Capítulo 23: Um Imprevisto Perigoso

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Foram andando pela mata. Quase chegando na estrada, ninguém viu, mas tinha uma cobra, bem no meio do caminho. Todos passaram sem encostar na cobra, mas o perfume de Luna era tão forte, que despertou os extintos da cobra, que a picou imediatamente. __Aiiiiiiiiiiiiii !!!! -gritou Luna. __O que aconteceu ? -pergunta Manu, preocupada. __Uma cobra me mordeu ! -grita ela. __Ai meu Deus ! -grita Ana. __Você viu a cobra ? -pergunta Vitor. __E eu lá vou ficar olhando para a cobra. Tá doendo.  __O que vamos fazer ? -pergunta Yago. __Temos que levá-la até um hospital naquela cidade, se não ela pode até . . . morrer. Se essa cobra for venenosa. -fala Miguel. __Eu não quero morrer ! -disse Luna, suando muito. __Gente ela está ardendo em febre. -mostra Cadu. __Naná já estamos perto ? -pergunta Jonas. __Estamos quase lá. Só que quando chegarmos ao hospital eu vou ter que voltar, porque não posso deixar minha casa sozinha por muito tempo. Pode haver ladrões na mata. responde ela. __Sua ajuda foi muito importante para nós. Sem você não conseguiríamos. Pode deixar que quando chegar em casa, vou pedir para o meu pai te dar uma ótima recompensa. -fala Yago. __Não fiz isso esperando recompensa. Só fiz por que achava que era certo. -responde Naná. __Então, vamos apertar o passo . . . Deixa que eu te levo, Luna. -fala Miguel, pegando Luna no colo. __Fica calma. Vai ficar tudo bem. -disse Manu, tentando acalmar a amiga. Miguel carregou Luna no colo até o caminhonete. Ela estava com muita febre. Mas Naná foi voando pra a cidade com eles. __Bem, aí está a cidade, gente. Boa sorte. disse Naná. __Obrigada por tudo, Naná. -agradece Ana. __Adeus Naná. Obrigado por tudo. -falam eles agradecidos. Foram direto para o hospital da cidade. Um lugar precário, que quase não tinha remédios e precisava de muitos ajustes. Isso tornava a situação muito mais difícil. Luna queria desmaiar, mas todos estavam reanimando-a pois se ela dormisse, não sabiam o que poderia acontecer. __Oi. Tudo bem ? Temos uma emergência aqui. Minha amiga foi picada por uma cobra. A senhora tem que fazer alguma coisa ! -fala Miguel muito agitado. __Acalme-se, querido. Primeiro temos que ver se tem algum médico disponível . . . __Sai da frente, Miguel. Escuta aqui ! A senhora ouviu que ela foi picada por uma cobra ?! Se a gente veio pra esse pronto-socorro, deve ser porque a gente está precisando de socorro, você não acha ?! E se você não atender a minha amiga agora, vai ser você quem vai precisar de socorro. diz Manuela, intimidando a lerda enfermeira. __Tudo bem. Ponham ela na maca, que eu vou chamar o doutor Carlos. -fala a enfermeira, bem mais ágil agora. O doutor veio, olhou a picada e perguntou : __Algum de vocês, viu como era a cobra que ela foi picada ? __Não, doutor. Ninguém viu. Foi muito rápido. -responde Vitor. __Tudo bem. Tenho que fazer alguns exames nela. Vocês esperem aqui. -disse o médico levando Luna. Esperaram horas naquela sala. Não sabiam quem estava mais nervoso. Miguel só faltava ter um ataque cardíaco, enquanto Vitor não sabia mais o que orar. Até que o médico apareceu com uma cara não muito boa. __E aí doutor ? Como a Luna está ? Ela vai ficar bem ? -Ana começa o interrogatório. __Eu tenho uma noticia boa e outra ruim. Qual vocês querem ouvir primeiro ? -pergunta o doutor Carlos. __A boa. -fala Cadu __Se foi a cobra que eu estou achando que foi que mordeu sua amiga, o veneno não é letal. __Graças à Deus ! -fala Miguel. __E qual é a noticia ruim ? -pergunta Jonas. __Se não dermos o antídoto logo, o veneno pode fazer danos irremediáveis. -falou o doutor.

__O Senhor tem o antídoto ? -pergunta Yago. __Por isso eu perguntei se vocês viram a cobra. Porque eu tenho um antídoto aqui. Mas não posso injetá-lo nela se não souber tiver certeza da cobra que a mordeu, pois isso pode piorar a situação dela.  __Então o que vamos fazer ? Vamos deixar ela morrer ? -pergunta Ana, confusa. __Existe um outro hospital perto daqui. Lá tem um especialista em cobras. Levem a foto da picada. Pode ser que ele reconheça a cobra e lhes dê o antídoto. Mas não afirmo nada. -disse o médico. __Eu vou lá ! -diz Miguel e Vitor juntinhos. __Deixa que eu vou. Eu sou o ex-namorado. -diz Vitor. __Mas eu sou amigo dela. E também quero ajudá-la. -rebate Miguel. Manu.  __Porque não vão os dois e Ana ? -sugere __Melhor que ficarem brigando e perdendo tempo.  __É. Eu vou com vocês para evitar que briguem pelo caminho. -fala Ana. __Doutor, pode escrever o endereço para eles não se perderem ? -pergunta Jonas. __Claro ! -responde o médico. __Então vão logo. Cada segundo que vocês gastam conversando, Luna fica lá correndo risco de vida. -disse Cadu. __Para não ficar tudo na mão de vocês. Vou tentar ver se o veneno afetou algum lugar grave. Quando souber de alguma coisa, aviso à vocês. fala o doutor, se retirando. Enquanto os meninos iam com Ana até o outro hospital. E Manu, Cadu, Jonas e Yago, ficavam na sala de espera, aguardando noticias de Luna.

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