13. Porcaria!

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Óculos,lentes,protetor solar,hidratante labial,chaves de casa,crachá do hospital,carteira,pastilhas,caneta,bloco de notas e a lista continuava. Tudo vinha a mão de May,menos a droga da chave do carro. Ela suspirou ao levar o copo térmico com café no capô do carro. Será que ela esqueceu em casa? Não,era muito azar ter de subir e descer onze andares a pé outra vez. O elevador tinha de quebrar logo aquele dia?! Droga!

- Ei! - A italiana ouviu e se virou,cerrando os olhos para tentar enxergar quem a chamava,fazendo uma careta ao identificar o Stark. - Espera aí. - Ele pediu ao se aproximar e May apenas desceu os olhos para a sua bolsa lotada mais uma vez,sorrindo iluminada ao encontrar a chave do carro. - Tem um minuto?

- Não,mas pode tentar. - Ela se virou colocando o crachá no elástico da calça lilás que usava como uniforme no hospital onde trabalhava.

- É coisa boba na verdade. - Tony olhou ao redor no estacionamento do subsolo cruelmente vazio. Uma luz ao fundo até piscava e aquilo o fez torcer o nariz. - É que a Pepper anda recebendo uns e-mails estranhos e...

- Como entrou aqui? - May soou alheia ao empurrar o post-it colorido no bolso da camiseta,junto a tampa de uma caneta,já que usou a mesma para prender os cabelos no alto da cabeça.

- Ah,eu fiz amizade com o porteiro,sabia que a filha dele vai ter trigêmeas? - Tony sorriu simples e a mulher o olhou estranho.

- É. Laura,Lori e Luan. - Acenou ao citar. - Fofo né?

- Achei caipira. - Tony deu de ombros enquanto May buscava seus óculos estilo Harry Potter. - Enfim é... Ela tem recebido esses e-mails de alguém anônimo que diz saber sobre um segredo nosso. - Dramatizou e a enfermeira ergueu os olhos. - Ela jura que estão falando sobre o Peter ser o meu filho e tudo mais... - Acenou. - Não é nada certo, é só... Estranho. - Gesticulou.

- Onde quer chegar? - May franziu o cenho ao colocar os óculos e fechar a bolsa escorada no ombro.

- É... - Tony suspirou. - Ela me convenceu a vir aqui porque teve um pressentimento. - Resmungou e May riu.

- É sério?

- Sim. - O moreno enfiou a mão nos bolsos. - Eu só queria saber. Você contou para alguém que possa...

- Definitivamente não. - May negou logo. - Mas vocês tem muitos segredos,pode ser literalmente qualquer coisa. - Silabou.

- Eu sei mas... A Pepper ficou tão preocupada. - Tony acenou. - Então... É... Toma cuidado. - Instruiu e May ergueu uma sobrancelha ao buscar o seu copo.

- Relaxa,não tem como alguém saber. - May pediu licença ao destravar o carro e entrar no mesmo.

- É que ela falou com tanta certeza e...

- Deve estar assistindo muita ficção,o Peter faz as pessoas fazerem isso. - May acenou ao bater a porta,descendo o vidro.

- É,deve ser. - Tony concordou cabisbaixo e May acenou,antes de sair com o carro e deixar o bilionário no subsolo do prédio. Instantes depois uma mulher empurrando um carrinho de bebê passou por ele,o olhando estranho ao reconhecê-lo.

- Eu falo para Pepper,não assista tanto a Viola Davis,mas né? - Ele cobra para a desconhecida que une as sobrancelhas confusa,o fazendo negar risonho ao sair dali.

As pessoas o chamavam de excêntrico,ele tinha que ajudar nos boatos...

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Em Midtown os alunos da sala de Peter caminhavam juntos seguindo um professor,alguns estranhavam a situação,outros,só suspiravam e aceitavam. O que não significava que gostavam de estar ali.

Em Missão De Pai [✓] Onde histórias criam vida. Descubra agora