Capítulo 24: Corrida Contra o Tempo

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Depois de algum tempo caminhando, os três conseguiram chegar ao hospital. Só que apareceu um novo problema. Esse doutor especializado em cobras estava de folga.

__Cara ! Por que nada pode ser fácil ?! -fala Ana, desanimada. __Sabia que eu não devia ter saído de perto da Luna. Agora, estamos longe dela e sem o antídoto. -se aborrece Miguel.

__E tudo por uma ideia idiota de sair daquele acampamento de verão. Agora não temos o que comer, estamos mais longe de casa e a Luna está machucada. -Vitor entra na pilha. __Calma aí, gente. Não vamos desistir agora. Se não fizermos nada Luna pode morrer. Vão deixar isso acontecer ? Pensei que amassem ela. -Ana, tenta convencer. __Ela só é minha amiga. Não gosta de mim. -fala Vitor.  __Claro que gosta ! Você é o melhor amigo dela ! -fala Ana. __Você tem razão. Eles estão contando com a gente. -diz Miguel. __Vamos na recepção do hospital pedir o endereço desse médico. Pode ser que ele esteja em casa. Se não estiver . . . a gente desiste. -fala Vitor. __O pior é isso. Não podemos desistir. Não podemos descansar. Porque ela está contando com a gente. -disse Ana. __Temos que bolar um plano para conseguirmos o endereço dele. Porque a recepcionista não vai dar isso para um bando de desconhecidos. -avisa Vitor. __O que Manuela faria ? . . . Já sei ! Esperem aqui, que eu já volto. -diz Miguel, saindo. __Onde será que esse menino foi ? -Ana se pergunta. Passado alguns minutos. Miguel chega um jaleco branco, e fala : __Olha só o que eu consegui, no almoxarifado deles. __Para que isso, Miguel ? -pergunta Vitor. __Vai me dizer que vocês não perceberam ainda. Essa é a forma de conseguirmos o endereço do médico, gente. Olhem o mestre. -fala, Miguel indo em direção à recepção. __Que bom que você chegou, doutor. As contrações já estão no intervalo de dois minutos. Venha, vou levá-lo ao quarto da paciente. -fala a enfermeira, arrastando Miguel, antes dele chegar na recepção. __Não, espera eu . . .  __Não temos tempo, doutor. Ela vai dar à luz. -o interrompe, a enfermeira. Chegaram à sala. Miguel já estava azul de nervoso. Ouvindo os gritos da mulher. __Aí, meu Deus. O que eu faço ? -pensava Miguel, muito nervoso. __Vamos doutor. -apressa a enfermeira. __Empurre com força e respira fundo e rápido. -disse ele. __Doutor, está doendo muito. Acho que não vou conseguir. -grita a mulher. __Vai sim. Enfermeira, segure a mão dela. pede ele. __Força ! Empurre. -grita ele. A mulher estava empurrando com toda a força possível. Quando a sala fica em silêncio e se ouve um alto chorinho. __Nasceu ! Nasceu ! Eu consegui ! Eu consegui ! -grita, ele. __Por que isso agora doutor ? Já fez isso um milhão de vezes -se assusta a enfermeira. __Parabéns, mamãe. É uma menina. Qual vai ser o nome ? -pergunta ele, tentando disfarçar. __Renata. -disse a moça, ainda se recuperando. __Lindo nome. -diz ele saindo correndo. __Caramba, eu fiz um parto. -pensa ele, não acreditando no que estava dizendo. Chegando à recepção, finalmente pergunta : __Oi. A senhora pode me dar o endereço do doutor . . . Aí esqueci seu nome. É aquele, especialista em cobras e animais desse tipo. disfarça ele. __Há sim. O doutor Montenegro. Só um segundo doutor. -fala a recepcionista. __Claro. É que eu acabei de fazer um parto e estou muito cansado. -se gaba um pouquinho. __O parto foi bem sucedido ? Aqui está o endereço que o senhor pediu. -diz ela. __Foi sim e obrigado. -responde ele chamando os dois para irem embora, tirando o jaleco, antes de alguém chamá-lo para alguma operação de emergência.

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