percorrer uma maratona. Porém nosso tempo se esgotou.

Nos nossos últimos dias em Orlando, ele fez questão de me mostrar alguns pontos da cidade, diferente de sua recusa em me mostrar Miami. Decidiu que ele mesmo ia dirigir o carro, porém, nos seguindo, seguranças vinham atrás em outro automóvel.

Quando mais uma noite chegou, eu desejava relaxar e esperava atentamente que ele me puxasse para seus braços e me levasse para a cama cedo. Transar muito e dormir bastante. Não tinha coisa melhor. Todavia, Diogo segurou minha mão, logo depois do jantar e levou-me para uma sala reservada onde tinha poltronas, uma vista bonita para o jardim e um piano, para minha surpresa.

Eu já imaginava o que ele pretendia. Serviu vinho em uma taça, me entregou e mostrou o piano de forma convidativa.

— Toca um pouco para mim, Eva.

— Oh! — Sussurrei olhando dele para o piano. Talvez ele estivesse achando que eu era pianista profissional, mas eu sabia o básico, muitas músicas aprendi a tocar ouvindo-as e bastante treino. Tomei um gole do vinho. Já era minha terceira taça, eu não queria ficar bêbada de novo, mas ele insistia em empurrar vinho para mim.

Ok. Descansei a taça sobre o piano, sentei-me e Diogo acomodou-se em uma poltrona. Acendeu um charuto e esperou. Eu morrendo de medo de passar vergonha diante de um homem que já devia ter visto concertos esplendorosos ao redor do mundo.

Testei as teclas, e como esperava, estava afinadíssimo.

— Tem uma que eu ensaiei bastante — Expliquei para Diogo — Meu pai gosta dela e eu fiz uma surpresa tocando no Dia dos Pais do ano passado. Está fresca em minha mente.

— Me mostre. — Disse ele.

A música em questão era "Tocando em frente" de Almir Sater.

Respirei profundamente e comecei, meus dedos deslizando viciados nas teclas do piano tirando uma melodia calma e fascinante. De olhos fechados, eu deixei minha mente levar-me a nossa cidadezinha do interior, aonde eu fui muito feliz e sair em busca de caminhos melhores, mas com a promessa de voltar lá aonde estavam as minhas raízes.

No fim, eu estava cantando baixinho junto com a melodia:

"Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais..."

Sai do transe e Diogo estava ao meu lado, boquiaberto. Parei de tocar, sorrindo sem graça, esperando a opinião dele.

Diogo soltou um sorriso modesto sem perder a expressão de perplexidade. Tocou na minha bochecha com o nó dos dedos, em um carrinho como se tocasse algo inacreditável.

— Eu fiz a escolha certa, Eva.

Não entendi o que quis dizer e apenas anui imaginando que ele estivesse falando sobre me convidar para passar essa semana aqui. Tomei um gole do vinho, Diogo se sentou ao meu lado no banquinho do piano.

[AMOSTRA] MALDITO CLICHÊOnde histórias criam vida. Descubra agora