GEMEALIDADE - Jikook

LOBOS AZUIS

Capítulo 4 – Lobos azuis

Park Jimin On

"Lobo azul" – Digitei no google. Vários desenhos e montagens apareceram, mas nenhuma era o que eu queria. – "Logo com lobo" – Redigitei e novamente muitas coisas apareceram, mas não era o que eu queria. – Que droga. "Logo com um lobo azul" – Dentre várias imagines, a primeira era exatamente o que eu procurava e quase tinha passado despercebido por mim. – "Gangue dos lobos azuis" – Meus olhos saltaram ao ver aquilo. Uma gangue?

Não tinha um link na imagem ou algo que pudesse explicar, apenas o nome. "Gangue dos lobos azuis" – Pesquisei novamente, mas nada além de notícias banais apareciam. Coisas como briga entre gangues e especulações sobre o que fazem ou onde deveriam estar. Os comentários, em maioria, eram de pessoas pedindo para a policia fazer alguma coisa e aquilo me deixou assustado.

Ninguém sabia quem eram os membros e eu não poderia afirmar com certeza que eles eram de uma gangue, ou se um deles apenas tinham comprado a jaqueta em alguma lojinha de esquina. Afinal, eu só havia visto uma jaqueta e aquele símbolo só havia aparecido uma vez. Não era um padrão.

Poderia ser uma coincidência. Talvez eles vendessem drogas pra essa gangue e ganharam de brinde. Era uma suposição idiota, mas ainda assim, melhor do que aceitar que eu estava no meio de uma gangue. Melhor do que aceitar que Jin estava no meio de uma briga de gangues e que era esse o perigo que ele corria.

Novamente, as palavras "Chefe" e "Corre" passaram pela minha mente e eu não consegui evitar pensar, que talvez, não tivesse outra explicação e que não tinha como passar pano praquilo.

Ouvi um barulho do outro lado do banheiro. Jeon deveria estar no quarto. O alarme voltou a soar e dizer que eu não deveria me aproximar, mas eu sabia que ele era o único que me daria respostas se eu jogasse as cartas certas.

Caminhei a passos calmo para o banheiro, que estava vazio e segui até a porta que levava para seu quarto. Dei uma batidinha, mas não tive resposta. Abri uma fresta, com um pouco de medo, mas assim que botei a cabeça pra dentro, observei ele sentado na cama com uma expressão confusa.

– O que quer? Perdeu o caminho pro seu quarto? – Debochou voltando a soltar os cadarços do coturno.

– Na verdade. Pensei que você poderia me ajudar. – Eu disse entrando de vez e seu quarto, ao notar que ele não me jogaria para fora.

– Te ajudar? – Ele perguntou com ironia. – Tá me achando com cara de baba? – Ele disse se levantando. – Você não deveria se meter com quem você não conhece, garoto. – Ele se aproximou me fazendo recuar. – Você deveria voltar a procurar por garotos que gostam de princesas e ficar longe de todo o resto. – Engoli em seco, antes de me aproximar, vendo ele me encarar com surpresa.

– Na verdade. Eu acho que descobrir umas coisas bem interessantes sobres os garotos que não gostam de princesas. – O desafiei, mesmo sabendo que era um erro e ele apenas sorriu de lado, como se me incentivasse a falar. – Eu sei que vocês acham que eu sou estupido e que não pretendem me falar a verdade, mas...

– Mas você é o cérebro por trás da gemialidade, não é? – Ele completou me interrompendo. – Todos acham que é o Jin que dá as cartas, mas é você. – Ele concluiu. – Você é o inteligente. Eu percebi isso, porque você tá juntando as peças e tá chegando mais perto do que qualquer um. – Ele tocou minha bochecha com as costas da sua mão fria e eu arrepie. – Namjoon está subestimando você.

– Não existe um cérebro por trás. – Eu o corrigi. – Somos diferentes, mas não existe superior na nossa relação. – Ele riu como se achasse realmente engraçado.