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James Jones

Sinto meu corpo bater contra o colchão macio como se eu estivesse caindo. Abro meus olhos assustado e me sento na cama. Olho em volta desesperado, estava em meu quarto.

Coloco as mãos na cabeça enquanto tento regular minha respiração. Logo meus ouvidos são preenchidos por um grito.

-- Crianças! -- falo me levantando rápido. Saio do quarto correndo. -- Jake? -- falo ao chegar próximo a sua porta. Nada. -- Jackie? -- falo agora na porta do quarto da mais nova.

Nada

Outro grito é ouvido. Vinha lá de baixo. Desço as escadas correndo a procura de quem estava fazendo aquilo ou... O que estava fazendo aquilo.

-- Jackie? Jake? -- os chamo.

Ouço uma porta ranger me fazendo a olhar de imediato. O porão. Mais uma vez, o grito soa.

Engulo em seco e a abro com cuidado. Desço os degrais da escada enquanto olhava em tudo a minha volta.

-- Crianças, isso não tem graça! Apareçam logo -- falo sério enquanto descia. Novamente um grito soa, ao por meus pés no piso do lugar avisto um homem e uma menina pequena brincando. Ela ria alto e gritava já ele fazia cócegas na menor e brincava com ela. Logo o homem se vira pra mim me permitindo ter uma visão clara de seu rosto.

-- M-Mas, v-você...-- começo a gaguejar dando alguns passos pra trás.

-- Jam! -- A menina fala animada vindo correndo em minha direção, me abraçando com força. -- Eu contei ao papai! Contei que fiz um novo amigo! -- ela relata, a menor ergue seu rosto para mim. Ela tinha um sorriso dócil e animado no rosto.

Ela usava um vestido branco florido junto de pequenas galochas amarelas. Metade de seu cabelo estava sendo preso por um laço azul grande.

Jackie...

Aquela menina era a Jackie quando era mais nova.

-- A-Ah... -- eu não conseguia pronunciar palavra alguma. Eu não entendia o que estava acontecendo.

-- James, você tá se sentindo bem? -- O homem pergunta.

-- Que... Que dia é hoje? -- pergunto sem tirar meus olhos da menor que me olhava com carinho e olhar brilhante.

-- 19 de agosto -- ele responde confuso.

-- De 1963 -- A menor fala antes mesmo que eu pudesse abrir a boca pra perguntar o ano.

Respiro fundo e mordo meu lábio inferior com força.

Estávamos naquele dia novamente. Mas, não estava certo. Ele está aqui,vivo.

-- Onde o Jake está? -- pergunto tentando segurar minhas lágrimas.

-- Está dormindo -- papai explica dando um pequeno sorriso gentil.

Ele amava crianças

Não é atoa que adotou três delas

Suzan não é uma mãe ruim. Ela só é distante e fria. Jackie sempre tentou se aproximar quando nova, mas com o tempo ele desistiu.

Olho para os lados desviando meu olhar da pequena ao me lembrar de que é a Jackie.

-- Tem certeza de que tá bem Jam? -- pergunta fazendo uma careta confusa. Me abaixo para ficar alguns centímetros menor que ela, seguro uma de suas mãos com cuidado. Era tão pequena e adorável.

-- Sim pequena... O Jam tá bem... -- falo acariciando seu rosto com delicadeza.

Jackie era tão adorável. Seu rosto era delicado, ela não tinha suas maçãs da boca muito definidas mas tinha olhos grandes e castanhos que prestavam atenção em tudo e todos sem deixar nem um mísero detalhe escapar.

Nightmare// Experimento 012Onde histórias criam vida. Descubra agora