Vamos para o Leste.

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•Oi… gente não sei explicar os bloqueios criativos que eu ando tendo KKK  ತ_ತ quase morri só na hora de colocar um nome pro cap
•Espero que gostem!!!!! O próximo cap já é o epílogo~~~
❤️Não teria chegado aqui sem você! Muito obrigada por existir, TE AMO.















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      Tudo não passava de um borrão para Junhui, flashes de memória. Mingyu fechando os olhos da cabeça decepada do tio, Wonwoo tirando o machado da mão dele, Minghao sendo puxado para fora da cozinha, alguém falando que precisavam cuidar das feridas. Ninguém pegou nada na casa, saíram sem nem olhar para trás, deixando roupas, corpos, as galinhas, tudo. Duvidava que um deles conseguiria pisar naquele lugar de novo.

          Em algum momento pararam em um antigo posto de saúde, completamente acabado agora. Junhui nem viu quem dirigiu, ficou ocupado demais abraçando Minghao que ainda estava agitado, só começou a absorver o que estava acontecendo quando desceram do trailer, todos deixando a água molhar suas roupas, a chuva começando a lavar o sangue seco em seus corpos. Entraram na primeira sala que acharam, aliviados ao verem as prateleiras cheias.

           A mãe de Mingyu era enfermeira e Wonwoo já se meteu em muitas brigas para saber se cuidar, então ambos tomaram a frente na hora de cuidar dos ferimentos. Após algumas horas, estavam sentados no chão da sala, uma luz de emergência acesa no meio dela e cada um com algumas gazes presas ao corpo. Estavam quietos, pensando sobre o que aconteceu, o barulho da chuva não deixando o espaço completamente silencioso.

— Deixa eu te ajudar. — Junhui murmurou, se aproximando de Minghao. 

             Entendeu a falta de resposta como um sim, então, após dar um selinho na testa do rapaz, começou a tirar a calça dele. Com um pouco de ajuda do ruivo foi fácil, após um minuto o tecido molhado já estava no chão, as roupas de todos fazendo um bolinho no canto da sala, um cheiro bem duvidoso saindo delas.

— Obrigado. — o ruivo disse, logo se acomodando no chão duro.

            Junhui levantou para pegar um lençol que havia visto em um armário. Pegou dois de uma vez, jogou um para Wonwoo e voltou para perto de Minghao. O menor não reclamou quando se sentou colado nele, muito menos quando os cobriu com o tecido. Jun entrelaçou os dedos com seu namorado, olhando o pulso dele, seus olhos fixos na carne machucada.

— Está se sentindo melhor? — murmurou, metade por sua voz estar fraca demais e metade por querer que o casal sentado no outro canto da sala não os ouvisse.

         Minghao suspirou, com certeza não estava melhor. Toda hora que fechava os olhos se lembrava dos olhos dele, arregalados enquanto o ruivo enfiava uma faca em suas entranhas. 

— Estou menos… assustado. — ele murmurou de volta, apertando a mão do maior.

      Junhui devolveu o aperto, colando ainda mais os corpos. Minghao relaxou um pouco, olhos indo até os amigos do outro lado da sala. Wonwoo abraçava Mingyu, o mais alto sentado entre as pernas do menor. Mingyu olhava para o chão sem nenhuma expressão, a luz refletindo em suas írises escuras. O Jeon estava com os olhos fechados, sua cabeça repousando no ombro do loiro. Pareciam exaustos. 

— Ele vai se sentir culpado. — sussurrou.

— Ele já está se sentindo culpado. — Minghao respondeu, seus olhos presos nos amigos. 

Um começo no fim  || junhaoOnde histórias criam vida. Descubra agora