CÉU | Alguns meses após as frustações causada pela batalha contra Thanos, Peter está novamente de volta a sua rotina normal com um único objetivo: concluir o ensino médio. É claro que as coisas saem fora do eixo em questão de segundos, fazendo assim...
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{ Eletricidade }
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TALVEZ NAQUELE EXATO momento Peter fosse jovem demais para entender de fato o que estava acontecendo, bobo, ingênuo para conseguir assimilar a maneira que toda sua vida estava mudando em passos acelerados. A eletricidade eminente ainda dançava sobre suas veias, deixando seu coração acelerado feito um louco. Demorou em média dois minutos, para a aquela pequena garota que cabia perfeitamente em seus braços — abrir os olhos e se dar conta de que não havia morrido na queda. Os olhos cor de avelã encararam a máscara do garoto com uma total precisão árdua, como se analisasse o salvador de sua morte. Mas, Peter não conseguia assimilar o que de fato estava acontecendo pois não havia conseguido prever aquilo — aqueles olhos lhe mantiveram preso por mais alguns segundos, até finalmente alguma coisa quebrar aquilo.
A garota saltou de seus braços, mantendo as sobrancelhas franzidas, analisando o super herói de cima a baixo — como se procurasse alguma coisa a que dizer. Da mesma maneira que os braços de Peter estavam, eles ficaram, esticados como se ainda estivesse a segurando. Seu corpo não trabalhava, mas sua mente sim. Ela ter menos de um metro e sessenta, os cabelos amarelos claros iam até a altura do ombro. Tinha sobrancelhas grossas, que pareciam formar um vinco estranho no meio delas, como se interrogasse Peter. A roupa estava suja de uma maneira surreal.
— Valeu.
Ela soltou um sorriso forçado, deu as costas e saiu correndo na direção contrária a qual Peter havia vindo.
— Ahm, — pareceu voltar a si, levantou a mão em um tchauzinho — de nada.
O caminho de volta para casa foi dolorosamente lento, já que seu pé ainda ardia e o estoque de teias havia se esgotado por completo. Pensou em pegar um táxi ou coisa parecida, mas rapidamente se corrigiu e relembro que não havia dinheiro nenhum ali contigo. Ou seja, o caminho árduo e dolorido. Preferiu não passar no beco e pegar sua mochila, pois iria dificultar mais as coisas, resolveu pegar na manhã seguinte. Então, após quase vinte minutos andando, escalou seu prédio e entrou pela janela que estava sempre aberta.
— Tá atrasado. — a voz de Ned soou da posição da cama, Peter tirou a máscara do rosto enquanto escalava o teto e fechava a porta com sutileza.
— Desculpa, surgiu um imprevisto. — já soltava o traje de seu corpo, ficando apenas de cueca procurando uma roupa qualquer em cima da cômoda.
— Aquele acidente de trânsito...
— Roubo de carro, Ned. — vestiu a camiseta.
— Roubo de carro, — revirou os olhos — o que foi aquilo? Tem vídeo em todo lugar da internet.
Peter suspirou frustrado, terminando de ajeitar a calça no corpo. Deu uma paradinha no espelho, ajeitou o cabelo e seus olhos foram postos de relance no seu próprio braço — onde os pelos ainda estavam arrepiados.
