O cozinheiro e o artista.

582 62 70
                                    

•Boa tarde~~~
•O cap de hj é bem grande hehehe •Espero que gostem! ( ꈍᴗꈍ)
•Contém erros!

   












•°•°•°•















    Estavam todos sentados em volta de uma mesa grande, comendo um omelete — feito com os ovos das galinhas do Senhor—, bebendo café preto e suco. Mesmo que estivessem perto da janela, estava um pouco escuro, por isso podia-se ver algumas velas em cima do móvel redondo. Tudo parecia um sonho, Junhui ainda estava chocado, hora ou outra olhando para o seu ex-vizinho.

— Enfim, fico feliz em vê-los. — ele, que agora sabia se chamar Zhao Liu, disse.

     Acontece que o Senhor era adotado e por isso tinha um nome diferente. A casa era uma herança por parte de seus pais biológicos, e ele estava muito feliz de ver tanta gente morando consigo. Ele ainda parecia bem inteiro para quem tinha setenta, e era até simpático.

— Obrigada por nos deixar ficar. — Wonwoo disse.

— Estamos muito agradecidos. — estranhamente, Minghao concordou com o rapaz.

— Por favor, não façam caso sobre isso. — o senhor disse, pegando sua caneca na mesa. Mas antes de a levar à boca, olhou para o Wen. — Me diga, menino Wen, como sua mãe está? Se bem me lembro, morava com ela, não?

       Junhui sentiu a mão de Minghao deslizar para sua coxa, um jeito de dizer que estava ali. Já faz uns meses, seria mais fácil falar. Mesmo assim, esticou a mão para segurar a do Xu. Assim que tocou a mão macia do menor, pode relaxar um pouco.

— Ela morreu, no primeiro dia. — tentou fazer pouco caso,falando calmamente, e bebeu um pouco de seu suco. — Eu vi, então tenho certeza.

       O casal de namorados continuou a comer, fingindo que não era nada. A verdade é que os dois também perderam muitas coisas, não iriam pedir para Jun se aprofundar no assunto, seria muita falta de consideração. Até eles, Mingyu e Wonwoo, não falaram sobre o que acontecera com suas famílias, portanto não tentaram arrancar informações do Wen. O castanho ficou menos nervoso ao ver a reação dos amigos, mas evitou olhar para o rosto chocado do homem mais velho. Enquanto estava com a cabeça baixa, apertando a mão do ruivo, ouviu o senhor Zhao pigarrear.

— Sinto muito, ninguém deveria ver algo assim…

— Tudo bem, quando eu vi ela já era um deles. Não se preocupe. — não estava bravo por ele tocar nesse assunto, só queria mudar de tópico logo.

       E entendendo como Jun se sentia, Mingyu chamou o tio para conversar em particular. Queria falar com ele há um bom tempo, e agora parecia um bom momento. Mesmo que a notícia fosse ruim, o tio já havia dito que também queria conversar com ele. Os dois saíram da sala de jantar, indo para outro cômodo que Junhui ainda não visitara. A casa era bem grande, porém quando chegaram passaram apenas pela entrada e logo sentaram na sala de jantar.

— Eles devem demorar. — Wonwoo comentou, começando a juntar as coisas do café. — Vamos procurar a cozinha.

— Que outra opção nos resta? — Minghao provocou, ajudando o maior a pegar os copos e canecas sujas. E antes de saírem, virou-se para Jun. — Espere aqui, depois eu volto para levarmos o resto.

— Pode deixar. — disse cheio de sorrisos, lançando uma piscadela para o menor.

         Enquanto eles zanzavam pela casa, Junhui se viu entediado. O que faria ali? Ao ouvir um barulho, encarou a galinha que estava ao seu lado no chão. E como não tinha nada para fazer, a olhou com mais atenção. Até que era bonita, tinha penas até no pé, gorda, parecia muito saudável. A penugem era de um creme tão claro que quase chegava ao branco, as penas eram tão alinhadas que pareciam terem sido penteadas por alguém. Mas os olhos eram um pouco diferentes. Um parecia estar parado para sempre, encarando eternamente o mesmo ponto, já o outro olhava Jun com curiosidade. Ela até inclinava a cabeça em um ângulo estranho, o olho brilhante o encarando.

Um começo no fim  || junhaoOnde histórias criam vida. Descubra agora