2. Olá,Senhor Parker...

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N O V A    Y O R K
08 de Abril de 2016

Tony bateu na porta do novo apartamento,aquele não era o mesmo de anos atrás,mas por quê seria não é? Nada estava igual para variar. Ele piscou impaciente,batendo na porta outra vez. Até que foi atendido,May abriu a porta com o seu típico sorriso receptivo,que logo foi trocado por uma carranca. A mulher pensou rápido,empurrando a porta,mas Tony teve a mesma ideia e,numa briga tão injusta a enfermeira perdeu,triste e obviamente.

- O que você quer? - Ela perguntou unicamente.

Seu humor e sua opinião continuavam os mesmos de anos atrás,mas Tony não estava diferente,naquele dia,era May a errada,e seu lado imaturo e infantil pedia por uma revanche.

- Quero entrar. - Tony sorriu falso.

- Nem em sonhos. - May negou prontamente.

- Bom,então eu acho que vou esperar bem aqui. - Tony sorriu iluminado. - Converso diretamente com o Peter assim que ele chegar. - Sua feição animada foi substituída por uma seria.

- Não pense que vai...

- Me deixe entrar. - Tony aumentou o seu tom,e May ergueu o queixo,respirando profundamente,se preparando para ganhar aquele debate,mas não,ela cedeu. Piscou,soltando o ar e desviando o olhar,soltando a porta que ainda segurava. Seria bem melhor se livrar dele antes de Peter chegar.

May deu um passo para o lado, empurrando levemente a porta e nunca o convidando realmente para entrar. Tony fitou o seu uniforme roxo,abrindo um sorriso convencido e entrando no apartamento como se fosse um convidado de honra. Ele seguiu o corredor de entrada,que era constituído não por uma parede,mas por uma prateleira que mais parecia um labirinto de madeira,e carregava vários livros e objetos de decoração.

A porta atrás de si se fechou,e ele continuou andando,até se deparar com a imagem em um todo do apartamento. A porta a sua frente ele jugou ser só banheiro,o corredor a alguns metros deveria dar nos quartos. A sala,área de refeições e cozinha estavam a sua frente. O lugar tinha cheiro de limpeza,era bem iluminado e decorado,mas algumas coisas espalhadas aqui e ali não fugiam de sua visão. Era bem o que ele esperava para o apartamento de um estudante de ensino avançado e uma funcionária de primeira linha de defesa de um hospital local. Organizado,mas nem tanto.

- Eu tenho que cobrir o turno de uma colega,o que você quer? - May cobrou se aproximando,brava pela invasão.

- Tenho certeza que tem tempo. - Tony se virou.

- Na verdade não,eu não tenho. - May destacou e Tony sorriu sem humor.

- Ah mais você vai arrumar. - Ele assentiu. - Sabe May... A alguns anos você me fez acreditar seriamente que eu não era capaz de cuidar de uma criança. - Ele a olhou,o sorriso indo embora. - Me ameaçou,me ofendeu,e pasme. - Gesticulou ao fazer o pedido. - Me fez sentir mal e duvidoso. - Ergueu as sobrancelhas. - Isso é raro. - Afirmou. - Você tem um talento para manipular não é? - Cerrou os olhos e May trincou o maxilar.

- Mas ainda assim... - Tony pendeu a cabeça para o lado. - Tem um talento ainda maior em mentir e ser hipócrita. - Silabou e só sentiu o ardor acompanhado do baque, May acertou em cheio o seu rosto. Um tapa estalado e pesado de respeito,que fez a mão da mulher arder.

A italiana observou Tony piscar totalmente perdido,com a mão no rosto e os lábios entreabertos. - Se você acha que vai vir até a minha casa e me ofender você está muitíssimo enganado. - Acenou. - Eu quero que saia daqui agora. - Apontou.

- Não. - Tony se ergueu.

- Como é que é? - May ergueu as sobrancelhas e Tony deu um passo a frente.

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