E VEIO AÍ!
Aleksey olhou para os lados e se inclinou um pouco sobre a mesa para provavelmente dizer algo muito mais grosseiro do que ele achava que seria "grosseiro". Com um suspiro, Sakura se permitiu ouvir porque sabia que cada pequena oportunidade que houvesse para evitar que o bastardo complicasse sua vida era preciosa.
— Você disse que aqui era o, ressalte, melhor restaurante da cidade. – Ele murmurou, quase uma acusação.
Ela voltou a folhear o cardápio, tentando reproduzir o som dos pássaros que se podia ouvir no deque quando acordava a cada manhã, respirou fundo e as letras de um mantra quase se formavam em sua mente.
— Oh, pelo amor de deus, o que vamos comer, carne de urso? – Aleksey exclamou, recostando-se e largando o cardápio na mesa.
Sakura a melodia de pássaros e mantras na cabeça de Sakura rapidamente diluiu-se num ruído mórbido que misturava os rosnados das dobermans enquanto mastigavam a carne de um filho da puta ainda vivo.
Isso sim era música.
— Eu disse que tinha comida em casa, mas você quis passear pela cidade. – Ela murmurou.
Aleksey espanou uma sujeira imaginária da manga do casaco.
— Certo, eu sei, mas achava que o lugar seria menos medío-
— Bom dia! – A garçonete saudou-os. Aleksey olhou para ela com um sorriso arrasador e Sakura deixou-o entreter a filhinha dos donos do restaurante com sua lábia perfeita e sua figura fascinante.
Com sorte ela conseguiria despachá-lo antes que até mesmo os cidadãos toscos de Konoha notassem que além da primeira camada do gentil forasteiro, residia uma que desprezava seu jeito de ser e viver.
O café chegou rapidamente para eles, junto de um menu agradável e suculento, ainda que um pouco pesado para o estomago de Sakura durante as manhãs. Aleksey, satisfeito que nada parecesse cru, ou mal preparado, comeu, à contragosto apenas que não era nada como um café da manhã parisiense.
— Então, quais são os planos do dia? – Perguntou, Sakura, o mirou acima da xícara, inspirou, impaciente e pouso-a na mesa, recostando-se para cruzar os braços.
— Não incluem virar sua guia turística, pode ter certeza.
— Oh vamos! – Ele reclamou, brincalhão, jogou o guardanapo nela. — Onde está seu espírito aventureiro? É a mesma Sakura que quase se perdeu comigo no Pico dos Marins, naquela vez no Brasil?
— A gente quase morreu no Pico dos Marins, e por sua culpa.
Sakura para sempre se perguntaria como um homem que era capaz de perseguir um alvo por quilômetros em qualquer terreno, conseguiria se perder em menos de trinta minutos de caminhada, no mesmo lugar, simplesmente se só estivesse lá a passeio.
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SENHORA
Fanfiction"Sexy, mau encarado, misterioso, e recém chegado a uma cidade pequena." Você certamente já leu sobre um cara assim. Mas se você não viu nada sobre o contrário, não ouse achar que o efeito não é tão devastador quanto. Sasuke percebeu isso no momento...