INTERROGATÓRIO

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~FALTAM DOIS CAPÍTULOS PARA O FIM ~

DEEM AMOR PARA A HISTORIA

Capítulo 18 – O interrogatório

Park Jimin On

Quando atravessei a porta de vidro, a atenção do único homem na sala se virou pra mim e ao ver meu esforço para carregar a bolsa, ele sorriu, como se minha presença ali fosse uma piada, e eu sorri mentalmente, porque aquele era o primeiro passo para o meu plano dar certo.

Eu poderia tentar ser sério e malvado, mas ele não compraria a ideia, então eu precisava ser fofo e patético.

Eu queria que ele duvidasse de mim, assim como todos vinham fazendo.

Minha gloria estaria ai.

Quanto mais ele duvidasse mais o jogo estava ganho.

Fingi tropeçar no meu próprio pé e ri constrangido de modo fofo antes de deixar a bolsa sobre a única mesa que tinha ao lado do cara.

Tá perdido meu anjo? – O cara disse com um falso tom suave e eu sorri negando com a cabeça. – Aqui não é lugar pra criança, garoto. É brincadeira de gente grande.

– Bom, quem vai brincar com você hoje sou eu. – Sorri novamente, tentando ser o mais fofo que eu poderia. – Eu até trouxe brinquedos, mostrei a bolsa e ele sorriu fraco, como se estivesse achando aquilo ridículo. Então se virou para a parede falsa, antes de gritar.

É sério isso? – Gritou para a parede. – Eu esperava alguém de verdade. Vocês nem ao menos estão tentando. – Disse com desdém. – Cade o Jeon? Domesticaram ele também?

Oh. Você conhece o Jungoo-ah? – Perguntei em um falso tom de surpreso, usando um apelido doce e ele me encarou sério.

Tá falando do Jeon? – Questionou me olhando de cima a baixo. – Um cara alto, péssima personalidade e que gosta de facas? – Disse incrédulo, como se nos achasse incompatível.

– Esse mesmo. Jungoo-ah nunca falou de você. – Disse me encostando na mesa despreocupadamente. – Qual o seu nome mesmo? – Ele abriu a boca pra responder, mas se parou a tempo.

Boa tentativa garoto. – Ele negou. – O que alguém como você faz com alguém como o Jeon?

Respirei fundo. Depois disso não teria mais volta.

Tudo o que acontecesse aqui, ele contaria na cadeia e depois para a gangue das cobras, eu estava dando meu pescoço em uma bandeja ou nos dando paz.

Era tudo ou nada.

Amor. – Respondi em um falso constrangimento, que ele pareceu acreditar, pela risada incrédula.

Jeon está fudendo com uma coisinha como você? Isso chega a ser a piada do ano. Nem consigo acreditar. – Ele me analisou de cima em baixo, como se eu tivesse lhe dado um presente e aquela informação realmente era isso, um presente.

Eu havia feito a ligação do meu nome ao dele, tudo que Jeon mais temia.

– Acha que não sou bom o bastante? – Perguntei olhando para mim mesmo e ainda virei de costas empinando um pouco mais a bunda para ele.

Com certeza você é bom demais pra ele. – Disse com a voz falha e eu senti um leve nojo pelo seu olhar, mas não deixei transbordar para minha expressão.

GEMEALIDADE - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora