capítulo 18

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PAULLO

Chego a casa já passava da 10 da noite e dou de caras com o meu irmão.
- O que fazes aqui?- perguntei nervoso.
-Olha, vim ver a Diana, ela não sai da casa para esconder os teus erros merece pelo menos uma visita decente.
Começo a tirar o sobretudo e o casaco do fato e deixo tudo em cima da mesa de entrada que uma empregada vai pegar e guardar, e olho para ele já imaginar o que ele veio fazer.
-Tens a certeza que vieste para isso ou foi para contares a Diana a verdade!- sussurrei olhando por cima do seu ombro para ver se a via.
-Se tu achas que eu te iria trair dessa forma estás bem enganado! Apesar de tudo, es meu irmão!- disse alterado.
- É bom que sintas o que tas a dizer! A Máfia, eu não tolero traidores. Têm isso em mente! E agora, o que...
-Ah ai estas tu!-apareceu a Diana vinda da cozinha.- Oh, Paullo!! Já chegaste.
-Sim, cheguei a minha casa, qual é o espanto??- pergunto me aproximando dela e depositando um beijo no topo da sua cabeça.
-Sim, desculpa! Não estava a tua espera, custumas chegar bastante tarde e quase nunca te vejo de noite.
Dou-lhe outro beijo nos lábios para ela parar de dizer tontarias e ela sorri para mim, o sorriso mais bonito, perfeito e branco deste mundo.
-Bem, eu posso afirmar que é um pouco estranho um homem solteiro estar na companhia de uma mulher casada sozinho. Por isso, alguém quer me dizer o que se passa??
-Isso são ciúmes maninho??- trocou
-Ele veio a umas horas, fazer-me companhia e jantamos, vimos um filme e queres saber de uma coisa que descobri hoje, é meu interessante, Paullozinho? - acenei com a cabeça para ela continuar a falar.
-Alguém aqui tinha medo de passar a noite sozinho em dias de tempestades fortes.
- Não acredito que lhe contaste!!- gritei com o burro do meu irmão.
- Qual é o problema, Paullo?? Era fofo como te refugiavas no quarto entre os pais.
-O pai não gostava...
-E mesmo assim tu ias!- murmurou a Diana, apertei-a nos meus braços.
-Bem, eu acho que vocês já cuscuvilharam o suficiente por hoje sobre a minha vida, por isso, sai da minha casa antes que eu pegue na vassoura da cozinha e te expulse.- falei já o empurrando e agarrando o seu casaco e o expulsando.
-Uauuuu!! Es um excelente anfitrião, prefiro a tua mulher como irmã! Além de ser bonita é simpática...- não o deixei terminar e fechei a porta na sua cara e ouvi os seus resmungos do lado de fora. Virei-me para a Diana e disse:
- Quero apenas um beijo gostoso.
Mas um beijo podia ser a minha ruína. As pestanas de Diana bateram até se fecharem enquanto os meus lábios provocavam os dela com carícias persuasivas. Gentis, insistentes, fazendo o meu corpo traiçoeiro incendiar-se, como sempre. Puxando-a ainda mais contra o corpo, ela aprofundou o beijo. Prendia-lhe o queixo, mantendo-a presa àquela exploração suave. Um som fraco escapou da garganta de Diana. Os dedos fecharam-se sobre o cabelo espesso na base da minha nuca. Quando interrompi o beijo, tinha um brilho de satisfação nos olhos.
-Anda! -disse entrelaçando os dedos nos meus e puxando-me escada a cima.- Tenho uma surpresa para ti!
Ao chegarmos no quarto, vejo a Diana a descalçar-se enquanto abria uma garrafa de espumante e caminhei pelo quarto com vista magnífica para o parque infantil que mandei construir.
-A que devo a honra destes preparos todos??
-Queria ser a primeira a ter contar, papa que vais ter um menino!- disse entre sorrisos e pulinhos, atirando-se aos meus braços, deixei sair um sorriso fraco mas logo me recompôs. Dei-lhe um beijo na testa e murmurei:
-Acho que isso merece uma celebração!- murmurei ao encher duas taças do vinho borbulhante. Inclinando a dela no típico brinde europeu que preferia, Diana  bebericou um gole fitando-me nos olhos. Analisou-a em silêncio por um instante. Diana desviou o olhar.
Ela aproximou-se, ergueu-se em bicos de pés e, sustendo o olhar, emoldurou mandíbula quadrada nas suas mãos.
Os seus lábios firmes apossaram-se dos dela com a mesma persuasão gentil. Entregou-se ao beijo, permitindo-se sentir o sabor daquela boca sensual. O gosto familiar e inebriante da Diana, acentuado pelo espumante, era letal para os seus sentidos. Ela envolveu a cintura reta com os braços. A minha mão  ergueu-se para segurar-lhe a nuca, enquanto aprofundava o beijo. Os lábios experientes abandonaram os dela para explorar a curva de seu pescoço com beijos tão suaves como o roçar das asas de uma borboleta. Ela atirou a cabeça para trás e gemeu quando ele encontrou o ponto  ultrassensível entre o seu pescoço e ombro. Os dedos ágeis desceram o o ponto ultrassensível entre o seu pescoço e ombro.
Comecei a puxar o fecho do vestido e senti as palmas quentes e pequenas nas costas. Puxei as suas ancas contra as minhas, ela pôde sentir a potência da ereção.
– Paullo… -afastei-me o suficiente para arrancar a gravata.
– Tira o vestido. -Diana encarou-o.
– Isso é uma ordem?
– O que achas?
Mas ela não podia negar que a ordem tinha um efeito excitante. O poder e a sensualidade  eram uma combinação letal.
Decidinda obedecer, ela deslizou as alças do vestido pelos ombros e deixou-o deslizar para o chão. Comecei a desabotoar a camisa de maneira metódica, sem desviar os olhos dela. Quando saltou para fora do vestido, puxei-a para o lado.
Ela abria o fecho das calças feitas à medida fez o seu coração dar uma cambalhota no peito. Engolindo em seco a expectativa, inclinou-se e puxou-lhe as calças pelas coxas musculadas até ao chão. A posição em que se encontrava, ajoelhada à frente dele, era inegavelmente provocante. Como se tivesse recebido ordens para o satisfazer, aproximava-se da loucura quando ela lhe fazia sexo oral. Primeiro, provocou-o com a língua, escorregando-a sobre as veias exaltadas do pénis, explorando cada uma até ele soltar um palavrão baixo. Só depois disso é que o engoliu fundo, chupando e repetindo até eu perder a paciência.
– Basta.
Fechei os dedos em torno da cintura fina e levantei-a. Com imensa satisfação, envolver-lhe os joelhos com um braço, aninhá-la no seu colo e levá-la para o quarto. Foi pousada sobre o lençol de seda. tirou-lhe as cuecas e deitou-se ao lado dela. Suportando o peso do corpo num cotovelo, traçou com a ponta do dedo o contorno do lábio inferior. A boca sensual capturou o dele com um beijo de tirar o fôlego.
Posicionei-me entre as coxas dela e o meu amigo ensitando a sua vagina já molhada, penetrei-a com um movimento lento e traçei um trilho de beijos húmidos no seu pescoço. recuei e voltei a penetrá-la repetidas vezes. A sensação sedosa daquela fricção ficaria tatuada para sempre na sua mente.
Quando um grito de êxtase pontuou o orgasmo da Diana, ele entregou-se ao prazer com espasmos que sacudiram os corpos de ambos. Ele nunca experimentara algo tão íntimo antes. Diana colapsou sobre o peito largo, recuperando o fôlego enquanto ele lhe acariciava o cabelo. Passaram-se longos momentos, suspensos no tempo.
Meu telemóvel começou a tocar, mas não atendi, acabou por desligar, mas o telefone fixo começou a tocar, lá voltei-me para a mesinha de cabeceira e atendi.
-Sim.
-O pardal foi atacada, está morto.- murmurou uma voz que acabei por reconhecer que era a do meu irmão.
- O QUE?- gritei fazendo a Diana se levantar assustada.
-O que se passa?
Desliguei, vesti umas calcas de moletom, uma camisa branca e uma sapatilhas de correr e sai depressa do quarto sem ouvir os gritos da Diana.

A Herdeira de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora