Sustos e caderninhos.

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• Boa noite, iria postar mais cedo... MENTIRA KKKKKK Escrevi de tarde, então dei um tempo e "revisei" agr.
• Quem será que entrou na casa? Junnie está em perigo? Hahahaha
•Espero que gostem! (~‾▿‾)~
•A fic é +18, então não se surpreendam com os palavrões.
•Contém erros!















•°•°•°•°




















Junhui acordou se sentindo esgotado, não tinha forças para levantar. Desde a briga ele acordava do mesmo jeito todos os dias. E parecia que hoje estava pior ainda, talvez fosse porque sabia que Minghao não estava a poucos metros de si. Mesmo que doesse, esperava que o menor estivesse a quilômetros de distância, indo para o norte. Dirigindo até chegar no Ártico. Passou uns segundos imaginando o Xu deitado no chão pálido, coberto pela neve, desenhando um Urso-polar em seu caderno.

A vontade do castanho era ficar deitado ali, em cima de um bolinho de cobertores em uma posição estranha, para toda a eternidade. Mas não podia, para o seu azar, tinha que sobreviver. Abriu os olhos, piscando por um tempo devido a claridade que invadia a cozinha pela janela. Levantou a cabeça para olhar em volta, observando as sombras no cômodo. Encarou sua bolsa, jogada perto dali e franziu o cenho. Ele nunca a arrumava tão perfeitamente, se lembrava de a jogar no chão na noite anterior, mas agora ela estava parecendo algo bem diferente. O tecido preto estava sem nenhum amassado, o zíper fechado, a alça perfeitamente arrumada, parecida algo que sua mãe faria.

Foi quando ouviu passos. Muito perto para fugir, e muito rápidos para serem de um zumbi. Tinha alguém na casa. Fechou os olhos rapidamente, deitando a cabeça de novo, fingindo que ainda dormia profundamente. Quem quer que fosse já mexeu em sua bolsa, se quisesse o matar, teria feito há muito tempo. Pelo menos, esperava que fosse isso. Enquanto ouvia o estranho andar, milhões de perguntas rondavam sua mente. Se esforçou muito para não tremer de medo. Quem era? O que queria ali? Por que não o matou antes? Era alguém bom? Esperava que fosse alguém que tivesse, pelo menos, um caráter duvidável. Não estava em seus planos morrer justamente hoje.

- Esse porrinha não acorda nunca? - uma voz masculina reclamou.

Quase tremeu de medo, a pessoa estava na cozinha. Conseguia sentir o olhar queimando em suas costas, rezava para seus pelos não se arrepiarem. Ouvia até a respiração do homem, descompassada e misturada com suspiros de irritação. Obrigou os pulmões a respirarem em um ritmo calmo, seu peito ardendo pela falta de ar e angústia. Morreria ali mesmo. Não tinha como escapar, nunca conseguiria fugir. Era o fim.

- Será que devo acordar ele?- a mesma voz indagou, os passos chegando cada vez mais perto de si.

O barulho que o sapato do sujeito fazia ao pisar no azulejo claro, era um som ritmado e cheio de significado para Junhui. Parecia um relógio, como se a própria morte estivesse ali, contando os segundos para pegar um dos últimos vivos na face da terra. Até pensou que não seria ruim morrer, viveria uma vida confortável no submundo. Poderia vagar sem rumo ou até fazer amizade com alguns demônios. No pior dos casos, sua alma não se desprenderia do corpo e viveria por milênios refletindo, preso nos próprios restos mortais. No melhor dos casos, seria o novo Gasparzinho e iria voltar para ser o anjo da guarda de Minghao - a versão sem a parte do "anjo" e só com a do "guarda"-.

- Acho que morreu.

O homem divagou, e Junhui sentiu ele dar um chute leve em seu pé. O castanho achava que iria morrer, mas não queria. Passou alguns planos na própria cabeça, desde sair na mão com o homem estranho a fingir de morto e rezar para não ser pego. Queria chorar de raiva, porque tinha que ser tão azarento? Era o carma por fazer Minghao chorar? Se fosse isso, seria até justo.

Um começo no fim  || junhaoOnde histórias criam vida. Descubra agora