Artimanhas

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I

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I

– Malfoy, você está louco se acha que vou aceitar esse lixo.

O loiro ergueu as sobrancelhas sem estar realmente surpreso. Potter vinha agindo como um verdadeiro bastardo desde que começara a trabalhar no Ministério. Definitivamente era o pior de todos os chefes.

– O que foi, Potter. – respondeu de mau jeito. Tinha vontade de explodir, mas precisava do emprego.

– Aqui. – Harry apontou uma palavra – Não entendo o que está escrito.

Draco aproximou-se e leu:

– É o seu nome, Potter.

– Ah... – o moreno franziu as sobrancelhas – Está ilegível. Refaça.

Aí sim Malfoy foi surpreendido:

– Refazer? Tudo? Esse relatório tem mais de um metro de pergaminho! Vou levar a noite inteira!

Harry foi inflexível:

– Tome mais cuidado da próxima vez.

Malfoy bufou, porém segurou a vontade sedutora de mandá-lo a merda. Apenas voltou para sua mesa e ficou quieto o resto do tempo, fazendo questão de ignorar o chefe, que dividia a mesma sala e não foi embora enquanto o loiro não terminou de refazer sua parte.

Pena que Draco ficara emburrado o tempo todo, concentrado no relatório, ou teria visto o sorriso divertido de Harry, enquanto o moreno fingia trabalhar.

II

– Onde está o arquivo do caso MaCoy?

Draco olhou para seu chefe. A vontade foi de mandar o Testa Partida catar gnomos, mas não podia fazer isso, pelo bem do seu emprego:

– Deve estar junto com os processos em andamento.

– Pois preciso de todos os dados.

– Agora? – o loiro emburrou. Era um caso complicado, que se misturava com outros. Não podia simplesmente lançar um Accio – Posso deixar separado amanhã.

– Não, Malfoy. Eu preciso dessas informações o mais rápido possível. Vou esperar que separe pra mim.

Draco quase surtou. Ele teria que varar outra noite para conseguir localizar toda a documentação:

– Potter, isso não tem graça.

– Eu pareço estar rindo?

O loiro cerrou os punhos e conteve a vontade de esmurrá-lo.

Seu cargo no Ministério era relativamente tranqüilo, o salário era bom. Não ia jogar tudo fora por causa das provocações do ex-colega de colégio.

– Certo, Potter. Vou procurar pra você.

E aquela foi outra noite longa e cansativa, onde Draco teve o trabalho de achar item por item do caso MaCoy. E Potter ficava por ali, fingindo que trabalhava.

III

– Malfoy, quero que faça uma listagem com todos os item mágicos e muggles apreendidos na última missão. Urgente.

Draco quase deixou a xícara de café cair. Tinha tirado cinco minutinhos pra respirar e beber pelo menos um gole. E lá vinha Potter com aquelas exigências absurdas.

– Com todos os itens...? – ele levaria outra noite inteira pra conseguir dar conta.

– Todos, Malfoy. Você é surdo?

Aquela foi a gota d'água. Draco levantou-se da cadeira e suspirou:

– Você venceu, Potter. Não vou aceitar mais essa humilhação. – dirigiu-se ao cabideiro pegar sua capa – Me demito.

– O que? – Harry pareceu chocado.

– Não era isso que você queria? Me ver fora da sua preciosa sala, do seu precioso Ministério?

– Não...

– Não? E porque tem feito tudo isso? É algum tipo de trote por acaso? Ou só estava se divertindo as minhas custas?

Harry observou o tom corado do rosto de Draco. Corado de raiva, mas ainda assim encantador:

– Não. Só queria ficar mais em sua companhia.

– Ah, claro. – o loiro rebateu irônico. Ia continuar com o deboche quando pareceu se ligar no que tinha escutado – o que?

O sorriso de Harry aumentou:

– Não queria que fosse embora no horário certo. Queria estar perto de você mais um pouco.

Visivelmente desconcertado, Draco rebateu:

– Não era mais fácil me convidar pra um café depois do expediente?

– Você aceitaria?

– Claro. É muito melhor que ser escravizado por você.

– Então vamos tomar um café agora?

– E a lista de itens...?

– Esqueça. – Harry riu – Não preciso disso de verdade.

– Idiota.

O moreno sorriu da ofensa e saiu junto com seu colega de trabalho. Tinha a certeza de que, daqui pra frente, não precisaria de nenhum subterfúgio pra conseguir a companhia dele.

drabble colection (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora