Capítulo 31: Um Passo mais Perto da Liberdade

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Enquanto elas conversavam, abriram bruscamente a porta. Eram dois policiais, com caras de poucos amigos. Olharam para as duas, que já estavam estranhando tudo aquilo. Até que um deles perguntou com voz de um gatinho : __Podemos entrar, meninas ? __O que os senhores querem ? -pergunta Luna, morrendo de medo. __Queríamos fazer umas perguntas. Podemos entrar ? -pergunta o outro policial, já entrando. __Acho que sim. -responde Manuela, meio insegura. __Primeiro de tudo, deixe-nos apresentarmos. Eu sou o detetive James e este é o policial Marcelo. -apresentaram-se. __Já viram este homem e (ou) esta mulher ? -pergunta o policial, apontando para uma foto, onde estavam todos os professores da escola da meninas. Aparentemente tiraram a foto na época de final de ano.  __Claro que conhecemos ! Foram eles que nos sequestraram ! -grita Luna. __Então, achamos vocês ! -gritou o policial Marcelo. __Nós procuramos por por vocês há quase um mês, sem nenhum sucesso. Quando está semana recebemos uma ligação anônima, dizendo que esse homem fora avistado por esses arredores. Então resolvemos investigar. Reviramos a cidade. Por último viemos ao hospital. O doutor contou que alguns adolescentes, contaram que foram sequestrados e conseguiram fugir. Então nós viemos ver vocês. -explicou o detetive. __Mas onde estão os outros alunos ? pergunta o policial, vasculhando o quarto. __É verdade. Nós duas e mais seis alunos, conseguimos fugir daquele acampamento de verão (onde fomos muito maltratados ! ), só que no meio do caminho nossa amiga foi picada por uma cobra. Então tivemos que vir direto para o hospital. -conta Manuela. __Entendo. Mas por quê não chamaram a policia ? -pergunta o detetive James confuso. __Porque estávamos esperando Luna melhorar para irmos embora. Não queríamos que os pais dela à vissem assim. -explica Manu. __Como você está, linda ? -pergunta o policial Marcelo, muito gentil. __Estou bem melhor. Posso voltar para casa. -responde Luna, muito animada. __Onde estão os seus amigos ? perguntam. __Um está na sala de espera, e os outros foram dormir na casa do médico que aplicou o antídoto na Luna. Mas logo estarão aqui. responde Manu. __Estamos procurando essa mulher há anos. Ela é a principal suspeita de assassinato. Soubemos que estava trabalhando de professora, em Niterói. Pode ser a escola de vocês. -fala o detetive. __Com certeza é. -afirma Luna. __É sim. A professora Luiza entrou esse ano. -continua Manu. __O nome dela nem Luiza é. É Soraia de Paula. -corrige Marcelo. __E vocês sabem por quê ela sequestrou vocês ? -pergunta o detetive. __Ela quer o dinheiro que vai pedir de resgate, para fugir do país com Marcos, nosso professor de geografia. -conta Luna. __Não recebemos nenhuma denúncia, sobre um pedido de resgate. Alertamos os pais, sobre isso. -afirma o policial. __Então, ela ainda não pediu o resgate. Ela quer ter certeza de que nossos pais vão dar o dinheiro. Para isso, tem que deixar eles bem desesperados, com muita saudade e medo. raciocina Manu. __Garota esperta ! -elogia o detetive.  __Poderiam nos levar até esse acampamento de verão ?  __Claro ! Só que só nós duas não vai dar. Precisamos dos meninos, também. -explica Luna. __Tudo bem. -fala o policial.  __Por que então, não vão dois na frente com James, e depois que os seu amigos chegarem, eu vou com eles e com o reforço ?  __Boa ideia, Marcelo. -fala o detetive. __Então vai você e Jonas, Manuela. -fala Luna. __Só que eu não estou falando com ele, esqueceu ?! -fala Manuela. Só que quando viu a cara feia da Luna, mudou logo de ideia.  __Tudo bem ! Eu vou tentar falar com ele. Jonas ainda estava muito chateado com Manuela, e por esse motivo não queria ver ela nem pintada de ouro. Já ia sair quando ela chegou, só que . . . __Calma Jonas ! Não vai. Preciso falar com você . . . Por favor, fica. -pede ela, super meiga. __Você está de sacanagem, não está ?! Acha que eu sou o que ? Um fantoche seu ?! Diz que não quer nada comigo, depois vem cheia de charme pra cima de mim, tentando me confundir. Pode esquecer ! Não vai rolar ! -enlouquece Jonas. Manuela diante daquela cena, não teve outra alternativa se não começar a rir. Jonas vendo aquilo, ficou ainda mais furioso. __Do que você está rindo ? -perguntou. __Eu não estou brincando.  __Estou rindo de você ! -depois da sessão de riso, ela continua.  __Têm dois policiais aqui. Vieram prender Luiza e Marcos, e querem que a gente leve eles até o acampamento de verão. __Quem os denunciou ? -perguntou ele. __Sei lá. Foi uma ligação anônima. Mas você vem ou quer ficar aqui dando chilique ? -diz ela, ainda com um sorrisinho no rosto. __Tô morrendo de rir, Manu . . . Me espera ! -grita Jonas, correndo atrás dela.  Manuela parou de repente, e falou : __Acho que mudei de ideia. Não estou com muita animação de voltar para aquele acampamento.  __Ah, não ! Não vai me dizer que a "senhorita coragem em pessoa", está com medo ?! -zoa Jonas. __Claro que não ! Só que . . . é que . . . Quer saber ?! É, eu estou com medo. Não se lembra o que passamos lá ? Você deveria ser o primeiro a não querer voltar pra lá. -confessa ela. __É por esse motivo aí que eu quero ir. Não quero que eles machuquem mais ninguém. Quero que eles apodreçam na cadeia. -fala ele, coberto de razão. __Tem razão. E também, nossos colegas estão precisando da nossa ajuda. Precisamos botar esses dois atrás das grades. -concorda ela. __Essa é a Manu que eu conheço. -sorri Jonas. __Ainda está chateado comigo ? -pergunta Manu. __Claro que estou ! -fala ele saindo na frente, com a cara emburrada. Os dois deram o último tchau a Luna e ao Caio, e seguiram para o carro com o detetive. Os dois iam mostrando o caminho, que estava um pouco diferente do que eles lembravam. Isso porque quando eles passaram por lá, estava a noite, e agora era dia. 

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