O bater das espadas pode ser ouvido ao longe. Com o treino do último dia, os dois resolveram transformar isso numa rotina, como forma de passar o tempo e ficar mais forte. Zoro ergue a katana e gira, para dar um golpe em (S/n), que defende e o joga pra longe logo em seguida. Zoro corre novamente em sua direção, mas, desta vez, mirando em suas pernas. Quando vai dar o golpe, (S/n) pula, desviando no processo, e posiciona a espada para cortar a cabeça de Zoro, porém, o mesmo defende com a katana em sua boca. O raciocínio de (S/n) é cortado por algo visto no horizonte.
— Ei, Zoro.— Chamou.— Olhe.
— O que é?
— Ah, esqueci que você é cego.— Murmurou com desdém, pegou o telescópio e o entregou a ele.— Ali, pra lá.— Apontou com o dedo.— É a próxima ilha. Vamos chegar lá por volta de 12:00, aí poderei me livrar de você.
— O quê disse?— Zoro ataca novamente, com o nitoryuu, em um golpe em formato de X. (S/n), focada no ataque, não percebe que o espadachim lhe dará uma rasteira, assim, a fazendo cair no chão.
— Você foi derrotada.— Diz Zoro, em cima dela, com a lâmina da espada apontada para a sua garganta.
(S/n), que não é burra, percebe que ele não estava a imobilizando, que seria o certo em uma luta, e o único membro que não o fazia cair era o braço direito, apoiado no chão. Ela então, pensa rápido e puxa seu braço, e ele perde o equilíbrio e cai, (S/n) se esquiva e sobe em cima do rapaz no chão de madeira do barco, segurando seus braços, e suas pernas.
— Quem foi derrotado?
— Tá bom, (S/n), agora pode sair de cima?
— Sabe que é adequado que você deve sempre imobilizar seu adversário para que ele não levante? Não achei que você era tão inocente.
— Você é impulsiva demais!— Reclamou.— Não queria te machucar!
— Awn... Muito fofo.— Falou ela, ironicamente.
Zoro revirou os olhos. (S/n) encarou aqueles olhos verde esmeralda, focados nas nuvens à cima deles.
— (S/n), tá me machucando.
Ela parecia hipnotizada, com a cabeça nas nuvens, sem perceber, foi chegando cada vez mais perto.
— (S/n)? Tá me ouvindo? Ei, cabeça de vento!
(S/n) sonhava acordada, totalmente fora de si, seja as ondas do oceano, o canto das gaivotas, o vento contra sua pele, o balançar do bote ou os gritos de Zoro, tudo pareceu silencioso e calmo; o mundo congelou pra ela. Seu corpo agia sozinho, a razão gritava, mas como o resto do planeta, ela não poderia ser ouvida. A única coisa que sentia era seu coração disparado através do peito. Zoro se calou, percebendo o quão próximos estavam, porém, contra o chão, não havia como recuar. (S/n) não parou, seus narizes se encostaram, o espadachim ficou imóvel e sem reação. Ela parecia estar pegando no sono, a medida que se aproximavam, seus olhos iam fechando mais e mais, só os abriu de novo quando olhou para Zoro, totalmente confuso, o olhar da garota era inocente, como o de alguém que não faz a mínima ideia do que está fazendo, ou prestes à fazer, como era o caso. Ela encostou levemente seus lábios nos dele, sua mão subiu até sua nuca e o puxou para mais perto, que por consequência, soltara a mão do rapaz, além de que suas pernas agora estavam relaxadas, não mais firmes o prendendo ao chão. Ele poderia tê-la empurrado pra longe ou algo parecido, o que seria previsível, mas não fez, apenas deixou fluir, apesar do desconforto evidente, que parecia mais uma reação de surpresa pela nova sensação descoberta.
— O... O que você está fazendo?!— Exclamou ele quando se afastaram. (S/n) caiu em si, percebendo seu ato. Seu rosto ficou inteiramente roxo de vergonha, rapidamente, se levantou e andou para longe de Zoro, cobrindo a boca. A imprudência de (S/n) é mais uma vez colocada em prática. Sempre faz o quê lhe dá na cabeça, sem pensar nas consequências. É como uma praga.— Por que você...— Passou os dedos pelos lábios.
A espadachim correu pra dentro da cozinha e fechou a porta, sem dar uma palavra, e não saiu de lá pelo resto da tarde.— Pesquei alguns peixes.— Zoro bateu na porta.— Me deixe entrar (S/n). Eu... Estou com fome! A comida já tá pronta?
O destrancar da porta foi ouvido. Ao entrar, viu ela virada pro fogão.
— Aonde ponho isto?— Ergueu os peixes. A garota apontou para o balde ao lado do balcão.
— Apenas finja que nada aconteceu, okay?— Murmurou.
Zoro se manteve quieto, só observando.
— Minha comida tá pronta?
Ela fez que sim.
O rapaz encheu o prato, pegou uma garrafa de sake e sentou-se na cama.
— Não vai comer?
— Não estou com fome.
O espadachim perdido comeu sua janta em silêncio, a olhando de longe. Quando terminou, se pôs em pé e caminhou até a pia, deixando as louças sujas lá. Notou que (S/n) evitava o olhar.
— Por que está me evitando?
— Você já sabe a resposta.
— Não sei, não.
— Sabe sim. Só esqueça isso, tá bom? Amanhã nós chegamos na ilha e você segue seu caminho e nunca mais nos vemos.
— Esquecer que você me beijou?— Chegou mais perto e segurou seu queixo.— Por que você me beijou? Me diga.
— Foi porquê...— (S/n) tentava pensar na desculpa mais rápida que viera em sua cabeça.
— Por quê me ama?— Arregalou os olhos, sem o responder. Lembrou-se de quando ficava nervosa e animada quando dividiam aquelas garrafas, ou quando ele a chamava de forte nas entrelinhas. Sempre sentia uma alegria imensa e o bater acelerado do coração.— Você me ama, (S/n)?— Sussurrou.
— Não! Você está ficando louco! Eu nunca...— Encarou novamente seus olhos verdes, iluminados pela luz da lua vinda da única janela.— Iria me apaixonar...
Zoro não a deixou terminar. Calou-a com um beijo.
— (S/n), você me ama?— Perguntou, novamente. Sempre que (S/n) respondia um "não", era calada por outro beijo, um seguido do outro. Permaneceu imóvel e ofegante. Disse a si mesma que talvez fosse uma má ideia deixar que ele a beijasse até confessar, mas, aquele poderia ser o único jeito dela ceder.— Diga a verdade.
— Eu... Eu... Na–
Outro beijo a calou, porém, um beijo diferente, lento e devagar, podia ser capaz de esquentá-la por completo, era apaixonante.
— Eu... Amo...— Sussurrou, sua voz, carregada de desejo. Passou os braços pela nuca de Zoro e o trouxe para mais perto, o trazendo para outro beijo, que posso dizer, não foi tão rápido quanto os outros.
A última noite tinha que ser fechada com chave de ouro, oras.———————––💚––———–———
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Three Earrings • Imagine Zoro •
Hayran Kurgu(S/n), uma garota que caça criminosos pra ter um tostão, agora se encontra em um barzinho do East Blue, quando Roronoa Zoro chega, já chamando muita atenção pela sua fama de mal. (S/n), o subestima e o chama para um duelo. Inconvenientemente, os doi...