Angeline
A semana acabou e eu não consegui falar com Gilinsky. Ele fugia de mim de todos os modos possíveis, eu tentei mandar mensagens, mas eu acho que fui bloqueada.
- Ele ta sendo um bebezão - Nate, que tinha chegado a três dias, falava enquanto fazia algo em seu caderno
Estávamos sentados em uma cabelereira enquanto a moça cortava meu cabelo, ele mexia no meu celular
- Mas da pra entender o ponto de vista dele né? - Olhei pra ele pelo espelho
- Para de passar pano só porque ta apaixonadinha - Revirou os olhos e eu ri, vendo pelo espelho as últimas mechas serem cortadas
- Eu acho que você deveria falar com ele - A moça, que pelo cracha se chama Lucy, disse colocando a tesoura de lado
- É o que todo mundo acha, mas eu vou chamar, só que ele precisa de espaço pra pensar, né? - Olhei para seu reflexo
- Você já deu esse espaço garota, é hora de agir! - Nate voltou para a conversa, e ele e Lucy começaram a dizer o quanto eu estava sendo lerda
Passaram mais trinta minutos, onde ela secou meu cabelo e deixou ele arrumadinho. Saímos e fomos comer em uma lanchonete que tinha ali perto.
Eu tinha um plano, que tinha altas chances de dar certo. Eu mandaria mensagem, Gilinsky aceitaria meu convite e as coisas iriam se arrumar com o tempo, o bom e velho tempo.
Nate comia um sanduíche de duas carnes. São duas da tarde.
- Antes de te conhecer, eu achava que eu que não tinha fundo, coitada de mim - Ele me mostrou o dedo do meio
- Eu não tenho culpa que sua casa não tem comida o suficiente pra me alimentar - Deu de ombros
- Você comeu dois pratos nate! - Demos risada enquanto a garçonete entregava meu suco de laranja - Isso ai deve ser coisa da erva viu?
A garçonete parou por um segundo olhando para a cara de nate e eu segurei a risada
- A erva doce do chá da minha mãe me da muita fome mesmo - Tentou disfarçar, claramente falhando e assim que a garçonete deu as costas para ir em outra mesa, soltamos todas as risadas
Quando terminamos nosso lanche da tarde, chamamos um taxi para passar em alguns pontos especiais para que Nate conhecesse a cidade melhor, no final parariamos em casa.
Todo o caminho minha cabeça voou para o que eu teria que esperar do futuro, fazendo planos do que desse errado e do que desse certo. Rezei mentalmente para que desse certo.
Quando chegamos passamos pelas gêmeas que estavam deitadas no jardim da parte de fora dançando, Nate ficou com elas e eu fui para dentro de casa, passando pelo corredor da direita e indo direto para o escritório do meu pai.
- Toc toc - Disse empurrando a porta, ele logo disse um entra e eu fiz - Boa tarde, tá ocupado?
- Sempre Angel, mas tenho um tempinho pra você - Largou o iPad de lado e eu me sentei no sofá de frente para sua mesa, apoiando minha cabeça na mesma - Do que precisa? Vai me dizer que tem outro adolescente com hormônios a flor da pele vindo morar aqui?
- Não! Sem mais adolescentes! - Dei risada - Ia perguntar ao senhor se pode achar dois carros de viagem para alugar esse final de semana.
- Acho que a filha de um supervisor da empresa aluga esse tipo de carro, onde vocês vão?
- Onde o vento levar, não é assim que falam? - Ele deu risada e pegou seu telefone fixo
- Claro filha, vocês merecem. - Discou um número. - Enquanto faço essa ligação, pode pegar um copo de café na cozinha para mim?
Murmurrei um sim e sai indo em direção a cozinha, quando voltei fiquei ali com ele até o final da tarde, lendo um livro de iniciação a empresa e as vezes batendo um papo. Quando a tarde acabou, todos os "adolescentes" se juntaram pra decidir o jantar.
(2/4)

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Fell It - 2 - JG
Fanfiction↬Você disse que estava com medo de quebrar meu coração e olha onde estamos agora. Angel voltou! Dessa vez as coisas podem ficar um pouco mais complicadas, não é como se uma mensagem pedindo nudes fosse salvar tudo.