16. Mau Na Terra!

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Atenção aqui;
As crises que eu tenho as vezes se passam como um borrão para mim,então não sei como detalhei esse capítulo,mas sei que ao revisar me incomodei,então vou deixar uma palavra de destaque no início e fim da crise relatada para não ativar nenhum gatilho. Lembrem-se; Saúde mental acima de tudo!

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Era segunda-feira,e May finalmente poderia sair do complexo.

Depois de duas semanas exatas a mulher já estava sem os pontos,comia quase normalmente e,obviamente,ela não iria correr uma maratona ou escalar uma montanha,mas poderia voltar as suas atividades normais e estava aliviada por isso.

Nas primeiras horas em que a mulher esteve ciente de que estava ali,numa baia médica do complexo dos Vingadores no norte do estado,ela paralisou,e então,se perguntou triste e sinceramente como agir. Ela basicamente devia a sua vida a eles,e estava usando e abusando de sua hospedagem,cuidados médicos e tecnologia. Devia ser grata,muito grata. Era simples,bem simples.

Mas a tarefa simples se tornou um telepático problema quando a mesma simplesmente não sabia como olhar na cara de cada uma daquelas pessoas,sorrir,e ser o minimamente educada,e aquilo era uma dor na bunda.

Francamente ela preferia continuar com ela do que encarar a situação.

Quando o Stark a forçou a escuta-lo,ela esperava tudo. Ou não,já que se limitava bem a desculpas esfarrapadas e motivos ridículos,egoístas,desumanos e ricos. E acabou ficando extremamente surpresa ao ouvir a verdadeira história.

O jogo virou completamente,assim como a sua cabeça,que estava uma zona.

Ele agiu de acordo a suas prioridades,e tentou se focar nelas para se manter sã,e não meter os pés pelas mãos. O que estava sendo difícil,principalmente porque a sua visão do Stark havia mudado completamente e a culpa,dor e temerosidade estavam a corroendo de dentro para fora. Então,quando o sol raiou aquela manhã a mulher se levantou rapidamente,e mesmo que com dor,vestiu o seu uniforme roxo e preferiu enfrentar o hospital e o provável clima de tragédia que o beirava,do que continuar ali,sabendo de tudo e se culpando muito mais que um dia já pôde achar possível.

Ela só queria voltar para casa,e talvez chorar com a certeza de que ninguém a veria pôr a sua dor para fora, principalmente uma certa I.A que parecia ver tudo e todos.

Tony por sua vez,estava tão incomodado quanto a italiana,mas o seu incômodo vinha exatamente pelo fato de a enfermeira em questão estar indo embora.

Tony não iria assumir,justamente para não alarmar,mas os e-mails que Pepper andava recebendo estavam o preocupando como a morte. A droga dos atiradores pareciam não ter nada a perder,não se importavam em passar o resto dos dias na cadeia,e não falavam um A. E todo o silêncio só o deixava mais e mais aflito. A incerteza de saber se as ameaças eram nulas,ou simplesmente verdadeiras ou mais! Tinham haver com Peter e May,o deixavam fora de si,e ele estava falhando em disfarçar aquilo.

Mas tinha de passar a ser positivo,ou ao menos um tanto mais controlado.

Já havia experimentado ficar obcecado em segurança,e todos os dois piores anos seguidos de tragédia e catástrofes,que se mostraram tão ruins quanto o seu luto de décadas atrás,mostrava que se controlar quanto a suas neuras que podiam ou não ser reais,era absolutamente necessário.

Pepper vinha logo depois,sua preocupação não a largava de jeito maneira,e a mulher estava tão cansada que doía. O mal estar trazia uma sensação amarga ao seu estômago,e uma espécie de claustrofobia em cada parte de si. A agonia era tanta que ela só queria chorar. Ah! Será que o mundo não podia parar? Ao menos por um milésimo de segundo,mínimo que fosse? Só para ela parar. De existir,de respirar,de pensar,de se preocupar. Só... Parar. Para ela poder respirar e então voltar.

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