Olhos vermelhos.

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• KOÉ CAMBADA~~~~ Finalmente domingo!
•Tava inspirada, me perdoem.
•Ficou mais tenso que o último cap? Dude i dunno
• Fiquei MUITO presa a quantidade de palavras e isso me frustrou para um krl no último cap. Então nesse eu coloquei tudo que achava necessário e que eu queria, ficou pequeno mas é isso.
• Tava mto ansiosa pra postar AAA ( desde quarta)
• Espero que gostem! ( ◜‿◝ )♡
• Contém erros!



















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Minghao abriu os olhos devagar, com muita preguiça, cansado demais para se esforçar nessa ação simples. Era o segundo dia que ia dormir após chorar por horas - com o peito nú, as lágrimas molhavam tanto a camisa que ficava encharcada-. O sofá duro não ajudava em nada, nem uma posição confortável para chorar o ruivo conseguia. Levou as mãos até o rosto, apertando a própria face, tentando tirar a cara horrível que deveria estar. Não dirigiu esses dias, nem comeu direito, os dois meninos se recusaram a gastar a energia que faltava. Mesmo sentindo que seria melhor ficar deitado no sofá, esperando que o mesmo o absorvesse, se levantou. Lavou o rosto no banheiro e voltou para fazer o seu café. Enquanto esperava a água ferver, foi pegar seu maço de cigarro.

A pequena caixa se tornou sua melhor amiga, ou voltou a ser. Antes de Junhui aparecer ele não a largava nem um instante, era até engraçado pensar que isso voltou a ser como antes. Elele e o que o matava, melhores amigos para a eternidade - ou a pequena eternidade de Minghao se ele continuasse a fumar tanto -. Era incrível como ele já não fazia mais ideia de como o cigarro ajudava. Talvez nem ajudasse. Mas sempre que tentava não chegar perto do pequeno objeto, sentia tudo escorrer entre seus dedos, todos os pedaços que estava segurando.

- Inferno. - xingou quando percebeu que só havia mais um na caixinha.

Nunca conseguiria passar o dia com aquela caixa. Teria que dirigir para perto de alguma loja, mesmo que não quisesse olhar para ninguém com olhos brancos. Suspirou se apoiando no balcão, só de pensar em como teria que fazer algo diferente de fumar no sofá sua cabeça doía. Por enquanto guardaria esse para quando realmente precisasse. Enfiou a caixinha no bolso e voltou sua atenção para a água que já fervia. Em menos de cinco minutos, o ruivo estava sentado no chão abaixo do fogão com uma xícara na mão. Se sentia muito cansado para andar até a cadeira de motorista, onde ele sempre sentava para tomar seu amado café.

Junhui nunca saia do quarto antes de certo horário, hora essa que estava chegando. Sabendo que o maior logo iria ao banheiro, se arrastou para a escada do trailer - ficava em frente à porta-. Se esforçava até demais para não olhar o maior nos olhos. Doía muito. Saber que os olhos vermelhos eram sua culpa, pior ainda era saber que não estava disposto a contar a verdade, a mudar aquilo. Se machucou o jogador antes de se envolverem... imagina se estivessem envolvidos?

Suspirou.

Queria tanto um cigarro agora. Algo que lhe queimasse o pulmão. Que gritasse para todos os outros órgãos: estamos vivos. Algo que o convencesse disso seria ótimo. Não conseguia analisar bem a situação e nem sabia como sair dela. Era um ótimo momento para acordar naquela segunda-feira, quando começou, e que sua mãe lhe dissesse que teve um pesadelo. Não se importaria de acordar em um hospital, só para um médico o dizer que ele esteve em coma por meses. Queria que o Junhui destruído no final do corredor fosse apenas fruto de sua mente criativa. Que o Junhui capitão do time de futebol ainda existisse. Um Junhui que sorrisse.

Um começo no fim  || junhaoOnde histórias criam vida. Descubra agora