Parte IV.

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CHEGUEI CEDO HOJE, HEIN?

CHEGUEI CEDO HOJE, HEIN?

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Idiota, idiota, idiota.

A mulher mais bonita da cidade, talvez até do país, o convidava para um baile e ele agia como se fosse melhor que ela? Ele?

Sasuke puxou o travesseiro de debaixo da cabeça e sufocou o próprio rosto com ele, também um grunhido.

Empurrou o travesseiro e se sentou, aborrecido, olhou para cartaz que estava grudado em seu para-brisa depois de ter ido à cidade.

O Baile Anual de Konoha ocorria no segundo domingo do início da primavera em que os habitantes de se juntavam apenas com o objetivo de dançar e festejar sem grandes preocupações, havia muita bebida, muita comida além de demarcar o início dos vários eventos de primavera que tradicionalmente ocorriam, como piqueniques ao ar livre e jogos esportivos, corridas e caminhadas, natação e tudo mais.

Não era necessário comprar ingressos para o baile, apenas uma boa doação seja de comida, bebida, som ou dinheiro. Eram os pequenos comerciantes da cidade que patrocinavam boa parte inclusive Sasuke sempre doava materiais como pregos e outras coisas para a arrumação do lugar.

O que não significava que ele era bem-vindo, a época em que participou com maior frequência foi quando os pais eram vivos, sua mãe adorava ir, porque ela assim como praticamente todo mundo da cidade, havia se aproximado do futuro marido num baile desses. Para os solteiros era uma oportunidade para se arranjar. Garotas surtavam para estar tão bonitas nesse dia quanto no dia do baile de formatura, casais se pediam em noivado e por aí vai.

Eles até faziam apostas sobre quem seria a "Bela do Ano", a mulher mais desejada ou atraente daquele ano, com direito a um buquê de flores e uma reserva para ela e o cara que ela quisesse convidar para comer num restaurante caríssimo em Suna.

Pela primeira vez, Sasuke previu quem certamente ganharia a edição desse ano, quiçá de todos os próximos. Não era como se Konoha fosse repleta de beldades o tempo inteiro, às vezes o prêmio era dado a alguém simplesmente muito querida.

Uma menininha poderia ganhar, uma senhora também, uma mulher casada ou uma solteira.

E certamente uma forasteira poderia.

A quem estava enganando, a senhora Haruno só estava lá há sete meses, e já era mais popular e bem quista do que ele jamais seria na vida.

Ela também não iria querer olhar para ele depois daquele circo inteiro, o que só fazia a ideia de ir mais lamentável. Afinal, ele não iria para ver qualquer outra garota. Em geral, aproveitava que a cidade inteira se reunia e fugia para o prostíbulo. Onde as moças o recebiam com um olhar aborrecido ou desdenhoso.

Sasuke nunca teve problemas para aceitar que era visto de forma patética até por elas, era melhor do que ser temido ou detestado. Ele sempre engolia toda inferioridade e o sentimentalismo que se tentava a sentir e tentava enxergar como uma negociação fria. Elas podiam não gostar de negociar com ele, mas não estavam em posição de serem exigentes pois recebiam caminhoneiros e viajantes muito mais deploráveis.

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