06 | THE BEGINNING

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{ O início }

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{ O início }

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APESAR DE SEUS lábios terem estado sobre os lábios de Parker a alguns segundos atrás, Sky não se importou com isso. Pois, coisas mais importantes estavam em jogo — como conseguir descobrir o que de fato estava acontecendo a sua volta. O parque parecia continuar se enchendo a cada vez mais, tinha muitas crianças correndo, pais entediados, professores e etc. Era tanta coisa que os olhos de Sky e de Peter não conseguiam detectar tudo com certa proeza, além de claro, tentar encontrar a tal bomba que Sky supostamente achava que estaria ali.

Os dois saltaram de cima dos degraus da fila para o brinquedo (a qual tinham subido para conseguirem enxergar melhor), e começaram a seguir o vulto do capuz que um dos sinistros deixava. O cara estava a metros a frente de ambos, então Sky e Peter tentava manter os passos apressados para conseguir os alcançar. Tinha um brinquedo redondo, que nenhum dos dois se lembrava do nome — mas era aquele que você se sentava em um carrinho tipo montanha russa, e ele passava pelo túnel em circulo e que depois voltava de ré. Quando eles notaram a forma perfeitamente redonda que esse brinquedo tinha e a maneira que uma bomba caberia perfeitamente ali dentro, foi como se o plim de uma lâmpada mágica acendesse na cabeça de ambos. 

Como Sky andava na frente de Peter — como se seus pés lhe levassem no automático —, ela fora a primeira que se deu conta do que os desconhecidos poderiam ou não estar armando ali. Viu dois dos caras encapuzados entrando pelo brinquedo que agora estava com uma placa de em manutenção. Sky acelerou mais um pouco os passos, porém quando estava quase perto por completo do seu objetivo, ela se abaixou atrás de um carrinho de sorvete — puxando Peter pelo pulso para que ele se abaixasse também.

— É ali, tenho certeza.

Até esse devido momento o clarão ainda rondava a cabeça de Peter, afinal nunca havia sido beijado de surpresa antes — nunca. Como ele não respondeu nada, Sky virou o rosto em sua direção, mantendo as sobrancelhas grossas franzidas para ele. O olhar achocolatado de Peter era confuso, como se não soubesse o que fazer, as sardas em seu rosto pareciam dançar sobre a luz do sol, os fios de cabelos castanhos caiam sobre sua testa, as sobrancelhas bagunçadas davam um ar despojado — e sem contar na respiração acelerada que Peter emitia pelas narinas.

— Tá legal? — analisou a expressão no rosto do garoto, preocupada que pudesse causar um infarto nele.

Peter sentiu os cantos da boca secarem instantaneamente, desviou o olhar de Sky — e olhou por cima de seus ombros, procurando um espaço para se "trocar". Quando a garota se levantou para avançar sobre o brinquedo, notou que o seu lado estava vazio e que o garoto que estava ali antes havia sumido.

— Ah, sinceramente, — revirou os olhos — covarde.

Os passos que ela dera até chegar no brinquedo foram lentos e pesados, cada pequena ação fora calculada milhões de vezes antes em seu consciente. Sky passou uma perna por baixo da alavanca, depois passou a outra, e curvou o corpo para passar por completo. Um pouco da escuridão fora acertando sua visão, lhe puxando para a escuridão que havia lá ao fundo. Bom, Sky estava começando a pensar que talvez tivesse sido muito impulsiva — bastante, para ser verdade — e que não havia nada no mundo que pudesse lhe fazer mudar de ideia. Então, ela avançou os passos, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Era quase impossível conseguir controlar a maneira que sua respiração saia descontrolada, sentia como se fosse um suicídio a si mesma. Por quê continuava avançando? Por quê simplesmente não dava as costas e ia embora? Por quê Sky continuava colocando sua vida em risco de graça? Por respostas? Era isso que tentava convencer a si mesma.

SKY, peter parker (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora