GEMEALIDADE - Jikook

TEMPO

Capítulo 11 – Tempo

Park Jimin On

Jungkook viria me salvar.

Foi isso que eles repetiam com tanta certeza.

Jungkook é na verdade o Jeon.

E o Jeon realmente havia vindo me salvar.

Era confuso, mas parecia se encaixar bem. Eu encarei os olhos negros dele, do outro lado do quarto, encostado na porta do banheiro e minha mente viajou entre varias hipóteses. E todas elas, me levavam de volta a ele.

– Vamos deixar você descansar agora, Jimin. – Namjoon disse enquanto arrastava Jin para fora do quarto. Jin parecia resistente e contrariado, querendo dizer algo, mas apenas se deixou ser puxado para fora.

– Eles falaram meu nome. Porque? – Jeon perguntou.

– Você me salvou uma vez. Acho que eles pensaram que você me salvaria de novo.

– É um pensamento logico, mas não acho que tenha sido só isso. – Jeon concluiu entrando de vez no quarto. – Você parece desconcertado, como se tivesse algo amais. – Me analisou me encarando de cima. – Tem algo que queira me dizer?

– Acho que eu também te devo um pedido de desculpa. – Eu disse mudando de assunto e abaixando a cabeça. Ele não precisava saber que Luke achava que havíamos dormido juntos e nem que eu havia pensado nele. Desejado que ele estivesse ali para me proteger ou que me salvasse. Ele com certeza não precisava saber daquilo. – Eu deveria ter te ouvido e ficado longe de tudo aquilo.

– Eu fiquei furioso quando percebi o que você estava fazendo e desesperando quando percebi que havia sido pego. – Ele disse com uma cara seria e irritada. – Mas se não fosse por você, nunca teríamos pegado eles, ou conseguido te salvar. – Ele admitiu e eu sorri bobo, porque ele parecia ter um tom orgulhoso. – Parabens, gemealidade. – Eu ri pelo trocadilho com Gênio e Gêmeo, e isso fez seu sorriso sumir e sua feição ficar mais suave enquanto me encarava com atenção. – Mas por favor, no futuro, não faça isso.

– Isso o que? – Perguntei o analisando.

– Não seja pego. – Ele soltou com a voz suave e angustiada. – Eu te treinei melhor do que isso.

– Acho que vamos precisar de mais treino. – Disse me encostando no travesseiro e o olhando com um olhar sapeca.

Eu queria ele mais perto.

– Agora que você tem todas as peças do quebra cabeça, acho que será mais fácil. – Ele disse analisando minha posição semi sentada na cama. Seu olhar percorreu meu corpo, mas sua feição se fechou e ele me olhou serio. – Eu sei que agora não é o momento, mas eu preciso saber. – Ele disse respirando fundo. – Eu to com todos aqueles homens presos e sobre nossa custodia, ainda não avisamos a policia, porque eu queria ter um pouco de paz de espirito antes de entrega-los. – Eu concordei com a cabeça esperando ele terminar a linha de raciocínio. – Eles... – Hesitou respirando fundo e virou de costas por um momento, coçando a cabeça em frustração. – Só me diz se eles encostaram um dedo se quer em você, além do que sabemos.

Eu o encarei tentando entender aonde ele queria chegar e quando eu saquei, meus olhos se arregalaram e minha mente trabalhou em busca de memorias para uma resposta. Eu odiava me lembrar e com certeza não queria reviver aquilo, mas parecia em vão, visto que a justiça poderia ser feita naquele momento.