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Flashback on
13 de janeiro de 2019

Angeline

Vai se fuder, vai se fuder, vai se fuder.

Apedrejei a operadora mentalmente quando vi que meus créditos não tinham caído ainda, ou seja: não conseguiria ligar para Gilinsky.

Era de manhã, domingo e eu estava na rua com minha tia, que procurava algum presente para dar pra mãe de Jade, a vizinha.

Me sentei em um banco de uma pracinha que tinha perto e tentei desligar e ligar o 4g cinco vezes para ver se funcionava, não deu.

Tive vontade de jogar meu celular a três quarteirões dali.

- Angel venha, aqui tem wi-fi - Minha tia apareceu na porta da loja de presentes e eu me apressei a entrar

Peguei a senha que estava colada na parede e me sentei em um banco de madeira bonito que estava ali.

Tia Joy gostava de umas lojas estranhas, mas bonitas.

Algumas mensagens começaram a chegar e abri a de Gilinsky, que não só tinha me mandado 300 mensagens como 20 fotos no snapchat

Abri um e respondi na mesma hora

Abri um e respondi na mesma hora

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Ele apenas visualizou, mas segundos depois vi meu telefone tocar por whatsapp e sorri ao ler o nome "Baby" na tela

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Ele apenas visualizou, mas segundos depois vi meu telefone tocar por whatsapp e sorri ao ler o nome "Baby" na tela

- Oi meu amor - Falei com a voz manhosa

- Deus como eu tava com saudade de ouvir sua voz

- Nos falamos ontem, dramático

- Pareceu uma eternidade - Ouvi sua risada e fechei os olhos - To tão ansioso para as férias, pra você voltar

- Ah eu também, tia Joy é ótima, mas sinto falta do seu beijo

- Sinto falta de tudo em você, e tenho uma novidade!

- Me conte - Me ajeitei mais na cadeira, quase caindo quando lembrei que nao tinha encosto

- Kate está melhorando, bom, pelo menos é o que parece - Sorri - Ela ta realmente indo atrás das matérias, acredita?

- Ah que bom... Quanto mais rápido ela melhorar, mais rápido posso voltar

Meu coração se apertou ao lembrar das mensagens que Kate me enviará.
Ela e Gilinsky tinham se aproximado porque meu pai achou que ele era uma boa influência.

Mas todo dia eu era bombardeada com mensagens de como Gilinsky não tinha mais o brilho no olhar, e de como talvez eu não fosse boa para ele esse ano.

Não sei se ela fazia por mal, ou apenas estava me alertando.

- Amor? Ta ai? - Gilinsky me trouxe para a realidade quando soprou o microfone

- Você faz isso toda vez!

- Você é muito avoada - Escutar sua risada me deixava toda tonta

- Ta tudo bem, mas tenho que ir agora ok? Eu te amo.

- Eu também te amo anjinho, não vejo a hora de te falar isso pessoalmente

Suspirei e desliguei a chamada. Eu o amava demais, mas não sei se o merecia. Ele é bom demais.

Tentei afastar os pensamentos a tarde toda, mas eles sempre voltavam. Fechei a porta do quarto e chorei mais ainda quando pensei que talvez Kate estivesse certa.

Talvez ele seria mais feliz sem mim, ele poderia seguir em frente sem mudar tudo porque eu fui egoísta demais em seguir um caminho e exigir que ele viesse junto.

Meu celular vibrou e pelo toque soube que era Kate, eu tinha mudado pra caso tivesse alguma emergência.

Peguei ele e vi que era apenas mais uma daquelas mensagens

"Vi ele hoje de novo, Angel estou te falando como irmã, acho que ja passou a hora de vocês superarem isso, sai do barco agora antes que você machuque ele mais"

Foi o estopim. Passei a madrugada chorando, eram quatro da manhã, eu tinha que levantar daqui tres horas.

Eu iria perder ele pra sempre, iria perder nossa amizade, iria jogar fora todos os nossos planos, nosso futuro que já tínhamos planejado.

Peguei meu celular com as mãos tremendo e abri a conversa com ele, onde conversávamos sobre maquetes de macarrão há 5 horas atrás

Digitei e apaguei 10 vezes, pra no final jogar meu celular do outro lado do quarto na montanha de roupas para lavar, sem nem ter falado um a.

Flashback off

Fell It - 2 - JGOnde histórias criam vida. Descubra agora