OBSCURUS 《*•JJK•*》

9개:TRUTH

Você ouve sussurros quando estamos apenas conversando
Vê dedos apontando
Quando tocamos, sim, quando tocamos
Você ouve passos quando ninguém está vindo
Mas você continua correndo, não adianta correr
Você sabe que é seu próprio assassino
Você não precisa de ajuda com isso
É as suas costas que você esteve esfaqueando
Quando você irá entender?
Assasin-au/ra
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Os selecionados para a missão de resgate estavam preparando suas coisas, mas um dormitório em especial estava mais animado que os demais. Ahn Hyejin e Yu Ha Yeon tinham seus extremos como em toda boa amizade. Enquanto uma era alegre, extrovertida e emocional, a outra era melancólica, introvertida e racional, no entanto, naquele dia a mais emocional delas estava com um sentimento questionável de sua razão.

— Não ousei dizer na frente de todos, mas concordo com o Jinyoung. — Ha Yeon parou de por as roupas na mochila e sentou-se na cama, olhando para a amiga.

— Também concordo com ele. — Um sorriso fechado e a expressão de dúvida da Ahn.

— E, ainda assim, você vai? — Assentiu e o olhar julgador da colega a fez sorrir.

— Você confia em mim? — Sentou-se ao lado de Hyejin e envolveu-a com seus braços.

— Confio. — Disse após um longo suspiro.

— Então, não se preocupe. Por mais que concorde com ele, sinto que tenho capacidade de fazer isso. — Ergueu-se e caminhou novamente até a mochila. — Jiseon está tomando medidas drásticas e por isso veio até mim.

— Acha que ela também acredita que pode fazer isso?

— Caso contrário, ela nunca viria até mim. — Yu colocava as roupas de qualquer jeito dentro da mochila, como se estivesse empurrando sua confusão a força para o lixo. — Por mais que odeie admitir, Jiseon não arriscaria a vida de ninguém por uma vingança.

— Por falar nisso, nos conhecemos desde os dezoito e até hoje nunca me disse o motivo do ódio dela por você. — Suas mãos pararam e seu sorriso vago fugiu por seus lábios. — É como se tivesse tirado algo dela.

— Tirei. — O singelo olhar para a foto em sua cabeceira. — Mas, inevitavelmente, quem perdeu mais fui eu. — Pegou a foto que tinha com o irmão e apertou ao peito. — Ainda sinto essa dor como se tivesse sido ontem. — Disse baixo.

— O que disse? — Hyejin parou ao lado dela e recebeu apenas um sorriso amarelo.

— Nada, volte a arrumar suas coisas. — A jovem pôs o porta-retratos novamente na cabeceira e manteve sua atenção nas roupas amontoadas na mochila velha.

— Sabe, tenho uma dúvida ainda. — Hyejin disse e Ha Yeon fechou a mochila, sentando-se na cama para olhá-la.

— Qual? — A Ahn inclinou a cabeça para a esquerda e sorriu.

— Por que o coelhinho estava te olhando daquele jeito? — A Yu suspirou e revirou os olhos.

— Já disse para não chamá-lo assim. — Ha Yeon balançou as pernas inquieta.

— Não entendo por que não posso dar um apelido pra ele? Coelhinho combina muito com ele. ­— Hyejin mostrou os dentes e sorriu com a imitação.

— Dar um apelido a ele só o torna importante. — Ergueu seu corpo e caminhou até o armário.

— Alguma coisa aconteceu entre vocês? Por que faz um tempo que não ouço suas reclamações sobre ele e nunca te vi reclamar dos apelidos que dou. — Ha Yeon retirou o suéter que usava e o substituiu pelo moletom acinzentado.