12. Porquê Sim Oras!

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T O R R E   V I N G A D O R E S
Duas semanas depois e contando...

Peter bateu a janela com certa força não necessária,mas em sua defesa o temporal de fim de inverno que parecia 'limpar os ares' abrindo espaço para a primavera que estava próxima,era muito violento. O céu,em seus tons de branco,cinza e preto, estava turvo,alguns relâmpagos aqui e ali eram as únicas coisas que possibilitavam a visão mais clara as vezes. O ecoar ainda era tomado pelo constante barulho de trovões,que agora davam espaço a chuva forte,que descia inclinada pelos ares,por conta do vento. Aquele tipo de chuva que te machuca caso você saia desprotegido. Ele não sabia o que era pior,a chuva que não dava intervalo para ele voltar para casa,a quase primavera que atacaria com força a sua rinite,ou o verão que logo estaria ali também. A partir de julho Nova Iorque se tornaria um inferno em terra. O tempo úmido,o sol escaldante,o calor abafado e agoniante que parecia estar preso entre os prédios... Ah,ele com certeza amava o outono. Pena que durava pouco. Bem... O mesmo que as outras estações.

O garoto negou ao checar o seu celular,sua mensagem para a tia não havia chegado e ele sinceramente não sabia se ficava preocupado com ela,ou consigo mesmo. Talvez a tia estivesse em apuros,talvez presa no trabalho,ou talvez ela estivesse em casa,bem,mas preocupada com ele. Ele sempre ligava quando ficava para dormir lá pelo centro da cidade,mas naquele dia não dava... O sinal de telefone ali já era ruim,e agora estava nulo,suas mensagens também não caiam. A tia não estava conectada.

Ele suspirou,se jogando na cadeira e buscando uma caneta,a segurando entre os dentes e se curvando para pegar algumas folhas que haviam caído no chão por conta do vento,motivo que o fez ir fechar a janela.

Naquele dia em específico Tony havia ido buscá-lo no colégio,precisava de mais algumas amostras de sangue do mesmo para o protótipo de analgésico que trabalhava,ele foi até lá como quase sempre,mas o tempo se fechou e o Stark o impediu de voltar para casa,pedindo para que ele ficasse enquanto buscava Pepper no aeroporto. Sua primeira opção era esperar a chuva passar,mas já fazia quarenta minutos e nada da querida sequer diminuir. Então ele já cogitava dormir por ali como fizera outras vezes.

O garoto se ergueu com a súbita presença no lugar,acabando por bater a cabeça contra o vidro ao tentar se sentar corretamente,o que o fez desistir dos papéis,passando a mão na cabeça incomodado com a dor do baque. O gesto arrancou uma risada leve de Sam,que se abaixou para recolher os papéis.

- Aqui. - O moreno estendeu as folhas para Peter,que murmurou um obrigado enquanto o outro rodeava a mesa,se sentando do outro lado com uma careta. - Olha... Eu já lutei em muitos lugares,já pilotei e dirigi muitos autos,mas nunca,nada,me causou tanto desconforto quanto o pouso de Super Herói. - Negou a contra gosto,se curvando levemente para passar a mão nas pernas.

- Pouso de Super Herói? - Peter franziu o cenho em confusão.

- Quando você salta de uma altura considerável,e cai de pé. - Sam gesticulou.

- Pouso de Super Herói! - Peter estalou.

- Pouso de Super Herói... - O homem sorriu tranquilo. - Aí,você é o protegido do Stark. - Aquilo não foi uma pergunta. - Sou Sam. Wilson. Acho que a gente não se apresentou naquele jantar trágico.

Peter sorriu contido. - Sei quem você é. - Ele afirmou,fazendo o piloto erguer as sobrancelhas,então Peter se sentiu corar,não querendo parecer arrogante. - Falcon. - Ele especificou e o outro estalou,com um sorriso de entendimento. - A sua tecnologia é muito legal. - Afirmou convicto e Sam a acenou no ar,convencido. - Sou Peter.

- Muito bem. - Sorriu ao acenar leve. - O que está fazendo Peter? - Perguntou e o adolescente ponderou,fitando seus papéis desorganizados e seu notebook aberto.

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