Capítulo 33: De Volta ao Sitio

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Quando conseguiram alcançar o detetive, viram o acampamento, tão temido por eles. __Tudo bem já chegamos. Agora temos que descobrir se estão todos lá dentro. -fala o detetive. __E como vamos fazer isso ? -pergunta Jonas. __Essa é a parte que eu ainda não pensei. responde ele. __Que tal esperarmos os outros e nos juntarmos para pensarmos em alguma coisa ? sugere Manu. __Tenho uma ideia melhor. Vocês ficam aqui, enquanto eu vou lá fingindo estar perdido e procurando ajuda, OK ?! -fala ele entregando qualquer coisa, que os sequestradores pudessem suspeitar que ele fosse da policia.  __Eu vou deixar o rádio com vocês, qualquer problema é só pedir ajuda por ele. -disse já saindo. Os dois ficaram lá, sentados no chão olhando, esperando acontecer alguma coisa. O policial se aproximou do enorme portão do acampamento de verão e começou a bater palmas, gritar, a fazer qualquer coisa para alguém ouvi-lo. Minutos depois, Marcos e Soraia abrem o portão.  __Quem é você ? E o que quer ? -pergunta ela. __Meu nome é Cassiano. Eu me perdi dos meus amigos, há quase dois dias. Será que vocês poderiam me dar um prato de comida ? É que eu estou morrendo de fome, há muito tempo que eu não como. -fingi ele. __Aqui não é lar para desabrigados ! Se quiser comida vai ter que pagar por ela. -diz a professora, rispidamente. __Tudo bem, eu pago o que for. Só quero comer. -responde o detetive. O mandaram entrar no acampamento, que estava em perfeito estado, com vários alojamentos. O problema é que ele não conseguia ver nenhum aluno. __Vocês vivem sozinhos aqui ? -perguntou o detetive. __Sim. -responde a professora.  __Detestamos crianças. Diante dessa resposta o detetive calou-se, esperando eles dizerem alguma coisa que poderia servir com prova ou meio de ligá-los mais ainda ao sequestro. Chegando ao refeitório, Soraia e Marcos deixaram o detetive esperando, enquanto preparavam a comida. __Espere um pouco, enquanto trazemos sua comida. -diz Marcos. __Onde é o banheiro ? -pergunta James. __No final do refeitório tem um. Perto da porta. -responde. "Assim está fácil demais. " -pensou o detetive.  Ele esperou saírem e foi direto aos alojamentos. Viu que as portas estavam trancadas, foi então tentar as janelas. Tomou um baita susto quando viu os alunos sendo forçados à fazerem os trabalhos daquele lugar, como arrumar, lavar e outras coisas mais. Tinham rostos tristes, pareciam famintos, deprimidos. Ele tinha que fazer alguma coisa. Resolveu voltar ao refeitório, sentou-se e ficou esperando os dois como nada tivesse acontecido, como se não tivesse visto nada. Enquanto isso, o policial Marcelo se aproximava do local onde Manuela e Jonas estavam escondidos. __Será que o Eduardo está bem ? -Ana pensava em voz alta. __Pensei que não quisesse mais ele. -fala Luna. __Aquilo foi coisa de momento. Não se leva em conta. -responde ela.  __Já estamos chegando, gente ! -avisa Vitor. __Que bom ! Estou doido para ver a Bruna (Pinheiro, como as meninas chamam), de novo. fala Cadu com um olhar de apaixonado. __Está a fim dela, Cadu ? -pergunta Yago. __Não ! . . . Só porque ela é bonita, inteligente, legal, divertida, não quer dizer que eu esteja a fim dela. -responde ele, se entregando. __Tá apaixonado ! Tá apaixonado ! -gritam todos. __Nada à ver ! Nada à ver ! -grita ele, já caindo na pilha. __Por que não pede para ficar com ela ? pergunta Luna. __A gente nem se fala. Só a observo de longe, ela nem sabe que eu existo. -responde ele desanimado. __Se declara, então ! -grita Vitor, lá da frente da fila. __Vamos mudar de assunto, gente ? -pede Cadu morrendo de vergonha.

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