Mad World

669 53 25
                                    

©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.


Baseada na música Mad World Donnie Darko.


I

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

I

Hide my head, I wonna drown my sorrow,

no tomorrow, no tomorrow

Harry acordou com o coração aos saltos. As mãos trêmulas percorreram o rosto coberto de suor frio. Aquele sonho outra vez. Maldito Voldemort que não dava paz. Não dava sossego. Penetrava seus sonhos, destruía suas noites transformando-as em momentos de puro terror onde via amigos torturados até a morte, destroços das coisas que amava e lhe eram caras.

Voldemort lhe enviava cenas de um presságio. O presságio do fim.

Ainda abalado pela destruição que assistira , sentiu um toque delicado em seu braço. Descobriu os olhos e encarou as íris grises que o encaravam de volta.

"Malfoy..."

"Shiiii."

Draco apenas o puxou para seus braços e o aconchegou. Estavam ambos escondidos na solidão de uma sala abandonada.

Harry se deixou embalar. O calor do loiro espantando o frio e o medo.

Voldemort estava enganado. Completamente errado.

Enquanto houvesse Draco Malfoy, haveria um amanhã para Harry Potter.

Por ele. Apenas por ele.


II

And I find it kind of funny,

' find it kind of sad, the dreams in which I'm dying

are the best I 've ever had;

Por mais que tentasse balançá-lo e despertá-lo, parecia inútil. Harry sabia como era estar preso ali. Mas quando acontecia consigo próprio não era tão assustador.

E em noites assim tudo o que podia fazer era abraçar o corpo gelado e trêmulo. Estreitá-lo para que não se ferisse ao se debater.

Porque Voldemort fora além de qualquer expectativa.

Agora ele não se contentava em apenas violar os sonhos de Harry. Ele conseguia penetrar nos sonhos das pessoas que amava. Aterrorizá-las, torturá-las, fazê-las se sentirem presas dentro de um futuro fictício onde o mal vencia.

"É só um sonho...", sussurrou. "Só um sonho ruim."

Mas ele sabia que não era. Assim como sabia que não podia fazer nada para ajudar naquele momento, naquele pesadelo.

Naquela perdição.


III

When people runnin' circles 

its a very, very - mad world, mad world;

Estar dormindo ou acordado. Estar livre ou preso. Proteger ou fazer sofrer.

Escolhas que não mais importavam.

A sala abandonada ainda era o recanto secreto de ambos. O recanto onde compartilharam bons e maus momentos. Sonhos e pesadelos. Um local maculado que pertencia apenas aos dois.

Rivais para os olhos dos outros. Cúmplices e amantes da solidão da noite.

Mas tão pouco isso importava.

Hogwarts caíra. As visões terríveis que antes não podiam fazer mal, a não ser assustar, começavam a se concretizar.

No caos que reinava o mundo bruxo, Harry sabia que Draco era a única certeza. Draco sabia que o fim estava próximo, e que nesse momento queria estar com Harry. Só com Harry.

Foi nessa certeza, e juntos até o fim, que assistiram a acessão da loucura.

Então não havia mais os pesadelos, porque eles se tornaram realidade.

drabble colection (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora