Nesse momento as meninas são interrompidas por um grito muito alto, apavorante, e por Jonas, Yago, Vitor e Cadu, que entram de repente, trancando rapidamente a porta. __O que está acontecendo ? -pergunta Ana, em pânico. __Que grito foi esse, gente ? -pergunta Luna, assustada. Yago ainda recuperando o fôlego, diz : __A professora . . . pegou o Alexander entrando no quarto dela. __E sabem o que ela fez ? -interrompe Jonas. As três morrendo de medo, perguntam : __O que ? __Ela saiu correndo com uma arma atrás dele, atirando !! -termina Vitor. As três começaram a gritar : "Eu quero ir embora ! Eu quero ir embora ! " Os meninos tentando acalmarem elas, disseram : __Calma, a gente vai embora daqui. -disse Jonas. __É. Isso foi para mostrar que a gente não pode errar, no nosso plano. -mostra Vitor. __Vocês não veem ? A gente não vai sair daqui. Ela vai acabar com a gente, igual a formiguinhas. -Manu entra em pânico. __Não vai, não ! A gente vai conseguir sair daqui. E só ficarmos calmos, e pensarmos um pouco. -ajuda Yago. Eles ficaram dentro daquele quarto o dia inteiro, não sairam nem pra almoçar. Estavam com muito medo. __Já são quase nove horas. -lembra Yago. __E nove horas, é a hora do jantar. continua Luna. __Acho que vamos ter que sair, para não levantarmos suspeitas. -diz Vitor, inspirando fundo. __Eu não quero nem chegar perto da porta . . . mas você tem razão. Vamos fingir que não sabemos de nada. Temos que ficar mais unidos do que nunca ! Principalmente, vocês quatro : Luna, Vitor, Jonas e Yago. Podem esquecer suas diferenças, os seus problemas e façam as pazes. Quando conseguirmos sair daqui, podem se matar, que eu não estou nem aí. -fala Manu. Os quatro viraram a cara. Pareciam crianças, de 3 anos quando brigam, e fica essa palhaçada. Ridículo ! __Anda gente ! Não temos a noite toda, bebês ! -apressa Ana. __Sabe o que acho que temos que fazer, Manu ?! -diz Cadu __O que ? -pergunta Manuela. __Devíamos deixar os quatro aqui, trancados, e irmos jantar. __Boa ideia. Então vamos ! -concordou Manuela. __Têm certeza, de que não vão fazer as pazes ? -Ana dá mais uma chance. Continuaram de cara virada. __Tinham que ter vergonha de si mesmos. Grandes, grandes, se comportando como crianças. E ainda estão a beira da morte, imagina se não estivesse ! E nem ousem sair daqui, sem fazerem as pazes, se não irão implorar a professora para matar vocês. -fala Cadu, fechando a porta. Chegaram no refeitório, parecia que não tinha acontecido nada, os três, continuavam com medo, mas sentaram-se à mesa. Torcendo para que a professora não os notasse. Foi em vão. Lá se vai a professora e Marcos. Mas antes deles chegarem lá, Ana saí de fininho, para falar com Eduardo. Deixando os dois sozinhos com os monstros. __Olá, queridinhos ! -como sempre, fala a professora, com seu sarcasmo. __Cadê o resto, dos seus amiguinhos ? pergunta Marcos. __Estão por aí. -diz Cadu. __É que nós três, estávamos com mais fome. -Manuela, dá uma desculpa, super esfarrapada. A professora e Marcos se olham e falam : __Três ?! __É, eu a Manuela e a . . . Ana ?! -se assusta Cadu. __Ana !!!! -grita Manuela. Quando se viram, não tinha ninguém. Só uma cadeira vazia. Deram um sorrisinho sem graça e falaram : __É, agora só nós dois. __Eu mato a Ana. -sussurra Manuela. __Sei . . . Mas souberam o que aconteceu hoje ? -pergunta a professora com um sorriso malvado. __Não. Passei a tarde toda no alojamento da Manuela. -diz Cadu __É. Não conversamos com ninguém. Então, não sabemos de nada. -convence Manu. __Então, eu mesma conto. -começa a professora. __Estava eu, calmamente, tomando banho, quando ouço alguns passos, pelo quarto. Sabia que não era o Marcos, pois ele tinha ido ao supermercado . . . __Ou ! Espera aí ! Vocês vão ao supermercado ? -pergunta Cadu. __Claro ! Vocês acham que alimentamos vocês com que ? Vento ?! Só que ele fica muito longe daqui. Por isso temos que andar um bocado até o carro. Mas posso continuar, agora ? __Pode. -fala Manu. __Então me preparei com uma arma, e esperei atrás da porta. Dei um tempo para ele entrar e ver o que iria fazer. Então ele começou a mexer nas minhas coisas. Foi aí que saí detrás da porta, peguei minha arma e comecei a correr atrás dele atirando para o alto. -conta a professora na maior tranquilidade. __Só pra brincar um pouquinho. __Cara ! Com certeza absoluta, você vai ser presa ! -fala Cadu. __E o que aconteceu com ele ? -pergunta Manuela, preocupada. __O idiota ?! Deixei ele fugir. Só queria dar um susto nele. Aproveitem o jantar, que eu tenho que ir. Enquanto isso, Ana criava coragem para falar com Eduardo, que depois do baile não tinha dado as caras. E lá foi ela . . . __Oi Eduardo. __Ana ?! Você falando comigo ?! Pensei que estivesse com raiva. __Que isso ! Só porque você me deixou sozinha no baile, se escondeu feito um rato e deixou a professora brigar com minhas amigas daquele jeito. Imagina ! Não estou com raiva. Entendo que você é um covarde. Assim que terminou de falar isso, voltou para sua mesa, deixando o Eduardo de queixo caído.
