Capítulo 4

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Fred

Eu não queria magoar Hermione, mas eu precisava dar alguma coisa às gemialidades. Isso parecia egoísta demais e eu estava totalmente ciente disso. No final, ficar com ela não era ruim. Havia se passado uma semana e eu passava todos os períodos livres com ela.

Ela me contou como ajudou Harry nas várias missões ao longo dos anos. Me contou como era o mundo trouxa e o que os seus pais faziam. Ela estava completamente apaixonada, apesar do meu fingimento na maioria das vezes, era como se eu estivesse mentindo para ela e para mim ao mesmo tempo e no fundo tudo isso estava me matando. No final, Hermione e eu sempre acabávamos nos beijando.

O beijo de Hermione era suave, nada parecido com o de Angelina. Parecia uma corrente de amor e eletricidade que me percorria. Sempre terminávamos querendo mais, no entanto não queria ultrapassar os limites, eu sabia que ela ainda era virgem.

Jurei a mim mesmo não me apegar demais a ela, não daria certo. Afinal, quando ela descobrir que todo o amor que sente por mim é parte do efeito de uma poção, ela vai me odiar; sem falar que ela gosta do Rony a anos.

Estava indo com George em direção a aula de Feitiços, quando Lino apareceu.

- Eai pombinho. Olá George. - Lino disse, se juntando a nós.-

- Olá, Lino. - Dissemos juntos.

- Então, novidades!? - Obviamente Lino queria saber a respeito da poção do amor.

- Nenhuma Lino. - Dissemos novamente.

- Ah. - Lino fez um beiço. - Mas eu tenho novidades! Está circulando...ou melhor, começando a circular que Fred e Hermione estão namorando, alguém viu vocês juntos.

Parei de andar na hora. Ótimo, agora toda Hogwarts sabe, imagina quando chegar aos ouvidos de Hermione.

- Por Merlin Fred, você me prometeu que iria acabar com essa brincadeira. - George murmurou.

- O quê!? Não contou a George que você e eu fizemos um trato para que a poção durasse um mês? - Disse Lino, parecendo surpreso.

- É que... - Tentei falar. Eu estava nervoso, na verdade eu estava encurralado! -

- É que nada! Hermione vai te matar seu tapado. - George afirmou. Me dando um tapa na cabeça.

- Ai. - Lino fez uma careta.

- Lino não fizemos trato nenhum, não use suas ideias contra mim. - Bufei.

- Oi meninos.- Hermione apareceu do nosso lado. Estava com os cabelos soltos e brilhantes, estavam mais curtos pois ela havia cortado o cabelo há dois dias. Seu habitual uniforme da Grifinória, passado e arrumado. Carregava uma pilha pequena de livros.

- Hermione! - Lino disse. Abrindo os braços. - Minhas felicidades! E que corte de cabelo bonito.

Hermione pareceu confusa com o gesto de Lino, já eu queria lhe dar um soco. Comecei a ficar irritado, Merlin eu precisava me acalmar. George entrou na brincadeira, e eu sabia disso, porque surgiu um enorme sorriso em seu rosto.

- Não pensei que teria uma cunhada. - George falou. - Deixe eu te ajudar com os livros.

- Não precisa.- Falei, totalmente surpreso com a minha atitude. - Eu irei ajudá-la.- Hermione evidentemente não estava entendendo nada.

- Vou te levar até a sua sala. - Pegue os livros de suas mãos. Por um momento nossas mãos se tocaram e eu fiquei desnorteado.

- Claro.- Ela respondeu sorrindo.

Andamos por alguns corredores, os dois lado a lado quietos. Algumas pessoas nos olhavam, em sua maioria garotas. Estávamos quase chegando à sala de aula de Hermione. Eu a observava de vez em quando, estava andando distraída, talvez pensando sobre o que havia acabado de acontecer.

O silêncio inquietante entre nós me fez pensar um pouco. Não havia nada que eu quisesse mais do que acabar essa história de feitiço. Apesar do meu esforço com George para inventar novos produtos para a loja, minha prioridade nos últimos dias passou a ser Hermione.

- Fred. - Ela me chamou, me tirando dos meus pensamentos.- Porque Lino e George falaram aquelas coisas? - Tentei parecer menos aborrecido, mas não deu muito certo. Mais tarde eu mataria aqueles dois.

Parei na frente de Hermione, olhando em seus olhos. Seus olhar não parava, o que significava que ela estava nervosa. Tentei me concentrar ao máximo para formular pelo menos uma justificação para o que estava havendo.

- Hermione. A droga. Ok. Alguém nos viu nos períodos vagos e agora estão dizendo que estamos namorando... - Fiquei sem jeito ao explicar. Faíscas saíram dos olhos de Hermione, seria raiva ou esperança?

- Bem... - Ela começou sem jeito, virando o olhar. - Eu meio que...gosto de você. Só não entendi o alvoroço de meio mundo com isso.

Eu sabia que era a poção falando, mas o que eu poderia fazer? Acabar com aquilo tudo ou continuar?

- Hermione, eu... - Me esforcei ao máximo para falar algo que não fosse machucá-la. Seus olhos agora estavam voltados aos meus novamente, aqueles olhos cheios de esperança. - Eu...também gosto de você.

A merda já estava feita e agora? Era como tentar não pisar em ovos de dragão.

Minha respiração estava pesada e meu coração acelerado. Podia sentir o nervosismo subindo pelo meu corpo. Olhei para Hermione que estava com um semblante preocupado.

- Então, podemos ficar juntos? - Hermione perguntou. Suas bochechas estavam vermelhas.

Suspirei. Querendo amaldiçoar-me pelo o que eu estava prestes a dizer.

- Sim. - Respondi. Hermione pulou, e me abraçou. Quase deixei os livros caírem, mas ela segurou. Fiquei temeroso sobre essa situação, simplesmente dei uma resposta que no fundo sabia não ser a correta.

- Cuidado com os meus bebês. - Bufou.

- Sim, senhorita. Acho que a senhorita tem aula agora, certo?

- Sim, estou indo.- Hermione pegou os livros das minhas mãos.- Tchau Fred, vejo você depois. - Dito isto, Hermione me deu um beijo na bochecha e saiu. Olhei em volta, algumas alunas da Sonserina me olhavam com curiosidade.

Eu estava completamente fudido.

O Poder da Poção - FremioneOnde histórias criam vida. Descubra agora