Pequenas Coisas

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I

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I

– Potter, Potter, Potter, Potter! – a voz de Draco soava hilariamente aguda – Seu desgraçado... você falou... que não ia sair... do lado!

Harry riu alto:

– Não seja bobo, Draco. Você está indo muito bem!

Observava o namorado manter um precário equilíbrio em cima da bicicleta.

– Indo bem...? Eu... AAAAHHHHHHHHH!

E o loiro foi ao chão esparramando-se na grama verde. Harry correu até ele tentando segurar o riso. Não fizera de sacanagem, mas não podia negar que era engraçado:

– Draco você está bem? – ajoelhou-se junto a ele. O loiro continuou deitado no chão, com os braços abertos e os olhos arregalados fixos no céu. – Tudo bem?

– Eu pareço bem pra você, Potter? – o loiro resmungou. O rosto estava vermelho de raiva, o coração disparado de susto.

– Não seja exagerado. Foi só uma quedinha.

– Só uma quedinha? Nunca mais eu subo numa invenção Muggle na vida.

– Ora. Eu vou mostrar como se faz.

Ajudou o loiro a se levantar e ergueu a bicicleta montando-a com agilidade. Depois pediu que Draco se sentasse no porta-embrulho. Depois de (muito) hesitar Malfoy cedeu e sentou-se.

Então Harry começou a pedalar, cada vez mais rápido. Não era tão incrível quanto voar de vassoura, no entanto era bom. Era com seu esforço, a cada pedalada que sentia o vento contra o rosto ao romper a barreira do ar.

Harry gostava de andar de bicicleta. E gostou ainda mais quando sentiu Draco passar o braço por sua cintura e recostar-se em suas costas, adorando o passeio sem admitir.

Com certeza fariam aquilo mais vezes.

II

– Você ficou louco, Potter?

Harry parou os movimentos e observou o marido que chegara em casa. Sorriu dando as boas vindas antes de responder:

– Não. Comprei um Wii.

– Um o que? – o loiro entrou na sala olhando tudo desconfiado.

O moreno apontou um console na estante e o controle que segurava.

– É Muggle. – Draco fez uma expressão de "Ah, só podia ser mais uma inutilidade Muggle, claro." – Vem jogar comigo. É divertido.

– Não. Prefiro olhar.

– Está bem.

Enquanto o Slytherin se acomodava no sofá, Harry continuou com os movimentos ágeis, que se refletiam na tela do jogo. Draco foi ficando cada vez mais interessado, principalmente quando o moreno fazia algo errado e perdia.

Logo o loiro tomava parte na brincadeira, completamente esquecido que era uma inutilidade Muggle. Vararam a noite juntos só parando quando, num golpe de sorte, Harry nocauteou o boxeador de Draco com um cruzado de direita.

O loiro não gostava muito de perder e foi dormir aborrecido, porém certo de que jogaria aquilo outra vez. Ele não descansaria enquanto não tivesse uma revanche.

III

Se havia alguma coisa Muggle que encantava Draco, era o cinema. Começava com o tamanho impressionante da "televisão" (Harry desistira de explicar a diferença entre cinema e TV) até a criatividade dos Muggles em criar histórias originais, criativas.

Na primeira vez que tinham assistido um filme de guerra Malfoy ficara horrorizado por saber que Muggles gravavam aquelas cenas de morte e destruição para assistir de novo e de novo.

Levara um tempo até o Slytherin pegar o espírito da coisa e entender que era tudo de mentirinha.

Harry achava fofo seu marido tentando esconder a emoção em histórias dramáticas, ou segurar o medo em filmes de terror. Ele achara muito confuso aquele filme sobre uma raça superior de Muggles chamada "mutantes". Imagina só se eles entram em guerra com os bruxos?

E o Gryffindor explicava pacientemente que nada daquilo era real, apenas uma distração. Eram atores seguindo um script e apoiados por efeitos especiais.

Draco ficava impaciente com as longas explicações. Apenas dava de ombros e perguntava quando voltariam ao cinema outra vez.

Aquela era uma das poucas invenções Muggles que Malfoy admitia gostar.

drabble colection (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora