Colors

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I

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I

Vermelho.

Harry Potter era intenso como chamas. Onde ele estava chamava a atenção, apesar de não ser proposital.

Ele marcava como ferro quente. Fazia as pessoas cochichar e apontar. Recebia muitos rótulos e não concordava com nenhum. Tão pouco fazia algo para livrar-se deles.

Harry Potter era . Se jogava de cabeça em suas crenças. As defendia com vontade ferrenha. Não tinha medo de acreditar. Se alguém o desafiava, pagava pra ver.

Havia paixão em seu coração. Paixão em seus olhos. Sua alma era calorosa e acolhedora. Aprendera da forma mais dura a não se deixar levar por estereótipos, a duvidar da primeira impressão e a saber que, sempre, havia algo mais por baixo do que os olhos viam.

Porque ele descobrira que Draco Malfoy tinha muito o mais do que deixava transparecer.

II

Cinza.

A vida de Draco Malfoy nunca fora dominada por muitas cores diferentes. Sua residência, a Malfoy Manor, era decorada com bom gosto e beleza, na graciosidade e sobriedade de tons neutros. Grandes quantidades de cinza, preto, marrom e verde musgo.

Draco gostava do cinza.

Porque Draco aprendera que devia ser como o cinza, uma cor que não era quente nem fria. Era neutra. E sendo neutro absorvia facilmente as crenças e convicções de seus pais. Acreditara nelas por um tempo.

O bastante para se indispor com pessoas na época do colégio, perder amizades, receber uma marca negra no próprio corpo e se arrepender amargamente de não ter questionado quando era necessário.

Cinza era como uma máscara. Escondia uma gama de peculiaridades que aprendera a camuflar. Algumas que nem mesmo descobrira sobre si.

A máscara perfeita que começara a cair, derretendo lentamente quando chocou-se com as chamas incontroláveis de um certo Gryffindor.

Um Gryffindor indomável chamado Harry Potter.

III

Não havia mais o vermelho. Nem tão pouco o cinza.

A vida deles era uma gama de incontáveis cores. Assim como o arco-íris. Eram alegres juntos, eram felizes, eram apaixonados, eram vibrantes, eram calorosos, eram amigáveis.

Quando todas as cores se misturavam e se tornavam o branco havia a paz na vida deles. Eram uma única pessoa. Uma única alma.

E quando todas as cores se ausentavam, restava apenas o preto. Eram brigas, discussões, pontos de vistas diferentes. Eram lágrimas e rancor.

E quando o preto esmaecia, dava espaço para o cinza. E o vermelho. E todas as outras cores.

Porque nada era absoluto. Nem as brigas, nem as alegrias.

Apenas o amor.

E o amor era feito de todas as cores.

drabble colection (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora