PRÓLOGO

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[inspirado PARCIALMENTE numa história real].

2010. Cosmo. 12 anos.

Sempre andando sozinho, não era de muitos amigos na escola, sempre muito atento e observador. Parecia ser somente mais um dia daquele ano ensolarado, com a mesma rotina de sempre, casa-escola-casa. Até que ele, recebe uma ligação, era sua tia, pedindo pra ele vir pra casa URGENTEMENTE.

Seu pai, Orlando, há cerca de 10 meses atrás tinha sofrido um acidente e estava internado no hospital até então sem previsão de saída, os detalhes do estado de saúde não foram detalhados para Cosmo.

Chegando em casa.
Cosmo tem uma surpresa, seu pai está em casa, mas tem algo diferente nele, seu pai está em uma cadeira de rodas, tinha ficado paraplégico depois do acidente, lesão T6 na coluna. Cosmo sempre muito quieto ficou em choque e ~involuntariamente~ soltou um:
-MEU DEUS. em tom baixo.
Ele não queria ter falado aquilo, não queria que o pai se sentisse estranho.

Cosmo era o único filho de Orlando, fruto de um casamento que durou 6 anos, por divergências quando Cosmo estava com 3 anos, seus pais se separam e sua guarda ficou compartilhada.

O pai com ajuda de amigos se transferiu do carro, com todo cuidado, para cadeira de rodas.

Antes de ir cumprimentar seu pai, ele observeu algumas coisas em seu pai.

1. ele estava com um tipo de "mangueira" na perna que levava até um tipo de bolsa que ao que parecia era urina.

2. notou um grande volume no quadril do pai, ele estava de fralda ou apenas o short era grosso?

3. meu pai não é tão musculoso, mas tinha um certo peitoral, que boa parte estava mantido, mas as pernas estavam muito finas.

4. ele tava com uma almofada especial, quando ele saiu do carro para cadeira tiraram a molfada e colocaram na cadeira de rodas.

Foram questionamentos instantâneos que ele queria descobrir a resposta. Mas era muito tímido para perguntar. Pelo menos naquele momento.

Ele foi cumprimentar o pai, mas os questionamentos continuavam.

E assim foi, algumas dessas questões ele descobriu com o tempo e  outros ele continuou em dúvida.

1. A "mangueira" era uma espécie de sonda que era conectada diretamente no órgão genital. Em primeira análise, Cosmo achava que ser cadeirante era só não sentir as pernas, mas a verdade era que tudo abaixo da lesão, no caso a T6, era perdido a sensibilidade, logo, as funções intestinais eram 0. E sim o volume no quadril era fralda.

2. Os outros dois questionamentos ele não descobriu, naquele momento.

E assim ele foi seguindo a vida, mas tinha algo com aqueles questionamentos que ele sentiu com o pai, mas ele deixou de lado.

Quando Cosmo tinha 14 anos seu pai adquiriu uma penauminia e morreu.

Mas os questionamentos continuaram. E virou algo muito maior do que Cosmo esperava.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora