CÉU | Alguns meses após as frustações causada pela batalha contra Thanos, Peter está novamente de volta a sua rotina normal com um único objetivo: concluir o ensino médio. É claro que as coisas saem fora do eixo em questão de segundos, fazendo assim...
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{ A viagem}
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ESTAR NA PRESENÇA de Peter Parker, foi uma coisa que Sky Thomas nunca imaginou em toda sua vida. Apesar de ter infernizado a vida dele na semana passada para que ele a ajudasse com o gás venenoso e os caras sinistros, ela nunca de fato chegou a pensar nele de alguma forma diferente. Peter sempre fora o menino estranho fodidamente inteligente da sua sala de aula, o menino que nunca era holofote de nada. Sky se lembra perfeitamente de que em seu primeiro dia de aula, fora o mesmo dia em que conheceu ele pela primeira vez — assim, de longe — mas, isso conta, não é? Talvez por ter se acostumado com a presença dele, fez com que uma parte de Sky quisesse a presença dele por muito mais tempo do que o combinado. Os pesadelos, medos e conflitos, tudo isso sumia quando estava na presença do garoto. E talvez essa seja a razão por desejar estar na presença dele mais vezes... não que ela fique pensando sobre isso. Mas, tem algo em Peter que trás uma sensação de lar.
Naquele momento quando eles estavam ouvindo Someone To You — dentro do carro, aproveitando a juventude. Essa era a sensação de lar, de estar viva, de se sentir potente e significante. Sky não pensou em sua vó internada no hospital, não pensou nas matérias acumuladas, não pensou nos caras desconhecidos, elas simplesmente não pensou em nada. Só em como a voz dela e de Peter combinavam perfeitamente com a melodia que tocava, essa era a sensação de conforto. E foi a primeira vez que sentiu conforto daquela maneira, desde que sua mãe morrera.
Então, quando a música acabou o que se esperava era que aquele sentimento de lar também se esgotasse — mas, não foi isso que aconteceu. Quando a música acabou, Peter olhou para ela e gargalhou mais alto, transformando o sentimento em algo muito mais profundo a qual nunca seria capaz de desvendar. Peter estacionou o carro descendo um pouco a rampa que dava acesso ao pequeno lago afastado ali da cidade, e desligou o motor. Sky desceu com um olhar tranquilo no rosto, observando as coisas a sua volta. Tinha um lago, mas não muito extenso, continha algumas pedras grandes no meio e ao redor dele. Bem, ao lado do outro lado da rua tinha uma loja de conveniência. Ele inclinou com a cabeça, dizendo que ia comprar o adaptador.
Sky o ignorou, andando em passos lentos até estar perto o bastante do lago. Se sentou, ainda com a mochila nas costas — observando a maneira que a água tinha tons mais escuros em algumas partes específicas. Nem percebeu que Peter já estava de volta, só quando ele se sentou ao seu lado que Sky se deu conta.
— Aqui. — ofereceu uma latinha de coca cola.
— Veio até aqui só pra comprar o adaptador? — ela ergueu as sobrancelhas em desafio, rindo em seguida.
— Uh, — Peter desviou o olhar para a água — não. Você tem que entregar todas as tarefas amanhã e ainda fazer um teste, estamos aqui para fazer isso.
A luz do sol batia contra o rosto de Peter, realçando assim as sardas, os olhos cor de chocolate, os cabelos castanhos, e as sobrancelhas bagunçadas. Sky ficou quieta nesse instante, pois fora a primeira vez em que notara a maneira que toda aquela junção de coisas o tornava bonito. Ela mordeu a boca, e ergueu as sobrancelhas, arregalando os olhos sem querer.
