Capítulo 20 - Perguntas sem respostas

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Matheus sabia que estava sendo um babaca.

Ele sabia que estava fazendo a escolha errada, mas para ele era a decisão certa a tomar naquele momento, ele estava muito confuso, parecia que estava tudo dando errado, desde o acidente sua vida tinha se tornado um inferno, a reabilitação, a nova realidade, as responsabilidades que tinha com a mãe, e agora esse problema com Cosmo. Ele não gostava de homens, ele não gostava de Cosmo, ele não era gay... Matheus não queria ser gay, não bastava sofrer preconceito por ser cadeirante e agora sofrer preconceito por ser gay, então ele tinha que acabar com aquilo de uma vez por todas, ele era um grande pegador, sempre gostou de mulher, nunca se imaginou com apaixonado por outro macho, ele tinha que manter sua honra. Para ele alguma coisa estava errada, que deveria ter sido uma ejaculação involuntária, mas qual a chance? Uma em milhão? Sua cabeça fervia com esses pensamentos.

"Eu não sou gay!"

Em negação ele tomou atitudes sem pensar, terminou a coisa que tinha com Cosmo e talvez esteja tomando a pior decisão que poderia tomar.

- Alô! Mãe? Matheus disse.

- Oi meu filho, como você tá? Disse dona Helena.

- Tô bem, mãe. Matheus tentou disfarçar o mau humor.

- Como estão as coisas? Você tá fazendo a fisioterapia? Tá comendo direito? Dona Helena fez a pergunta que toda mãe faz.

- Tô comendo bem sim, continuo fazendo terapia mesmo não servindo pra nada. Matheus demonstrou todo seu desânimo.

- Ôh meu filho... Não fica assim... vai ficar tudo bem. Como mãe ela tentava reconfortar o filho, mesmo não sabendo como fazer isso.

- Sei. Matheus respondeu sem nenhuma convicção.

O silêncio caiu sobre a ligação.

- Mãe... Eu vou trancar a faculdade. Matheus disse tentando segurar o choro.

- Como assim filho? Direito sempre foi seu sonho!? Helena ficou assustada.

- Não tá dando mais! Nada é como antes! Ter que ficar precisando de ajuda toda hora, os olhares de pena. Não tô suportando mais! Ele disse enquanto lágrimas escorriam sobre seu rosto.

O estresse mental, o trauma psicólogo do acidente, a nova realidade de nunca mais poder andar, a pressão das suas responsabilidades, junto com os novos acontecimentos com Cosmo levaram Matheus ao seu limite, ele estava numa pre-depressão e se não fosse tratado poderia evoluir para uma depressão futuramente.

- Eu sei que está difícil, mas você vai vencer, meu filho! Não desiste! A mãe de Matheus falava chorando.

- Eu não consigo mais. Eu não vou desistir ainda, mas vou tirar esse tempo pra processar tudo isso. Matheus limpou as lágrimas do rosto.

- Eu te entendo, se você acha que é o melhor... Eu respeito sua decisão. Helena disse.

Matheus contou sobre seus medos e angústias, desabafou e tirou todos os pesos das suas costas, claro que ele omitiu seus probemas com Cosmo, mas mesmo assim aquela conversa fez ele se sentir bem mais leve e melhor, e foi assim que aquele clima triste se foi e uma boa conversa se iniciou.

- Eu pensando em passar esse tempo com a senhora. Matheus queria tirar esse tempo para ficar mais com a mãe e se conectar com o passado.

- Ah que bom, meu filho! Eu tô com tanta saudade sua! Vem quando?! Dona Helena disse já animada com a notícia.

- Eu vou hoje, já tá tudo pronto. Matheus falou.

- Tão rápido? Parece até que está fugindo de alguém. Helena disse desconfiada.

- Eu só quero ir embora o mais rápido possível! Matheus falou nervoso, desejando que nenhuma pergunta a mais seja feita.

- Tá bom, então. Dona Helena respeitou a vontade do filho, mas quando o filho estivesse com ela, daria um jeito de saber o que está acontecendo. - Vou preparar a nossa casinha, arrumar seu quarto, deixar do jeitinho que você gosta. Helena estava nostálgica em ter seu filho em casa novamente.

- Então vou desligar pra não atrapalhar a senhora. Matheus já estava feliz só de falar com a mãe.

- Tchau filho, fica com Deus. Helena se. despediu com um aperto no coração.

- Tchau mãe, você também. Matheus desligou.

Matheus estava fugindo de Cosmo sim, ele não conseguiria ficar frente a frente com Cosmo de novo depois de tudo que aconteceu, ele pensava que Cosmo também não conseguiria e que aquilo era até um favor para ele. Sua mente estava uma bagunça, então tiraria aquele tempo para reorganiza-la.

Seus pensamento foram interrompidos provavelmente por Marcelo que estava na porta.

- Tá aberta! Ele gritou.

- Eae cara, tá pronto? Marcelo entrou.

Marcelo ficaria no dormitório no lugar de Matheus, pelo tempo que ele ficaria fora.

- sim, mano. Ele respondeu pegando uma mochila e uma mala mediana.

- Tem certeza que você quer ir? Marcelo queria ter a certeza de que seu amigo queria realmente ir. - Deixa que eu levo. Marcelo pegou a mala, ele queria ser só prestativo, não era seu objetivo irritar seu amigo.

- Tenho, e para de enrolar! Matheus ficou irritado, aquilo jogava na sua cara  que ele era um inválido, não era como se ele não conseguisse levar uma mala, poderia até ter dificuldades, mas não era incapaz de fazer aquilo.

- Okay, vamos. Marcelo disse, não falaria mais nada para não irritar o amigo.

Seria o destino levando Cosmo e Matheus para caminhos diferentes? Como será o futuro deles agora? Ainda existe alguma possibilidade de serem um casal? Eles passariam por sima do orgulho, preconceito e mágoas para ficarem juntos? Muitas perguntas que somente o tempo vai responder.

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Voltei! Mais uma vez desculpa pela demora, vou me esforçar mais (mais que antes) para não atrasar os capítulos.

Eu tenho aminesia, então vocês tem que me lembrar, cometem e se eu demorar muito a atualizar a fic, podem vim puxar minha orelha, me xingar no pv e tudo mais (eu mereço), só quero saber que meu trabalho está sendo reconhecido, preciso de motivação para escever, e se eu não tiver motivação, fica bem difícil. Mesmo que seja a força do ódio kkkkk.

Sim, sou um escritor sentimental 😒, então cometem, por favor.

Bye, até o próximo capítulo.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora