Capítulo 13: Novas Descobertas

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__Há muito tempo, eu fui a uma clinica com meu marido. Chegando lá, o doutor me disse que eu não podia ter filhos. Meu marido vendo que nós não poderíamos mais ter a filha que ele sonhava em ter, começou a me trair com uma garota de menos de vinte e cinco anos, quase a metade da sua idade. E acabou engravidando ela. Mas disse a ela que não iria assumir, pois eu não poderia descobrir nada. Mandou ela abortar. Ela não quis e disse se ele não ficasse com ela iria me contar tudo. Ele disse que precisava de tempo para pensar no que iria fazer. Ela o deixou em paz durante três anos. Acho que ele mandava dinheiro para ela, não sei. Passado esse tempo, quando ele achava que ela o tinha esquecido, batem na porta. Eu atendi. Era uma linda moça, com uma linda menininha no colo, pedindo um lugar para ficar, pois não tinha onde dormir. Eu a recebi de braços abertos, pois não tinha ninguém para conversar, meu marido trabalhava muito, só chegava a noite em casa. Ela e sua filha seriam uma ótima companhia. Chegando em casa, meu marido me vê na mesa com a Lia, assim era o nome da jovem, e no mesmo instante fica pálido, pois sabia que ela era a menina com quem ele tinha me traído. Eu preocupada, perguntei o que houve. Ele não dizia nada. Passado o susto, nós fomos jantar, os quatro. Um silêncio absurdo. Até que eu apresento Lia a ele. Ele finge que não a conhece e continua agindo normalmente. Ela, o mesmo. Passava o tempo. Já estava me apegando as duas. Até que em um desses jantares em família, eu falo que iria levar, na manhã seguinte, a menininha ao shopping. A mãe concordou. Levei-a para passear, só que no caminho do shopping a pequena menina começa a passar mal. Volto para casa, não vejo Lia, na sala. Então vou ao meu quarto vê se meu marido estava. Quando abro a porta, encontro os dois, na minha cama, debaixo dos lençóis. Estavam tão entretidos que nem me viram. Também não alarmei. Fiquei furiosa, corri para a cozinha, peguei uma faca e matei os dois. Depois fui ao quarto da garotinha e a matei, enquanto brincava. Restava sumir com os corpos. Joguei eles no quintal da minha casa e os queimei. Fugi dali. Fui morar em outro estado, mudei de nome e comecei a trabalhar como professora e assim conheci o Marcos. Para quem contei meu plano, e me ajuda muito. Não é, amorzinho ? __É isso aí, amorzinho. Eu estou . . . O Marcos nem termina de falar e Luna, cutuca a onça com vara curta : __O papo está super interessante, professora. Estamos aprendendo a matar pessoas. Mas o que nós temos a ver com isso, sem querer ser grossa, é claro ! __Vocês tem tudo a ver. Tudo é por culpa de vocês, crianças ! -começa se alterar a professora. __Por isso eu vou, pedir resgate por vocês, para começar uma nova vida ao lado do Marcos. Já que foi por causa de vocês que eu não consegui salvar meu casamento. -respondeu ela super louca. __Não achei isso, não. Acho que você não conseguiu segurar seu marido porque apareceu uma novinha bem mais bonita que você. Aí ele pulou a cerca e te botou um chifre de presente, vaquinha. -fala Manu. Foi nessa hora, que a professora segurou Manuela pelo pescoço e falou : __Se eu quisesse te matava, aqui e agora, garota. Porque agora tenho cinquenta crianças ! E mais um ou menos um, não vai fazer a mínima diferença. Ainda acha que eu não consigo, acabar com você ? -gritava ela com ódio nos olhos.  __Mata, sua assassina. Mas isso não vai mudar a sua passagem só de volta para a prisão, sua maluca ! -desafia Manu. __Cala a boca, Manuela ! -pedia Luna. Assim que Luna falou isso, Marcos agarra ela por trás, prendendo-a em seus braços : __Tire suas mãos da Manuela agora, sua louca ! -grita Jonas, nervoso. Se não, você vai fazer o que ? Hein, Romeu ? -pergunta a professora, apertando mais ainda Manuela. __Solta elas agora, otário. Será que vocês não perceberam ? Nós somos cinquenta e vocês só dois. Não é gente ? -Vitor tenta encorajar a todos. Nessa hora todos fizeram um grande silêncio, como se estivessem com medo, e baixaram as cabeças, com um sinal de não. Os únicos que ficaram firmes, para ajudar Vitor, foram : Cadu, Yago, Jonas e Ana. __Conte de novo, valentão ! -ironiza Marcos. __Você são um bando de covardes ! -grita Cadu, indignado.     __Vão deixar eles fazerem o que quiserem com vocês ? Jogando Manuela no chão, a professora falou com um tom mais sério : __Solta ela, Marcos. O que é delas está guardado. -fala ela, com um sorriso malvado no rosto.  __Como assim ? -questiona Ana, com os olhos arregalados. __Fica calma, Ana, nós vamos sair daqui. diz Vitor tentando amenizar o desespero. __Vocês sete, vão se arrepender de terem me desafiado, muito mais que os outros. -fala a professora. __Nós não estamos nem aí, para as suas ameaças. Vamos sair daqui e chamar a polícia. fala Luna, com coragem. __Como se eu já não tivesse pensado nisso, sua menina boba. Esse plano foi muito bem arquitetado para a sua informação. Ou você acha que nós iriamos sequestrar cinquenta crianças, sem saber o que fazer com elas ? Nessa hora, todos ficaram em silêncio, sabendo que iria ser muito difícil sair daquele lugar, a partir daquele momento. __É ?! E o que você vai fazer com a gente, agora que nós já sabemos de tudo ? Ou você ainda está arquitetando essa parte ? -ironiza Manu, enquanto era amparada pelo Yago. __Boa pergunta, mosquinha morta. Responda para ela, amorzinho. -disse a professora, com um olhar sombrio. __Vocês vão fazer o que mandarmos. Ou se esqueceu que estamos à quilômetros de qualquer cidade, vila ou até pessoa, sem internet e sem celulares ?! Só nós . . . Então se pensam que exitaremos em matar vocês se desafiarem nossa autoridade, estão muito enganados. __Pensaram em tudo ! Mas posso fazer uma pergunta ? -fala Jonas. __Que garoto insuportável !! . . . Fala logo ! grita a professora. __Acha que não conseguimos sair daqui ? __Tente. -diz ela, com um olhar cruel. __Agora, todos podem voltar para o seu alojamento. A festa acabou !  __Eu sabia que você era um idiota, mas que era uma pessoa do mal, é novidade para mim, Miguel. -disse Luna, deixando algumas lágrimas rolarem pelo rosto. __Foi você que me obrigou a fazer isso. Você disse que me amava e de repente começa a namorar outra pessoa. -responde ele. __Que maluquice é essa que você está dizendo ? Agora quer botar a culpa em mim, por ser um idiota ?! Você vivia me atormentando, deixava claro para todos que não estava nem aí para mim. E agora, vem dizer que eu disse que te amava e logo depois fiquei com outra pessoa ? Sabe quantos anos eu passei te esperando voltar atrás e pedir desculpas ? Mas você não enxergava isso, só enxergava você, e seu grande ego. Então corri atrás do tempo perdido, recuperei minhas forças para ir atrás da felicidade. E olha só ! Acho que acabei de encontrar. __Eu te amo, e acho que sempre amei. Só aceitei ficar do lado deles porque eu estava com muita raiva de ter sido deixado de lado, por você. Se eu implicava, brigava e falava todas aquelas coisas, é porque esse é o meu jeito de amar. -se declara Miguel. __Seu jeito de amar é fazendo as pessoas de capacho, para você pisar quando quiser ? Bom saber, porque assim, sinto muito, mas eu dispenso. -disse Luna, contendo as lágrimas. __Perdeu, cara. Não adianta mais voltar atrás. Agora ela é minha namorada. É bom você ir embora, porque por aqui, ninguém precisa de um traidor. -disse o Vitor, chegando perto e levando Luna embora. __Vai me abandonar, Luna ? Vai me deixar sozinho, também ? -gritou Miguel, enquanto ela saía. Nesse momento, Luna olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas, baixou a cabeça e virou as costas para ele. Manu vendo o estado da amiga, correu em sua direção e a abraçou fortemente. Miguel percebendo que sua presença, não era mais bem-vinda, saiu. E Clara correu atrás dele. Para abraçá-lo ? Não ! Pra lhe dar um tapa na cara, por ter deixado ela sozinha no baile. A professora, vendo aquilo para não acabar com a tristeza fala : __E se preparem, porque a partir de amanhã, vocês que vão começar arrumar esse acampamento. Estou cansada de fazer isso por vocês.  __O que ? Agora a gente vai ser seus empregados ?! Até parece ! -gritou Luna. __Olha o abuso, Luna. Vai querer ser a primeira a morrer ? -alerta Marcos. __Vocês são dois monstros ! - fala Ana. __Como se eu estivesse preocupada com o que vocês pensam. -fala a professora, pouco se lixando para o que a Ana falou. __Sabe porque seu marido te largou ? Sabe porque você nunca vai poder ser mãe ? Porque você não sabe amar ninguém ! . . . Cuidado Marcos, se eu fosse você ficava com um pé atrás. Nunca se sabe como uma assassina maluca pode agir. -desafia Manuela. __Manu, não provoca cão quando está com osso. -sussurra Ana. __Não ouse falar de amor, sua pirralha. Não sabe o que é isso. Dei todo o meu amor para aquele cretino, e você diz que eu não sei amar ? Não tem ideia do que fala. -se irrita a professora. __Tem razão. Eu não sei mesmo como é amar do seu jeito. Porque eu nunca mataria a pessoa que eu amo, por ela amar outra pessoa. Se eu amo ele, como eu posso querer o seu mal. Se eu amo mesmo, eu só vou querer vê-lo feliz, não importa com quem. Não acha ?! __O seu tipo de amor é o que aceita perder. O meu não. -respondeu ela, friamente. __Para vencer tem que saber perder. rebate Manu. __Vai dormir, garota. Antes que eu suje o chão com seu sangue. -fala a professora ameaçadora. Saíram todos, e foram dormir como a professora ordenou. __Gente vamos lá para o alojamento da Manu, para conversarmos. -fala Luna para aqueles cinco que estavam indignados com a professora.

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