Capítulo 2

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Ele dirigiu por volta de 20 minutos até parar à frente de uma casa "meia assombrada" grande, pintada de branco, mas já estava a descascar, o portão era alto que era preciso 50 homens para o escalarem com gárgulas em cada lado para lembrar o perigoso de quem vive lá.

-Vais ficar a olhar ou vais sair?- perguntou ao meio ouvido num sussurro. Olhei para ele e comecei a me ajeitar para sair.

Ao entrar na casa havia uma escada de tons claros que levava ao andar de cima com uma varanda enorme que ligava os dois lados da casa, um cadelambro enorme no centro.

Ao entrar na casa havia uma escada de tons claros que levava ao andar de cima com uma varanda enorme que ligava os dois lados da casa, um cadelambro enorme no centro

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-Anda, vamos ao escritório tenho lá o contrato!- agarrou-me a mão e entrelaçou os seus dedos nos meus e puxou-me em direção a uma sala em baixo das escadas. Ao entrar sentou-me na cadeira defronte a mesa e colocou umas papéis a minha frente, inclinei-me e agarrei-os, comecei a ler e cada vez mais aquelas cláusulas eram ridículas. 

-Nem penses nisso! Nem pensar que eu assino isto... podes esperar sentado.

-Qual é a parte que não gostas? A de partilhar o meu quarto e a minha cama- rodou a minha cadeira fazendo com que ficássemos com a cara a poucos centímetros de distância.- Ou tens medo de gostar e não querer deixar mais? 

-És ridículo!!- debati de forma instantânea. 

-Então qual é o problema? Foi o que o teu pai acordou comigo, não te posso magoar, tocar sem a tua permissão ou tentar algo que tu não gostes... Vês?? Só vantagens.

-Vantagens o tanas!- levantei repentinamente batendo com a minha teste na dele.

-Eiiii, tás bem? Pisaste-te? Hey, olha para mim, ta a doer? Diz algo, Diana! Tas bem?

-Sim- disse num tom de voz baixinho.

-Deixa ver.- Agarrou-me as bochechas e inclinou-me a cabeça para cima- Penso que não vai inchar ou algo assim, não foi assim tão forte.- acrescentou e deu um beijo de leve na minha testa e ficou com a boca lá por alguns minutos.

Olhei nos olhos dele e não vi o típico homem da Máfia, vi um homem carinhoso e querido.

-Vamos para a cama, amanhã temos de acordar cedo!

-Bem, eu... eu vou para casa.

-Não, tu dormes cá esta noite, falei com o teu pai e ele deixou. Não te preocupes, eu não te faço mal! Dormes cá para te começares a habituar a viver comigo.- Olhei para ele, mas ele puxou-me para cima pelos ombros, erguendo-me, puxou-me escada acima e entramos na primeira porta que havia do lado esquerdo, era uma suite espaçosa, pintando em tons cinza e a cama ocupava o lugar central do quarto com lençóis brancos.

-Ali está o banheiro. Vai tomar um banho-Apontou para uma porta, colando a mão no fim das minhas costas. Olhei para ele e depois para o braço dele que estava apoiado nas minhas costas.

-Se me queres apalpar tenta ser mais subtil.

-Arisca!- rindo

Dando-lhe um pancada para tirar a mão e dirigi-me ao banheiro. Ao entrar, dei de caras com um jacuzzi enorme, mas ignorei-me e tirei o meu vestido e sapatos e entrei na box.

Ao sair lembrei-me que não tinha nenhuma roupa para dormir, então vi o roupão atrás da porta e vesti-o. Ficava-me muito grande, tive de dobras as mangas das mãos e roçavam-me na ponta dos pés. Abri um pouco da porta e espreitei para fora não tava ninguém então decidi sair, ao sair ouvi um barulho numa porta adjacente ao banheiro e entrei. Ao entrar dei de cara com o Paullo tava com umas calcas de pijama e o tronco nu.

-Vejo que tomaste banho, têm ali uma camisa da noite... em cima da poltrona, veste-a e veem te deitar. E... e limpa a baba.- acrescentou rindo e passado a mão pela quase inexistente barba.

-Vamos dormir no mesmo quarto?

-O que esperas... que de uma escapadela todas as noites? Não tenho tempo para andar a fazer essas coisas... e paciência- disse e saiu do closet, deixando-me encarar o closet meio vazio e uma camisa da noite quase transparente vermelho.

-EU NÃO VOU VESTIR ISTO!

-HABITUA-TE, É A TUA NOVA FARDA NO MEU QUARTO- retruquiu.- Quando não tiveres sem nada.

Vesti a camisa e aquela coisa nem chega a metade da minha concha e meti o robe por cima e sai, tava quase quarto escuro, só tinha o candeeiro dele acesso.  

-Anda! Eu não faço-te mal.

Deitei-me de costas para ele e a única coisa que me veio a cabeça foi aquele contrato parvo, se ele pensa que eu vou o cumprir tire o cavalinho da chuva. Um casamento real, acompanhando nas viagens, nas festas, dar-lhe 2 herdeiros?? 2?? UM NÃO CHEGA... Nenhum, isso é que vai ser.

-Para de pensar, tas a me interromper o sono!- acrescentou de forma brusca.

-O QUÊ??

Ele não me respondeu mas o senti a virar na cama e a encarar as minhas costas e as minhas pálpebras começaram a ficar pesadas e adormeci.

A Herdeira de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora